A história da família Rousseff - ou Russev, no idioma búlgaro - mudou radicalmente em 1929, quando Petar, pai da presidente brasileira, fugiu da Bulgária. Ele deixou a primeira mulher grávida de sete meses. O filho, Luben, nunca conheceu a irmã brasileira.
Dado como morto, Petar só deu notícias aos parentes búlgaros 18 anos depois da fuga. A essa altura, ele havia morado em Paris e na Argentina, até chegar ao Brasil, onde mudou o nome para Pedro Rousseff e se casou com a mineira Dilma Jane Silva, com quem teve três filhos: Igor, Dilma Vana e Zana Lívia.
Pedro Rousseff voltou a se corresponder com a família búlgara, mas nunca retornou ao país nem ensinou a língua materna aos filhos brasileiros. O contato entre as famílias também não pôde ser restabelecido pelo lado búlgaro em função das restrições impostas pelo regime comunista que governava o país.
Dilma foi homenageada em almoço oferecido pela Prefeitura. De lá, seguiu para Gabrovo, cidade natal de seu pai, onde foi recepcionada pela população em evento em praça pública. De acordo com o Planalto, o encontro foi marcado por aplausos, abraços, cumprimentos e autógrafos. A presidente seguiu para solenidade em sua homenagem na praça Renaissance e para visita ao Museu de História Regional.
Segundo a BBC, na cidade de 60 mil habitantes há pouca memória de Petar. A casa onde ele nasceu e viveu foi demolida, por isso as autoridades municipais escolheram a escola Vasil Aprilov - onde ele estudou - como ponto de visita da presidente. Ela se encontrou com integrantes da comunidade e recebeu uma árvore genealógica - um documento com três metros de cumprimento, com detalhes em inglês e búlgaro sobre dez gerações e 598 pessoas da sua família, desde 1735 até os dias de hoje. (R7)
Nenhum comentário:
Postar um comentário