A Receita Federal (RF) e a Polícia Militar trabalham juntas na "Operação Romeiro". O objetivo é fazer a fiscalização de embarcações suspeitas de realizarem o transporte de drogas, de mercadorias irregulares, de armamento e o contrabando de animais silvestres. Para garantir o êxito da ação, serão usados o carro-scanner (ou raio X) e lanchas, usadas para circular a orla de Belém quando houver a denúncia de crimes de tráfico.
A ação começou sexta-feira, com o carro-scanner usado no aeroporto Val-de-Cães para radiografar as bagagens. Foram apreendidos 19 ovos de tracajá. Entretanto, ninguém foi preso. "O importante é que, agora, não precisamos abrir as bagagens dos passageiros, porque com a tecnologia utilizada, somente as que realmente apresentam suspeita é que serão abertas pelos fiscais", explica o auditor fiscal José Renato Alves Gomes.
Na manhã de ontem, um total de 16 fiscais da RF e quatro do Comando de Operações Especiais (COE) estiveram no Armazém 10 da Companhia Docas do Pará. Foi feita uma abordagem no Navio São Francisco de Paula, que saiu de Macapá (Amapá) com suspeita de uso para o transporte de entorpecentes. Apenas duas caixas de perfume estrangeiro sem nota fiscal foram apreendidas, mas ninguém foi preso. "A embarcação foi escolhida porque havia fortes denúncias de tráfico de entorpecente", informa Renato.
O auditor da RF informa que a "Operação Romeiro" será intensificada ao longo deste mês, por causa do Círio de Nazaré, e terá continuidade posteriormente. Além da PM, a ação conta também com apoio de outros órgãos de segurança, com a finalidade de atingir todos os principais pontos de tráfico identificados na capital paraense. (Amazônia)
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