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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Caso Alepa: Médica “fantasma” pede demissão após escândalos de fraudes em salários

Apontada pelo Ministério Público do Estado (MPE) como mais uma possível funcionária "fantasma" da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a médica Tânia do Socorro Souza Chaves pediu ontem a demissão do cargo de auxiliar legislativo, que ocupava desde 1985 na Alepa. Segundo o procurador geral da Assembleia, Sebastião Godinho, Tânia deu entrada no pedido de exoneração no início da tarde de ontem. De acordo com as investigações do MPE, tudo indica que a médica reside em São Paulo há mais de 10 anos, tempo em que continuou recebendo religiosamente os vencimentos da AL, cerca de R$2.300 ao mês.

De acordo com as informações do procurador geral da Assembleia, Tânia não recebia os vencimentos desde 1º de maio deste ano. Segundo Godinho, a servidora havia entrado com pedido de licença de dois anos para tratar de assuntos particulares, sem remuneração. Este tipo de afastamento é previsto no Regime Único dos Servidores, de acordo com o procurador. "O fato é que, desde maio deste ano esta servidora não recebe da Assembleia Legislativa devido a esta licença", garantiu Godinho. No entanto, apenas em 2010, documentos obtidos pelo MP revelam que Tânia recebeu quase R$40 mil. Considerando o período entre 2000 e 2010, essa cifra salta para R$218.622,26.

Segundo vem apurando o promotor de justiça Nelson Medrado, de 2000 a 2008, Tânia atuou na seção do Diário Oficial da Alepa, e depois passou a trabalhar na seção de composição de anais do Legislativo. De acordo com o promotor, Tânia transferiu o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) para São Paulo no ano de 1992 - ou seja, as evidências indicam que ela já deixou o estado do Pará há mais de 10 anos. Atualmente, Tânia chefia a seção técnica de saúde do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, vinculado ao governo de São Paulo, onde cumpre expediente de 40 horas semanais.

O promotor de justiça Nelson Medrado afirmou que, até a noite de ontem, ainda não havia sido comunicado oficialmente sobre o pedido de demissão da servidora. Atualmente, Medrado investiga outros oito casos de possíveis funcionários fantasmas na Alepa, todos detectados a partir de denúncias ao Ministério Público. Os nomes dos investigados ainda não podem ser divulgados, pois o MP ainda aguarda o envio de documentações comprobatórias. De acordo com o promotor, se for detectado que os servidores receberam dinheiro indevidamente, será movida ação civil pública para a devolução dos valores ao erário, a exemplo de outras ações já movidas pelo órgão ministerial. (Amazônia)

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