Acaba campanha sobre a divisão

As Frentes Pró e Contra a criação do Estado do Tapajós encerraram na noite de ontem, a propaganda eleitoral no horário gratuito na televisão, oportunidade em que voltaram a mostrar depoimentos favoráveis e contra a divisão do Estado do Pará, no intuito de convencer o eleitor paraense a voltar 55 (não) ou 77 (sim), no Plebiscito que acontece no próximo domingo, dia 11.

A Frente Pró Tapajós abriu o programa criticando o fato de o governador Simão Jatene ter ocupado, com seu direito de resposta, todo o horário da campanha do Sim anteontem, e o acusa de estar por trás da campanha do Não e de ter usado o seu poder para usar o horário em que as Frentes Separatistas poderiam aproveitar para falar sobre os befícios do desmembramento do Estado.

A Frente Pró Tapajós voltou a exibir imagens de pessoas dando depoimento sobre a vida precária na região oeste do Pará. Uma moradora afirma que para procurar saúde, tem que se deslocar com dificuldades até Belém ou Terezina, ou então, esperar em sua própria cidade. Um jovem diz que tem vontade de cursar a faculdade, mas isso é impossível para ele, a menos que se desloque para Belém ou outra capital do Norte do Brasil.

Voltaram a pedir o apoio dos evangélicos de Belém. A Frente Pró Tapajós encerrou sua programação com o hino da campanha e exibindo imagens das regiões separatistas.

Não - No programa da Frente Contra a Criação do Estado do Tapajós, o eleitor foi alertado de que o próximo dia 11 de dezembro será histórico para toda a população paraense, que tem um Estado único "que não pode ser dividido". A campanha do Não alertou que votar contra a divisão do Pará é preservar as florestas, rios, riquezas minerais e buscar o fortalecimento do Estado e o desenvolvimento social. Explicaram também que alguns políticos estariam usando o argumento da separação com o objetivo apenas de atender aos seus anseios pessoais e que o Pará conservado, unido, é que vai se desenvolver. "Irmãos não se separa e ninguém separa o Pará".

Foram exibidos depoimentos de artistas e de personalidades como o jogador Paulo Henrique Ganso, que se posiciona contra a divisão do Estado. Por fim, a campanha do Não mostrou as carreatas pelas ruas da capital paraense e encerrou a campanha com um coral entoando o hino do Pará. (Amazônia)