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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Na TV, Marco Aurélio Mello diz que CNJ “avança o sinal” Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/na-tv-marco-aurelio-mello-diz-qu

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na noite desta segunda-feira, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem “avançado o sinal”. Como exemplo, disse que citaria “algo que estarrece”, afirmando que há aproximadamente 900 mandados de segurança no STF contra o CNJ e apenas cerca de 100 contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

- Vou revelar algo aqui que estarrece. Nós temos dois conselhos. O Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público. Fiz uma pesquisa em termos de mandados de segurança, que pressupõe direito liquido e certo impetrados, e há tramitando no Supremo contra atos do Conselho 900 e poucos mandados de segurança, enquanto contra atos do Conselho Nacional do Ministério Público sem tem uma centena apenas - afirmou Marco Aurélio.

Perguntado do porquê de tão poucas reclamações contra o Conselho do MP, foi taxativo:

- Porque não tem avançado o sinal.

O ministro, que já presidiu o STF, está no centro de uma polêmica por ter concedido uma liminar que restringe a atuação do Conselho Nacional de Justiça nos processos administrativos contra magistrados, determinando que o órgão só deve agir depois da ingerência das corregedorias de justiça locais.

- Não foi tirar o poder de ninguém e contra o CNJ, mas nos submeter à lei maior que a todos submete. E evidentemente a atuação tem que ser aos moldes da Constituição - justificou. - Concentração ilimitada de poderes é sempre perniciosa.

Respondendo a uma pergunta se era contra o Conselho Nacional de Justiça, e teria a intenção de acabar com o poder de controle do Judiciário, o ministro negou:

- De forma alguma. O conselho existe e tem respaldo na Constituição. Nós esperamos que ele realmente atue. Precisamos compreender que temos 90 tribunais no país com corregedoria, que não podem ser colocadas à parte.

De acordo com Marco Aurélio, com o CNJ há possibilidade de cobrança em casos de “anomaias, de inércia, de tergiversação e proscrastinação de processos ou mesmo falta independência da corregedoria”, mas negou a possibilidade do Conselho “atropelar as corregedorias”.

O ministro do STF falou também sobre a quebra do sigilo bancário de 206 mil pessoas ligadas à Justiça, principalmente juízes e promotores, sob investigação do CNJ, fato considerado determinante para sua decisão de suspender os poderes do órgão.

- Será que chegamos a uma situação que exige essa quebra. Quebra da ordem judicial, não da ordem administrativa - disse, observando: - A Constituição não é um documento romântico, lírico.

Para ele, conforme o ponto-de-vista defendido no Roda Viva, a atuação do Conselho deve ser feita em parceria com as 90 corregedorias que existem nos tribunais da justiça no país e não com poderes ilimitados que se sobrepõem à Constituição.

- A atuação deve se fazer junto às corregedorias, cobrando essa atuação. A Constituição deve ser cumprida e as corregedorias devem zelar pelos tribunais.

Marco Aurélio ainda alfinetou a presidente do Conselho Nacional de Justiça, a juíza Eliana Calmon, que se opôs com veemência a decisão do ministro do STF de barrar a atuação do órgão.

- Quem sabe ela venha a substituir, talvez, o Supremo.

Ele ainda respondeu a uma pergunta se estava arrependido de ter apoiado o nome de Eliana no comando do CNJ:

- Talvez ela tenha esquecido que o chicote muda de mão.

Um dos primeiros ministros do STF a ler o processo do “mensalão”, Marco Aurélio Mello revelou que durante as férias leu um relatório de 120 páginas sobre o caso, elaborado pela sua assessoria:

- O relatório está muito bem elaborado e estou pronto a participar do julgamento, quero ouvir a acusação e a sustentação da defesa. Provas precisarão ser expostas no plenário – disse, revelando também sua “situação confortável”: – Serei o antepenúltimo a votar. (O Globo)

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