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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Pará tem fraude na bomba

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindicombustíveis) recebeu até ontem cerca de 50 denúncias de fraude em vários postos, situados em diversos municípios do Estado, incluindo Belém. Os denunciantes relatam que há estabelecimentos praticando o golpe exposto em matéria jornalística veículada no programa Fantástico e outros jornalísticos da emissora Rede Globo (TV Liberal). O presidente da entidade, Alírio Gonçalves, encaminhará as denúncias ao Ministério Público Federal (MPF) e vai pedir reforço para o Instituto de Metrologia do Pará (Inmet) para ajudar a Agência Nacional do Petróleo, que só tem dois agentes para fiscalizar mais de 700 postos no território paraense.

Alírio convocou a imprensa para uma coletiva ontem à tarde e relatou que clientes e donos de postos prejudicados pela concorrência desleal fizeram o "teste do Fantástico" e atestaram que vários estabelecimentos estão cometendo a fraude mostrada na televisão. "Eles fizeram o teste, indo com o tanque vazio aos postos e abastecendo 20 litros. Depois foram a uma oficina de confiança e perceberam que haviam sido lesados. Só havia no tanque entre 16 e 17 litros", comentou o presidente do Sindicombustíveis.

As denúncias vieram da capital, apontando diversos estabelecimentos, Santarém, Marabá, Paragominas e outos municípios. Alírio diz que não é possível revelar quais são os postos denunciados, porque é necessário apurar devidamente caso a caso, mas garante que nenhum dos 268 associados ao Sindicombustíveis está entre os estabelecimentos apontados como praticantes das fraudes.

As denúncias serão encaminhadas ao MPF, o qual deve atuar junto com a ANP para investigar os casos. Alírio chama atenção para a fiscalização que deveria ser feita em cerca de 700 postos, mas é prejudicada pela falta de fiscais. O presidente do Sindicombustíveis diz que só há dois agentes trabalhando em todo o território estadual. Daí a necessidade de solicitar parcerias do Inmet e também reforço das unidades da ANP do Rio de Janeiro e Distrito Federal.

O Sindicato deve começar na semana que vem uma campanha de conscientização do consumidor para os riscos na hora de comprar o combustível, como também manter equipes de técnicos em campo para manter a qualidade do produto vendido pelos associados. Alírio alerta que o preço baixo em alguns estabelecimentos pode esconder fraude, como a tecnológica apontada pelo Fantástico ou a mais convencional com a adição de um percentual de etanol maior que o permitido na gasolina.

"Nem sempre o preço baixo é sinônimo de qualidade. Vamos identificar na semana que vem todos os postos associados ao Sindicato e alertar o consumidor para o risco da fraude", observa Alírio. Ele aconselha desconfiar de combustível muito abaixo do preço: "tem gente vendendo com uma margem de lucro de somente 6%, quando o mínimo para manter os custos operacionais é de 12%. O empresário que aplica um preço para o varejo sem levar em conta os custos operacionais ou é caridoso e está doando gasolina para o comprador ou está cometendo fraude. É preciso ficar atento".

As investigações sobre o caso apresentado pelo Fantástico levam a crer que fraude eletrônica nas bombas de postos de gasolina está sendo cometida em diversos Estados, incluindo o Pará. O programa mostrou que através de um dispositivo eletrônico, acionado por controle remoto, é possível reduzir o fluxo de combustível no bico das bombas e enganar os clientes, depositando menos gasolina no tanque do que mostra o painel de contagem exposto para o freguês. (Amazônia)

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