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terça-feira, 8 de novembro de 2011

EUA vão limitar visto para estudantes estrangeiros

O Departamento de Estado dos EUA decidiu reduzir um programa para universitários estrangeiros depois que alguns participantes precisaram passar por condições sub-humanas para se manter no país. Com pouco dinheiro, alguns viraram sem-teto, enquanto outros foram obrigados a trabalhar ilegalmente numa fábrica de chocolates e uma menina chegou até a ser forçada a dançar numa casa erótica.

A agência americana divulgou nesta segunda-feira novas regras, que limitam o número de futuros participantes e suspende investimentos de novas empresas interessadas em patrocinar a vinda de estrangeiros aos EUA. As mudanças no chamado visto J-1 acontecem quase um ano depois de abusos serem revelados pela agência de notícias AP. Segundo reportagens, estudantes chegavam a ganhar US$ 1 por hora por trabalhos domésticos.

Estudantes com vistos temporários de mais de quatro meses precisam ter empregos e normalmente acabam trabalhando em hotéis e restaurantes. Em 1996, 20 mil estrangeiros participaram do programa. Em 2008, o número ultrapassou a marca dos 150 mil.

"Apesar das novas regulamentações, o número de reclamações continua inaceitavelmente alta e inclui relatos de locais de trabalho impróprios, ofertas de emprego fraudulentos e trabalhos que são cancelados assim que o participante chega aos EUA, além de jornadas inapropriadas e problemas com alojamento e transporte", anunciou o Departamento de Estado, "para garantir que essas questões sejam resolvidas, o Departamento está aumentando a fiscalização sobre o Summer Work Travel e sua atual regulamentação".

Talvez a maior demonstração das reclamações dos participantes do programa aconteceu em agosto passado, quando dezenas de trabalhadores protestaram na fábrica de chocolate da Hersey's no estado da Pensilvânia, alegando problemas de pagamento e trabalho físico pesado.

Os problemas, que já não eram raros, ficaram ainda piores com a baixa da economia, que reduziu ainda mais as oportunidades de trabalho para os estrangeiros. A agência AP encontrou estudantes procurando vaga em abrigos para sem-teto, dividindo camas com estranhos ou ainda acumulando dois, três empregos. Um dos piores casos foi o de uma mulher que pensava ter sido contratada para trabalhar em um restaurante em Virginia, mas foi empancada e forçada a trabalhar como uma stripper em Detroit, em 2005.

O programa gera milhões em lucro para as empresas patrocinadoras e os escritórios recrutadores. Locais que contratam estudantes poupam cerca de 8% ao empregar um estrangeiro ao invés de um americano, porque não precisam pagar seguro social ou impostos de desempregos. E muitos comerciantes alegam precisar da mão de obra estrangeira para atender a demanda das temporadas de turistas.

Apesar dos relatos de maus-tratos e da dificuldade financeira, o Departamento de Estado garante que a maioria dos participantes gostam do programa e, muitos deles, retornam ao EUA para trabalhar em mais de um verão. (O Globo)

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