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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Caixa atende a ordem do Planalto e reduz juros do crédito

A Caixa Econômica Federal (CEF) divulgou nesta segunda-feira sua nova política de crédito, com redução dos juros nas linhas para pessoas físicas e micro e pequenas empresas. A nova estratégia atende uma exigência do Palácio do Planalto, que está deliberadamente usando as instituições financeiras públicas para reduzir o chamado spread bancário – diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas cobradas dos clientes finais – e também estimular o consumo doméstico. Na semana passada, o Banco do Brasil (BB) estreou a nova estratégia governista, com 43,1 bilhões de reais em recursos adicionais para empréstimos, com redução dos juros entre 15% a 45%.

Nesta manhã, a CEF revelou que, no cheque especial, por exemplo, o juro foi reduzido em 67% para até 1,35% ao mês. No financiamento de veículos, caiu para 0,98%. Nas linhas em que os juros ficaram menores, a instituição financeira espera liberar 71 bilhões de reais em empréstimos entre abril e dezembro. Nos cartões, o banco baixou as taxas em 40% no rotativo (financiamento da fatura). Também anunciou o lançamento do produto Cartão Azul Caixa, com juro de 2,85% ao mês para clientes que recebem salário na instituição financeira.

As medidas atingem 25 milhões de clientes. Com o corte, a Caixa espera liberar 10 bilhões de reais em empréstimos para pequenas empresas. Ao todo, o banco prevê liberar 300 bilhões de reais neste ano em crédito – número 24% maior que em 2011.

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, destaca que é a maior redução de juros do banco e que a estratégia vai fazer o banco ganhar mercado. "É importante ser competitivo, tanto para não perder clientes como para ganhar", disse durante entrevista com a imprensa.

O executivo destacou que, na época da crise financeira mundial, o banco tinha 6% do mercado e essa fatia chegou a 12,6% no final de 2011. "Queremos aumentar essa participação e ter a terceira maior carteira de credito do mercado", ressaltou. Desde a noite da última quinta-feira, o banco público vinha veiculando um comercial na TV com a atriz Camila Pitanga informando que anunciaria nesta segunda uma redução nos juros.

O corte nos juros do BB e da Caixa faz parte de uma estratégia do governo para estimular o consumo interno pelo aumento do credito. O objetivo também é fazer com que os bancos privados sigam os públicos e cortem juros, para não perderem mercado.

Pano de fundo – Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff já havia reclamado que o spread bancário no Brasil é "tecnicamente de difícil explicação". Neste ambiente, e também pressionado pelo Planalto, o Banco Central estuda criar um ranking para revelar as margens cobradas por cada banco. A ideia é abrir para a população quem ganha mais com os financiamentos.

Em meio ao aperto, presidentes dos principais bancos privados reúnem-se novamente com o governo nesta semana e devem apresentar propostas iniciais para reduzir os juros. O Ministério da Fazenda não confirma o encontro, mas o ministro Mantega fica nesta segunda e terça-feira em São Paulo – cidade onde estão as sedes das maiores instituições financeiras privadas do país. Reunião semelhante ocorreu no fim de março, mas, de lá para cá, as pressões do governo aumentaram significativamente.

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