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quarta-feira, 23 de março de 2011

Mototáxi às ordens do tráfico

Sessenta por cento dos mototaxistas que atuam na Região Metropolitana de Belém (RMB) são comandados pelo tráfico de drogas. A afirmação é do presidente da Federação dos Mototaxistas e Motofretistas do Pará (Fedemmopa), Raimundo Nonato Silva. A declaração foi feita durante reunião com os representantes da segurança pública do Estado, na manhã de ontem, no Centro Integrado de Governo (CIG). O encontro era para pedir providências ao governo do Estado para a regulamentação, qualificação e segurança de quem trabalha no segmento.

Nonato denunciou que em outros municípios, fora da RMB, há mototaxistas que trabalham no transporte de contrabando e drogas que chegam de barco. Para combater esta e outras irregularidades, ele solicitou uma força-tarefa. Algumas das cidades citadas como as mais críticas foram Irituia, São Miguel do Guamá, Capanema, Castanhal, Marabá e Mãe do Rio. Em Mãe do Rio, uma operação realizada recentemente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para combater irregularidades entre mototaxistas terminou em confusão e revolta.

"Infelizmente, hoje grande parte dos mototaxistas trabalha para alguém. Na RMB, 60% deles é para o tráfico de drogas. Temos o registro de que, no ano passado, 89 pessoas vestidas de mototaxistas cometeram assaltos ou estiveram ligados aos crimes no Pará. Isso se deve à falta de regulamentação em alguns municípios. Temos 16 mil profissionais cadastrados e habilitados para fazer o serviço no Estado, mas há 35 mil atuando na ilegalidade. E com mais de 367 mil motos registradas pelo Departamento de Estado de Trânsito do Pará (Detran-PA) circulando nas ruas, só 50 mil pessoas estão habilitadas para dirigir", comentou o presidente da Fedemmopa.

O presidente do Sindicato dos Mototaxistas Autônomos do Pará (Sindmapa), José Ribamar Silva, o "Alemão", também cobrou mais atuação da Polícia Militar e argumentou que as fiscalizações não podem ser em forma de blitz parada. Ele ainda revelou que alguns compartimentos das motos são usados como esconderijo de armas, drogas e produtos roubados. Assim, quando há uma blitz, os mototaxistas se comunicam em código: batem com dois dedos no braço, perto do ombro.

Isnard Ferreira, superintendente da PRF, ressaltou que os problemas com mototaxistas são maiores nas rodovias federais do que nas cidades. Também estimou que nas cidades, onde o serviço é legalizado e regulamentado, nos pontos de mototáxi, metade dos trabalhadores é legalizada e a outra não é. "O mototáxi veio da ilegalidade. Mas onde há regulamentação, é preciso obedecer a lei e a categoria precisa definir regras entre si. Os irregulares estão misturados aos que estão regularizados. Uma ação em Irituia será feita, mas o pessoal vai precisar colaborar", adiantou.

As demandas dos mototaxistas foram ouvidas e serão analisadas pela Polícia Militar e pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). Uma das primeiras medidas a serem tomadas será a criação de um canal no Cento Integrado de Operações (Ciop) para mototaxistas, assim como é feito com taxistas. Também serão convocadas reuniões com a categoria para apontar os problemas de segurança. (No Amazônia)

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