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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Poetando

Eu nada sou
Autor: Paulo Paixão, ´mocorongo` da gema

Enfim chegou o inverno...
Que alívio do calor escaldante!
Para mim é tempo de solidão,
Quase uma hibernação do urso...
Não há dúvida, sou um humanoide dividido
Em muitas partes... Dos ursos e lobos
Herdei a solidão, mas, também, a
Ferocidade... Uma ferocidade humana
Contra toda maldade que impera neste mundo.
Da ovelha tenho o dom da mansidão,
Da humildade, da modéstia e até uma certa
Timidez... No passado falaram-me num tal
“Complexo de inferioridade”, mas contesto.
Sinto-me muito bem em ser despercebido...
Mas, não me venha tirar uma de valente,
Soberbo, orgulhoso, prepotente, arrogante,
Mostro minhas afiadas garras, torno-me
Um gigante... E parto pro embate...
Minha arte poética, herdei das flores,
Exemplo máximo de sutileza que a natureza
Pode ostentar... Do índio amazônico há
Este enlevo pelo luar, pelo rio e uma saudade
De algo que extrapola meus sentidos...
E perturba o meu pensar!
Ah! Que saudade do rio, dos banzeiros, do
Temporal na mata, das canoas a vela e seus
Japás, da comida cozida em panela de barro,
Das procissões da Santa em que meu pai tocava,
Da ciranda em lua cheia, dos flertes nos arraiais...
Sou tudo isto e muito mais... Sou amado e odiado
E o herói invencível da minha amada...
Mas cá pra nós, ante os poderes da Terra e do Céu
De tão diminuto que sou eu não existo, eu sou o nada...

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