Morreu na manhã de ontem, aos 62 anos, em Brasília, o paraense Renato Navarro Guerreiro, um dos principais responsáveis pela construção do novo modelo do setor de telecomunicações no País e o primeiro presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Guerreiro foi o homem-chave no processo de privatização do sistema de telecomunicações no Brasil. A pedido do então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, Guerreiro ajudou na modelagem do marco regulatório que permitiu a venda das licenças de telefonia, o que veio a desencadear na popularização da telefonia celular e internet, e conduziu o início das operações da Anatel, onde esteve no comando de novembro de 1997 até abril de 2002.Casado há 37 anos com Carolina Guerreiro, Renato tinha dois filhos e três netos. Ele lutava há um ano contra um câncer linfático. Segundo sua irmã Marluce Milhomem, ele ficou um período longo se tratando em São Paulo, mas há cerca de um mês retornou à capital federal, por orientação dos médicos, para ficar mais próximo da família. 'Nesses últimos dias a doença se agravou violentamente, nos pegando de surpresa. Foi inesperado. Ele estava bem, ele foi a Belém na semana passada e parecia ótimo', lamentou.
Nascido em 15 de janeiro de 1949, no município paraense de Oriximiná, às margens do rio Trombetas, Renato Guerreiro formou-se em Engenharia Elétrica, com especialização em Telecomunicações pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Iniciou sua profícua carreira em funções públicas, trabalhou no Programa Nacional de Teleducação (Prontel) da TV Educativa do Rio de Janeiro, vinculado ao Ministério da Educação.
A cerimônia de cremação do corpo de Renato Guerreiro será realizada às 11 horas de hoje, na cidade goiana de Valparaíso, vizinha a Brasília. Durante toda a tarde e noite de ontem foi realizado o velório no cemitério Campo da Esperança. (No Amazônia)
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