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quarta-feira, 28 de julho de 2010

MST reage com campanha às ações da entidade de fazendeiros

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fará uma campanha nacional para levar à população informações sobre a participação do agronegócio no desmatamento e na violência urbana decorrente da falta de reforma agrária. Também pretende coletar assinaturas contra o projeto de lei que tenta alterar o Código Florestal Brasileiro. As medidas tentam confrontar ações executadas pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) contra as invasões e, sobretudo contra o MST, acusado de incitar a violência. Os ruralistas prosseguem até agosto com a coleta de assinaturas em repúdio às ocupações de terra. Um dos coordenadores do MST no Pará, Ulisses Manassas, revela que de 16 a 20 de agosto serão feitas panfletagens e outras atividades de divulgação da campanha.

Ele explica que o objetivo é apresentar à população informações sobre o vínculo entre o desmatamento da floresta, a pecuária e demais atividades do agronegócio. E também entre o setor agroindustrial e a expulsão do pequeno agricultor do interior, gerando conflitos na zona rural e, como consequência, violência também na urbana.

A campanha partirá de cidades consideradas pólos por serem as capitais ou por concentrarem casos de conflito agrário. No Pará, já foram escolhidas Belém e Marabá, mas outras poderão ser incorporadas. Nesses locais, além do corpo a corpo nas ruas, será iniciada a coleta de assinaturas contra a reforma do Código Florestal Brasileiro.

Manassas afirma que há expectativas de que o relatório assinado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PC do B/SP) a favor da redução da área de floresta a ser preservada nas propriedades de terra não seja votado este ano pela Câmara Federal por causa da concorrida agenda eleitoral dos políticos. A campanha se precaverá com a elaboração de um abaixo-assinado contra a proposta.

Segundo o coordenador, o MST contará com o apoio de outras entidades, como a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), a Via Campesina, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) e a ONG Ambientalistas para propor um projeto de emenda constitucional que limite as propriedades privadas em 35 módulos fiscais, o que na Amazônia corresponde a cerca de 3 mil hectares.

A meta é obter 1 milhão de assinaturas sob o argumento de que a concentração de grandes propriedades nas mãos de poucos impede a reforma agrária. "Enquanto temos 5 milhões de famílias sem terra existem propriedades com 4 milhões de hectares", sustenta.

Já a campanha da CNA está há mais tempo nas ruas do País. Foi iniciada em abril deste ano e, no Pará, é coordenada pela Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa) que se encarregou de coletar os abaixo-assinados colhidos pelos sindicatos filiados à entidade nos municípios para apoiar a criminalização de movimentos como o MST. (Fonte: Amazônia)

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