Durante a audiência, Antônio Gilberto passou mal e teve que suspender o jejum. |
Foi encerrada, por volta das 18h de ontem (13/8), audiência
pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara
dos Deputados que debateu a "violação dos direitos humanos pela Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB)". A sessão discutiu também a situação do
examinando Antônio Gilberto da Silva, 47 anos, reprovado no 10º Exame de
Ordem, que estava em greve de fome há uma semana em protesto contra
supostas irregularidades na seleção.
Durante a audiência, o candidato passou mal e precisou suspender o jejum. O deputado federal Marco Feliciano, presidente da CDHM, informou que encaminhará um pedido para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o intuito de "abrir a caixa preta" do Exame de Ordem.
Durante a audiência, o candidato passou mal e precisou suspender o jejum. O deputado federal Marco Feliciano, presidente da CDHM, informou que encaminhará um pedido para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o intuito de "abrir a caixa preta" do Exame de Ordem.
Diversos professores de direito anunciaram, durante a reunião, que já
entraram ou vão entrar com pedidos na Justiça requerendo a anulação de
questões do último exame, realizado em junho. O exame está sendo
questionado por confusão na elaboração das questões, respostas dúbias,
omissões e contradições.
Além dos supostos erros cometidos no 10º exame, os presentes também
avaliaram que a OAB precisa divulgar qual a destinação dada ao dinheiro
arrecadado anualmente com a realização do certame. “Ninguém sabe para
onde vai o dinheiro arrecadado pela Ordem. Neste ano, foram 128 mil
examinandos e cerca de R$ 23 milhões arrecadados”, afirma Carlos Otávio
Schneider, vice-presidente do Movimento Nacional de Bacharéis em
Direito. O jurista sugeriu a abertura de uma CPI para avaliar a
destinação dos recursos.
Os presidentes da OAB, Marcus Vinícius Coêlho, e da Fundação Getulio
Vargas (FGV), responsável pela elaboração e aplicação do Exame de Ordem,
não estiveram presentes na audiência. O assessor jurídico da Ordem,
Oswaldo Ribeiro Júnior, que representou a entidade na reunião, defendeu
que a FGV tem autonomia para elaborar e corrigir as questões. “Ainda que
a OAB aceite as críticas, é preciso esclarecer que 90% das reclamações
que recebemos com relação a correção do exame são por divergências
teóricas. Questionam que determinadas vertentes do direito trariam a
resposta adequada, mas nosso objetivo não é discutir teoria. Temos uma
banca capacitada e com autonomia para decidir o que é correto”,
declarou.
O assessor também adiantou que a OAB já discute a possibilidade de expor quais são os professores que compõem a banca de análise do exame. De acordo com Ribeiro, todas as reivindicações apresentadas durante a audiência serão encaminhadas para análise do Conselho Federal da OAB. Com relação à proposta de abertura de uma CPI para investigar o exame, ele informou que a Ordem ainda não tem posicionamento definido. (Correio Braziliense)
O assessor também adiantou que a OAB já discute a possibilidade de expor quais são os professores que compõem a banca de análise do exame. De acordo com Ribeiro, todas as reivindicações apresentadas durante a audiência serão encaminhadas para análise do Conselho Federal da OAB. Com relação à proposta de abertura de uma CPI para investigar o exame, ele informou que a Ordem ainda não tem posicionamento definido. (Correio Braziliense)
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