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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Rede municipal de saúde em colapso

Com o filho de cinco anos nos braços, Débora de Oliveira não conseguiu atendimento no PSM Mário Pinotti, no Umarizal. A crinaça estava com o pé ferido por um prego. A falta de médicos na tarde de ontem antecipava a paralisação de hoje, 22, em toda a rede de saúde pública de Belém. Cerca de 70% dos médicos deixarão de atender nas unidades de saúde da capital. No começo da noite de ontem, após assembleia geral, o presidente da Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazomcoop), Luiz Fausto Silva, anunciou que os 350 médicos da entidade não atenderão a rede municipal de saúde de Belém porque o contrato com a Prefeitura expirou e há uma dívida de R$ 5,9 milhões. Até o final da assembleia, os médicos aguardaram pelo pagamento parcial do débito, de R$ 2,4 milhões, o que não ocorreu.

Traumatologia, ortopedia, pediatria, cirurgia geral, cirurgia torácica, atendimento a resgates de emergência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192), ginecologia, obstetrícia e a UTI para adultos podem ser prejudicados nos PSM da 14 de Março e do Guamá, nos postos de saúde do Telégrafo, Bengui, Jurunas, Marambaia e em Mosqueiro e Icoaraci. Os médicos da Amazomcoop cobram da prefeitura R$ 5,9 milhões, dívida acumulada de julho a outubro.

Presidente da Amazomcoop, o ortopedista Luiz Fausto da Silva diz que os 350 médicos da cooperativa equivalem a mais da metade dos profissionais que trabalham para a Sesma. Somente no PSM da 14 de Março, há 175 médicos da cooperativa. "O contrato assinado em abril do ano passado chegará ao fim nesta terça-feira. Pelo fato da Sesma não ter cumprido os pagamentos dos últimos quatro meses, não vamos fazer a renovação", disse. "Os médicos não concordaram em continuar atendendo com o contrato vencido", explicou.

Fausto diz que a Sesma nunca pagou nas datas certas. "Desde o primeiro mês atrasou. Mas conseguimos contornar a situação, pois sempre adiantávamos as comissões dos médicos com recursos próprios. Mas faz quatro meses que não há repasse, não temos como garantir os pagamentos", lamenta.

Uma comissão de médicos se reuniu na manhã de ontem com a diretoria da Sesma no Ministério Público do Estado (MPE) para cobrar ao menos uma parte da dívida, cerca de R$ 2,4 milhões.

Samu também para por 12 horas como advertência à Sesma

Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) paralisam hoje suas atividades por 12 horas, a partir das 7 horas, para reivindicar à Prefeitura a quitação de pendências equivalentes a R$ 3 milhões com os servidores da rede, da urgência e emergência e das unidades básicas de saúde. A informação foi confirmada ontem à noite pelo diretor financeiro da Associação dos Servidores do Samu, Carlos Haroldo Costa Júnior.

Caso a negociação com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), hoje, não seja satisfatória, ao final da paralisação, por volta das 19 horas, os funcionários se reúnem em frente ao Samu, na Castelo Branco com a Domingos Marreiros, para deliberar sobre uma greve por tempo indeterminado. O Samu reúne 700 funcionários em Belém.

Carlos Haroldo informou que os 30% dos serviços essenciais do Samu serão mantidos na paralisação de advertência de hoje. A Sesma informou ontem que já foram assinados documentos referentes aos débitos dos valores, que começará a ser saldado a partir de hoje.

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará (Sindsaúde) informou ontem à noite que não apoia a paralisação do Samu hoje. A executiva da entidade diz que a movimentação tem inspiração política. (Amazõnia)

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