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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dolár despenca

O dólar comercial recuou ontem pelo sexto pregão seguido e reforçou o movimento de desvalorização provocado pelo temor de um calote dos Estados Unidos. A cotação da moeda americana, que chegou a bater R$ 1,530 pela manhã, fechou em queda de 0,38%, a R$ 1,537, no menor patamar desde 15 de janeiro de 1999, época da maxidesvalorização do real. O Banco Central (BC) intensificou novamente sua atuação no mercado, com quatro leilões de compra da moeda, evitando apenas uma desvalorização maior. No ano, a divisa acumula perda de 7,74% frente ao real, uma das maiores do mundo, numa lista liderada pelo franco suíço (-14,30%).

A preocupação com o limite da dívida dos EUA, o que pode provocar um calote histórico no mês que vem, derrubou também a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O Ibovespa, principal índice do mercado, recuou 1,05%, a 59.339 pontos. As perdas foram limitadas por uma nova alta nos papéis da Petrobras.

Para especialistas, os comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que reiterou ontem a possibilidade de o governo adotar novas medidas para conter a desvalorização do real, ajudaram a pressionar a moeda. "Um investidor estrangeiro que quer colocar dinheiro em títulos brasileiros teme que o governo aumente o imposto sobre aplicações e se antecipa, traz logo o dinheiro. E com mais dólares disponíveis aqui, a moeda perde força", explicou André Lóes, economista-chefe do HSBC na América Latina.

O BC voltou a fazer intervenções no mercado de câmbio ontem, com dois leilões de compra de dólares no mercado a termo - para entrega futura - e dois no à vista. André de Carvalho, da corretora Futura, lembra que a queda de braço entre investidores que apostam na alta e na baixa do dólar tem sido grande no mercado futuro. Os fundos de investimentos estavam vendidos (apostando contra o dólar) ontem em US$ 22,2 bilhões, influenciando o preço no mercado à vista.

Consumidor paraense do setor de serviços é o mais beneficiado

Alimentos a preços menores, pacotes turísticos mais baratos e perda da margem de lucro para empresas exportadoras. Com o dólar comercial a R$ 1,537 e o turismo no valor médio de R$ 1,60 no Brasil, a economia passa por um bom momento que contempla, sobretudo, os consumidores do setor de serviços. Já é possível viajar para os Estados Unidos durante uma semana por R$ 2.500,00 e para a Europa por menos de R$ 4 mil.

Os artigos importados, contudo, não terão queda de preços significativa no Pará. O gerente do Centro Internacional de Negócio da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/Fiepa), Raul Tavares, explica que pelo fato dos produtos serem nacionalizados em outros Estados brasileiros, chegam às prateleiras paraenses mais caros. "Os custos deste processo, como o pagamento de impostos diversos, é transferido ao comprador final. Seríamos beneficiados somente se as mercadorias fossem nacionalizadas no porto de Belém", explica.

Tavares avalia que, no Pará, cuja base das exportações são os produtos subindustrializados, o impacto da queda do dólar será baixo para a economia local. "As mercadorias que tem um baixo nível de valor agregado são classificadas como commodities. Os contratos são negociados em longo prazo. O valor do dólar não é decisivo, é apenas uma variável das negociações", destaca. O gerente também explica que a queda do dólar representa prejuízo para o setor de exportações.

Em contrapartida, o Real em alta faz com que os produtos nacionais, como os alimentos, sejam negociados a preços justos no mercado interno. "O produtor vai querer vender para o comprador mais vantajoso. Se em Real, ele alcança melhores resultados, naturalmente não vai ter o interesse de exportar. Mas quando o dólar aumenta de cotação, cabe ao governo federal criar medidas e incentivos para regular a circulação de mercadorias no país", finaliza o gerente do CIN.

Turismo - De acordo com o representante da agência CVC no Pará, Antônio Santiago, viagens para os destinos mais procurados do exterior, a exemplo de Paris, na França, e Orlando, nos Estados Unidos, precisam ser feitas com antecedência em função da procura. O valor de referência utilizado é o dólar turismo, a pouco mais de R$ 1,60. "Os pacotes terminam rápido, mesmo os de alta temporada", diz. Com a queda do dólar, é possível fazer uma viagem de Belém para Buenos Aires, na Argentina, por R$ 1.300,00, com hospedagem e passagens inclusas. Para a Disney, nos EUA, a baixa temporada sai por R$ 2.500,00. Passar 14 dias nos EUA pode custar até R$ 5 mil e ir para Paris no Ano-Novo R$ 3.750,00. Santiago acredita que é o momento ideal para tirar as malas do armário e conhecer o exterior. (No Amazônia)

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