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quarta-feira, 18 de abril de 2012

MPE veta o açaí na merenda escolar

O Ministério Público não abre mão da proibição do açaí na merenda escolar. O titular da Promotoria do Consumidor, Marco Aurélio Nascimento, justifica a sua decisão alegando que nem o vinho do produto pasteurizado - destinado para exportação -, nem o dos batedores artesanais garantem resultado positivo. O primeiro, pelo motivo da população não ter o hábito de consumir açaí congelado. Quanto ao segundo, não haver segurança à saúde dos estudantes, por causa dos constantes índices de contaminação, que tem levado a Vigilância Sanitária atestar uma média de 70%, sobretudo, de coliforme fecais.

"Açaí pasteurizado não pode porque dificilmente seria aceito pelas crianças, por estarem acostumadas a consumir o vinho batido pelos produtores artesanais. Esses, por sua vez, há o impedimento por não oferecerem boas condições de higiene, o que, consequentemente, é um risco à saúde dos alunos. Eles não dispõem de tanque para o branqueamento do açaí, importante para matar as bactérias e até o barbeiro, responsável pela doença de Chagas. Os batedores artesanais não dispõem também de estrutura administrativa para atender à demanda do governo", enfatiza o promotor.

Mesmo considerando uma ideia que poderia contribuir para a economia local, com a inclusão dos produtos regionais no lanche das crianças, o promotor frisa que o poder público precisa se cercar de todas as medidas de segurança, para não gerar prejuízo aos cofres e aos alunos.

O presidente da Associação dos Batedores Artesanais de Açaí de Belém, Marivaldo de Almeida Ferreira, concorda com o que diz o promotor Marco Aurélio no que se refere ao investimento na compra do açaí pasteurizado, entretanto discorda que não haja condição dos batedores atenderem ao pedido do governo. "Nós temos condições de disputar uma concorrência sim, porém no momento atual isso não é possível, porque precisamos do tanque de branqueamento e de treinamento. Aliás esta foi uma proposta do governador Jatene no período da sua campanha, mas até agora nada foi concretizado. Estamos apenas reunindo com os órgãos do governo, entretanto não há avanços para ajudar a nos estruturarmos ainda mais", informa.

Ele lembra que Belém tem cerca de 4 mil batedores de açaí, mas apenas uma média de 1.500 são associados à entidade que dirige. Marivaldo entende que se o "governo cumprir com as promessas feitas, os batedores artesanais terão como equipar seus pontos de venda e garantir o produto de forma saudável à população, inclusive às crianças na hora da merenda escolar". (Amazônia)

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