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terça-feira, 3 de abril de 2012

Concessão de florestas no oeste paraense vai gerar renda para a população

Os habitantes do Pará que vivem no entorno do Rio Mamuru, no município de Juruti, oeste paraense, serão beneficiados diretamente pelas concessões que o Estado está realizando nas florestas públicas da região. A partir das concessões, empresas especializadas em extração sustentável terão o direito de explorar áreas florestais, empregando pelo menos 30% da mão de obra local. Além dos empregos, recursos gerados com as concessões serão revertidos pelo governo em projetos sociais e infraestrutura para as comunidades.

Segundo o técnico em Gestão Florestal, José Maria Neto, do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), as florestas fazem parte do conjunto de cinco glebas conhecido como Mamuru-Arapiuns. O nome faz referência aos dois rios que cercam a região. A área total deste complexo corresponde a 1,312 milhão de hectares, o equivalente a 1,3 milhão estádios de futebol, como o "Mangueirão".

No entorno do Mamuru o Estado está criando um centro de treinamento de manejo florestal, e já concedeu três áreas para a exploração sustentável de madeira, onde empresas estão se instalando. Em breve, uma licitação apontará a empresa que se instalará na área mais recente destinada à exploração.

“Para realizar as concessões, o Estado fez o ordenamento territorial da região, delimitando o limite das cinco glebas, e identificando o território de cada comunidade, que será regularizado. Todo o processo considerou aspectos ambientais e sociais, para assegurar o sucesso das concessões, que vão gerar o desenvolvimento socioeconômico local”, explicou José Maria Neto.

Comunidades - Segundo ele, dos recursos gerados com a exploração sustentável, 30% serão usados na estruturação dos órgãos ambientais e monitoramento da floresta; outros 30% serão destinados aos municípios abrangidos pelas áreas de concessão, para investimentos nas comunidades, como a construção de escolas, aquisição de embarcações etc., e os outros 40% irão para o Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado, que financiará uma série de projetos sustentáveis na região.

As comunidades do Rio Mamuru que serão beneficiadas aguardam ansiosas pelas concessões. Na Vila Mocambo, o presidente da associação comunitária, Paulo Ferreira, 50 anos, acredita que as concessões serão uma oportunidade para todos, principalmente para os jovens. “É uma oportunidade muito boa, principalmente para os jovens, nossos filhos, que terão emprego e poderão ter condições melhores para estudar”, ressaltou Paulo, que se dedica ao plantio de mandioca.

Na comunidade de Monte Carmelo, localizada quase na cabeceira do rio, já próximo ao município de Aveiro, o desejo das famílias não é diferente. A agricultora Luci Gonzaga, 60 anos, disse que pretende ter a sua comunidade beneficiada com vários projetos, a partir dos recursos gerados pelas concessões. “Nós precisamos de um colégio para as crianças, um posto de saúde e água potável. Tudo isso poderá ser colocado para nós com o rendimento das concessões”, afirmou Luci, que vende em Parintins (AM) a farinha que produz.

Para ela, além das benfeitorias, a exploração sustentável possibilitará algo que é difícil na localidade: o emprego de carteira assinada. “O povo trabalha, mas sem carteira assinada. Com as empresas explorando legalmente as florestas, sem depredá-las, e empregando parte da população, os trabalhadores terão acesso a seus direitos”, frisou.

Sustentabilidade - Para garantir a exploração sustentável na região, o governo paraense primeiro concedeu uma área com aproximadamente 46 mil hectares, que está sob responsabilidade da empresa LN Guerra. A segunda área, com cerca de 20 mil hectares, é gerenciada pela Rondobel, e a terceira, com 85 mil hectares, será explorada pela Amazônia Florestal. A outra área que o Estado já destinou para este tipo de exploração, e que ainda será licitada, tem 102 mil hectares.

Está assegurado em contrato, além de ser requisito para a seleção da empresa no processo licitatório, a forma como se dará a exploração, que não pode prejudicar a floresta. “Diferentemente das madeireiras ilegais, estas empresas utilizam técnicas que asseguram a preservação do meio ambiente, garantindo, inclusive, a regeneração da mata. São vários fatores e técnicas levados em consideração neste tipo de exploração”, informou José Maria Neto. (Ag.Pará)

Um comentário:

  1. Ercio, isso é puro engodo. As madereiras, ou seus capangas, que vencem tais licitações destroem tudo e deixam as comunidades lá existentes sem direito à nada, nadinha. É pura sacanagem, pois não existe fiscalização de ninguem, é o velho faroeste: vence o mais forte...

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