Jornalista é morto a tiros em Itaituba

O jornalista Rhaydson Boboya foi morto com cinco tiros à queima-roupa, sendo dois na cabeça, por volta das 22 horas de anteontem. O crime ocorreu quando Rhaydson saiu para ver quem batia à porta da casa dele, localizada em Itaituba. O comerciante Leandro Coelho, de 23 anos, é apontado como o assassino. A polícia trabalha com várias hipóteses, inclusive de crime passional.

Testemunhas que prestaram depoimento na delegacia de Itaituba contaram que, por volta de 19 horas, dois homens chegaram em um carro e estacionaram em frente à casa do jornalista. De acordo com elas, Leandro Coelho, que dirigia o carro, desceu do veículo e atirou contra o jornalista, fugindo em seguida.

O corpo do jornalista foi sepultado no final da tarde de ontem, no cemitério municipal de Itaituba. Em nota divulgada ontem, a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará, Sheila Faro, disse que a categoria está chocada com o homicídio e exige a punição dos criminosos. "Vamos acompanhar as investigações até que tudo seja esclarecido e os culpados, presos".

Na tarde de ontem, o deputado federal Dudimar Paxiuba disse que fará um pronunciamento, hoje, na Câmara Federal, destacando a onda de violência em Itaituba. "Vamos cobrar das autoridades uma profunda investigação sobre o brutal assassinato do jornalista Rhaydson Boboya", disse o parlamentar.

O presidente da Associação dos Profissionais de Imprensa de Itaituba (API), Diego Mota, declarou que Boboya era um profissional "competente e muito querido pelos colegas". O presidente da API disse ainda que o suposto assassino, Leandro Coelho, já esteve preso há três anos, acusado de cometer outro homicídio. "Não vamos descansar até que o assassino de nosso colega esteja na cadeia", afirmou Diego Mota. Rhaydson Boboya era funcionário da repetidora da TV Bandeirantes em Itaituba, onde atuava como cinegrafista.