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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Após derrota, Jarbas ataca Conselho e Ophir

Um dia após a decisão do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que aprovou o afastamento de cinco diretores da Ordem no Pará e abertura de processo ético-disciplinar devido a irregularidades cometidas durante venda de terreno da OAB em Altamira, o presidente da OAB/PA, Jarbas Vasconcelos, falou sobre o caso. Em entrevista coletiva concedida ontem pela manhã, ele afirmou que irá recorrer da decisão e disse que há interesses políticos por trás da ação. - “Foi uma sessão vergonhosamente política, que insistiu em duas inverdades. A primeira de que a OAB não estaria funcionando e a segunda de que as sessões de Altamira não tiveram quorum. Temos 42 comissões em pleno funcionamento e todo o processo de negociação da venda do terreno em Altamira foi aprovado pelos mesmos conselheiros que fizeram a denúncia. É um golpe de uma minoria contra a maioria”, afirmou, no início do discurso.

Questionado sobre o motivo dos embates, ele atribuiu a falta de apoio de parte dos conselheiros às mudanças implantadas em sua gerência, que teria cortado benefícios, diárias, telefones e cartões corporativos. “Fizemos campanhas contra o nepotismo cruzado no governo e contra a corrupção da Assembleia Legislativa e isso foi contra o interesse de alguns políticos”, opinou. Em sua defesa, ele explicou que o processo de compra foi imediatamente desfeito, após denúncia publicada no DIÁRIO, e que a assessora jurídica que falsificou assinaturas seria de confiança do vice-presidente do OAB-PA, Evaldo Pinto, e não dele.

Segundo a decisão do Conselho Federal ficam afastados, além do presidente Jarbas Vasconcelos, o secretário-geral, Alberto Campos Júnior, e os diretores licenciados Evaldo Pinto, Jorge Medeiros e Albano Martins.

ACUSAÇÃO - Visivelmente angustiado com a situação, Jarbas fez ainda uma acusação contra o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante. “Em 2006, ele demoliu a sede da OAB em Altamira sem qualquer autorização. Se eu sou processado por ter tentado vender um terreno, ele tem que ser processado também por ter acabado com a sede”. Na época, Ophir era presidente da OAB no Estado.

Ao final, Jarbas se disse extremamente constrangido com a Ordem. “Não esperava que a minha instituição fizesse um processo secreto, cujos votos foram pedidos em troca de verbas para seccionais. Intervenção significa ditadura”, garantiu. “Se eu pudesse eu diria hoje ‘Vou sair da OAB’, mas não posso e não é isso o que pretendo fazer”, frisou.

INTERVENÇÃO - Jarbas Vasconcelos só deixará a presidência da instituição quando for publicado o acórdão no Diário da Justiça. Será também após a divulgação do acórdão que serão conhecidos os nomes dos interventores da OAB-PA.

Reação não faz sentido, diz presidente - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, disse ontem ao DIÁRIO que está tranquilo com relação às acusações feitas por Jarbas Vasconcelos. Deposto por uma intervenção inédita no país, após ter votos de 22 seccionais estaduais reforçando o pedido de intervenção, Jarbas disparou sua metralhadora atacando desta vez o presidente nacional da OAB e o próprio Conselho Federal da Ordem, instituição criada em 13 de março de 1933 e constituído por 81 conselheiros federais, representando todos os Estados brasileiros, além do Distrito Federal.

RESPOSTA - Para Ophir, a reclamação é um direito que assiste a qualquer cidadão. Sobre a suposta representação de Jarbas Vasconcelos contra o presidente, Cavalcante disse não temer qualquer tipo de providência que venha a ser tomada. “Trata-se de uma reação sem sentido a respeito de um processo que foi julgado de forma soberana pelo Conselho, que definiu, de maneira independente e ilesa, por 22 dos votos a favor pela intervenção na OAB Pará”, declarou o presidente nacional.

Um conselheiro ouvido pelo DIÁRIO disse que, ao desrespeitar a decisão do Conselho Federal, acusando a sessão realizada no último domingo, 23, de ter sido motivada por interesses políticos, Jarbas Vasconcelos está agindo com “leviandade e desatino jurídico”, podendo ser interpelado pela própria OAB nacional sobre os elementos que tem para acusar a entidade. “Cabe interpelação”, ressaltou o conselheiro, que preferiu não se identificar para não perder o direito de interpelar o ex-presidente. (Diário do Pará)

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