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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Grupo pode afastar Amaro Klautau do Clube do Remo

Um grupo de conselheiros do Remo prepara ofensiva contra o presidente Amaro Klautau. Prometem mostrar na reunião da noite de hoje, na sede social do clube, um dossiê sobre a administração dirigente. Os documentos indicariam que há irregularidades na gestão financeira do clube, incompetência na condução do Departamento de Futebol - que não conquistou nenhum título nos quase dois anos de gestão do atual presidente - e abandono da parte social da agremiação. Além disso, os conselheiros prometem levantar vários pontos obscuros da negociação de venda do Baenão. A reportagem não conseguiu falar com Klautau.

Além disso, estes conselheiros tentarão iniciar um processo administrativo contra o mandatário por ele ter ordenado a derrubada do escudo do clube, que há 73 anos estava colocado no pórtico da área antes conhecida como "Carrossel", que fica de frente para a avenida Almirante Barroso. A retirada do símbolo foi feita na noite de segunda-feira, horas após Klautau ter celebrado, por intermédio da Justiça do Trabalho, um contrato de venda do estádio para as construtoras Agre e Leal Moreira.

O objetivo do grupo é mostrar que as ações de Klautau à frente do clube não têm dado bons resultados ao Remo e, com isso, tentar afastá-lo do cargo antes das eleições marcadas para dezembro. Em última análise, segundo confessa o conselheiro e promotor de justiça Benedito Wilson Sá, a intenção do grupo é reverter a venda do estádio azulino para as construtoras Agre e Leal Moreira. Para tanto, um pedido de impeachment já estaria sendo articulado.

Os que são contrários ao projeto encabeçado por Amaro Klautau também esperam que o ex-presidente José Licínio de Carvalho, um dos quatro conselheiros a votar contra a negociação do patrimônio, apresente finalmente sua "proposta salvadora" para pagar as dívidas trabalhistas do Remo sem a necessidade de se desfazer do Baenão.

O presidente remista, por seu turno, demonstra tranquilidade diante das acusações de falta de transparência do negócio. "Cumprimos o que reza o estatuto e temos certeza de que estamos fazendo o melhor para o clube", garantiu Klautau, em entrevista ao programa "Bom Dia Pará", da TV Liberal, na última quinta-feira.

Maioria do condel aprovou proposição

O problema dos opositores à venda do Baenão é que o número de conselheiros contrários ao negócio é pequeno e, pelo que tudo indica, não será suficiente para a abertura de eventual processo de impeachment contra o presidente Amaro Klautau. É bom lembrar que a maioria esmagadora deu apoio à diretoria na reunião da Assembleia Geral, realizada no dia 22 de fevereiro deste ano, que autorizou a negociação do maior patrimônio azulino.

Dos 136 sócios que tinham direito a voto, 108 compareceram à reunião e somente quatro foram contrários à transação. Era preciso o voto de apenas 2/3 dos membros do Condel remista para que a decisão tivesse validade jurídica.

Para convencer os conselheiros, a alegação da diretoria foi de que não existe alternativa para o clube a não ser dar cabo à dívida trabalhista. Os débitos com a Justiça do Trabalho já estão próximos dos R$ 8 milhões e provocam, além dos bloqueios de renda e cotas de patrocínio, penhoras e leilões do patrimônio do clube.

Com a venda do estádio, por R$ 33,2 milhões, além de zerar o passivo trabalhista, o clube ainda deve adquirir uma área à margem da BR-316, onde será construído um centro de treinamento e um estádio (a Arena do Leão) com capacidade entre 15 mil e 20 mil pessoas.

Estes números serão definidos com a publicação do memorial descritivo da obra, que deve ser entregue pelas construtoras à juíza Ida Selene Braga, titular da 13ª Vara do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 8ª Região, no dia 21 de setembro, mesma data do pagamento da primeira parcela do negócio. (No Amazônia)

Um comentário:

  1. Esse promotor Sá deveria se preocupar com muita coisa que tem para fazer em seu trabalho na promotoria e não ficar discutindo assuntos clubisticos. A juiza trabalhista é correta.

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