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segunda-feira, 26 de março de 2012

Clonando Pensamento: O pisca-alerta

"O pisca-alerta só deve ser utilizado em situações de emergência. Não estou inventando: está no Código de Trânsito, artigo 251. (...) Mas tem uma moçada – os Abestados do Pisca-Alerta – cujo cérebro está no dedão do pé e a unha encravada na cabeça. Esses caras param no meio da rua, para jogar conversa fora, bocejar, comprar menta, mascar chiclete, fazer agá, seja na pacata Triunvirato ou na nervosa Conselheiro. Como se a rua fosse o quintal da casa deles, a garagem do raio que os parta, o esfíncter da mãe!

É impressionante. O pisca-alerta, para os abestados, é o salvo-conduto da burrice, o passaporte da mediocridade, o carimbo da cretinice passada no cartório da insensatez. Pessoas nefastas. Por que não viram tábuas no mar?

Estacionar em fila dupla é uma grave infração de trânsito, com multa de 127 reais e perda de cinco pontos na carteira. Com pisca-alerta ligado, é infração ao quadrado. (...) O Abestado do Pisca-Alerta, pretenso dono das ruas, estaciona onde quer, atrapalha quem bem entende, é um revival do antropocêntrico. A empingem do trânsito, roendo a paciência alheia. Não tem noção de cidadania. É estúpido, grosseiro, intransigente, leso, trouxa, canalha, babaca, pilantra, pacóvio, covarde, parvo, imbecil, pamonha. Filho da p...! Eu me pergunto qual é o problema desses brutos. Não foram amamentados? Roeram caroço de pupunha?

Devia haver, no bafômetro, um indicador do consumo de leite materno na infância. E seria proibida a carteira a quem não tenha mamado. A Lei do Peito Livre! Ou então, meus amigos, é melhor que se rasguem os códigos, não só o de trânsito."
(Paulo Silber, jornalista, sobre o trânsito de Belém)

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