Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Brasil no rol dos países doadores aos pobres

O Brasil, que sempre foi um receptor de recursos humanitários, caminha a passos largos, ainda que sem alarde, para mudar de lado e entrar no rol dos países doadores. Em cinco anos, a sexta maior economia do mundo mais que dobrou os recursos aplicados em ajuda humanitária, bolsas de estudo para estrangeiros e cooperação técnica, científica e tecnológica e as contribuições para organizações internacionais. O volume de recursos pulou de US$ 158 milhões, em 2005, para US$ 362 milhões, em 2009. A previsão para 2010 é que tenha sido mantido o mesmo ritmo de crescimento dos últimos anos e a quantia tenha se aproximado dos US$ 400 milhões, valor que costuma ser doado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento ou Econômico (OCDE) ao Brasil.Nos próximos três anos, o Brasil prevê alocar US$ 125 milhões somente em cooperação técnica — uma das modalidades da cooperação internacional — contra os US$ 60 milhões que estão previstos para serem repassados ao país, segundo cálculos preliminares da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Itamaraty.

A região da América Latina e Caribe tem ficado com 45% dos recursos em cooperação técnica. Os demais 55% foram distribuídos entre África, Ásia e Oceania.

Este ano, será a primeira vez que o Brasil vai superar a China em doação ao Fundo Central de Resposta à Emergência (Cerf), das Nações Unidas: US$ 750 mil contra os tradicionais US$ 500 mil, valor que também é desembolsado anualmente pelos chineses. O Brasil, a exemplo de outros emergentes, está caminhando para se firmar no cenário internacional como um país doador e não mais como receptor de recursos internacionais.

— O Brasil não utiliza o conceito de ajuda e sua cooperação é regida por princípios próprios, o que faz com que a metodologia para calcular valores seja distinta daquela da OCDE. Isso dificulta a comparação entre valores. Estima-se, no entanto, que a cooperação recebida seja inferior àquela executada com países em desenvolvimento — analisa ministro Marco Farani, diretor da ABC.

No começo de março, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga a versão 2010 do relatório “Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional”. A constatação que será anunciada é a de que o país continuará mantendo o patamar de crescimento dos investimentos em cooperação técnica e humanitária dos últimos anos. No relatório anterior — o primeiro feito pelo Ipea para traduzir em números a cooperação brasileira para o exterior — concluiu-se que, de 2005 a 2009, o país alocou cerca de US$ 1,4 bilhão em cooperação internacional. Além do interesse estritamente econômico na abertura de novos mercados às empresas brasileiras, a projeção internacional do país atende obviamente a interesses políticos. — O país está reivindicando um assento no Conselho de Segurança da ONU e a chefia da Organização Mundial do Comércio (OMC) — lembra a pesquisadora associada do centro de estudos britânicos Overseas Development Institute, a portuguesa Lídia Cabral.

O coordenador-geral de Ações Internacionais de Combate à Fome (CGFome) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Milton Rondó Filho, admite que a cooperação internacional é “uma via de mão dupla”: — O país começou a contribuir para o Programa Mundial de Alimentos da ONU em 2007 e já ascendeu, em 2011, para a décima posição no ranking mundial dos contribuintes. Rondó antecipou que o orçamento 2012 para o programa CGFome será de R$ 24,6 milhões. (O Globo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário