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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

No Brasil, igrejas católicas e evangélicas movem R$ 21,5 bilhões ao ano

“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” - Lc 16, 13
“Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” - I Tom 6,10
A relação das religiões cristãs com o dinheiro, ao menos abertamente, nunca se deu de maneira confortável. Antes de a chamada teologia da prosperidade apresentar aos fiéis a ideia de que graça divina e riqueza são diretamente proporcionais, o tema só aparecia nos sermões se fosse para ser abominado. Os primeiros padres definiam o dinheiro, ainda nos idos dos anos 200, como “excremento do diabo”, sempre associado à vaidade e ao orgulho, pecados mortais capitais.

O fato de os assuntos financeiros figurarem na lista dos mais sensíveis para os líderes de igrejas, porém, não impediu que, ao longo da história, as religiões cristãs acumulassem um patrimônio bilionário. Mesmo com tanto tabu em torno das sagradas finanças, padres, bispos e pastores precisaram aprender a contar dinheiro e a se convencer de que, sem ele, a manutenção dos templos, a caridade e a própria missão de evangelizar ficariam impossibilitadas.

Instituições religiosas, favorecidas pela imunidade tributária, administram o constante volume de ofertas, dízimos e recursos de outras naturezas. Por dia, as igrejas do país — a maioria católicas e evangélicas — arrecadam, em média, quase R$ 60 milhões. Somente em 2012, segundo dados exclusivos levantados pela Receita Federal, R$ 21,5 bilhões entraram nos cofres divinos. Em relação ao ano anterior, o recolhimento cresceu 4,3%, salto considerável diante do tamanho do montante.

Quadros desfavoráveis ou mesmo crises econômicas não costumam atingir a receita das igrejas. As doações respondem por 72% do dinheiro em caixa. O restante equivale a rendimentos gerados com aluguel ou vendas de bens, aplicações em renda fixa ou, em casos mais raros, operações na Bolsa de Valores.

Em geral, as igrejas têm aversão ao risco e, por isso, optam por políticas de investimento bastante conservadoras, não priorizando a rentabilidade. A sobra dos recursos doados às instituições, na maioria das vezes, cai na poupança ou é aplicada em Certificado de Depósito Bancário (CDB), os dois modelos mais simples de fazer o dinheiro render. Estratégias ousadas, como a compra e a venda de ações, normalmente são feitas em nome dos próprios líderes. (Correio Braziliense)
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