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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Tráfico de pessoas na Amazônia

Tráfico de pessoas é crime internacional  
Tráfico de pessoas é crime internacional
A Amazônia é um dos focos de atenção da Campanha da Fraternidade (CF) deste ano. O tema – “Fraternidade e Tráfico Humano” – traz à tona a grave situação em que vivem aproximadamente 800 mil pessoas de diferentes regiões do mundo na condição de traficadas. Parte desse universo é do Brasil e, a maioria, mulheres adolescentes e jovens, na faixa etária de 14 a 21 anos. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT, ano de 2012) e de pesquisas nacionais e internacionais nessa área.

Detentora de 11 mil quilômetros de fronteira dos quais o Amazonas responde por uma faixa de 6,5 mil quilômetros, a Região Amazônica tornou-se um dos corredores internacionais do tráfico de pessoas. Chamar a atenção para esse crime ainda submetido ao silenciamento é um dos objetivos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), vinculada à Igreja Católica, e responsável pela realização anual da CF. O lema da campanha deste ano diz: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.

Pesquisa feita pela socióloga Márcia Maria de Oliveira, doutoranda do Programa de Pós–Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA-Ufam), identificou 92 jovens da Amazônia como prestadoras de serviços sexuais em Portugal, Espanha e Itália.

Um dos dados da pesquisa de Márcia Oliveira mostra que o interesse pelo recrutamento de mulheres dos Estados Amazônicos nos países europeus é porque as jovens integram o grupo de “mão de obra” de preço mais baixo. “As mulheres da Amazônia na Europa estão na última faixa da tabela de preços”, afirma a pesquisadora.

Dispostos a lutar por ações concretas no Estado do Amazonas, mobilizadores da Campanha da Fraternidade deste ano querem ver efetivadas medidas de prevenção ao tráfico, à exploração sexual e à pedofilia. Para Márcio Oliveira e a freira Santina Perin, da Rede Um Grito Pela Vida, da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB nacional), a batalha tem que ser travada em duas frentes: uma que se realiza nos estudos sobre o tema, nas denúncias a respeito das terríveis condições em que vivem as jovens agenciadas e submetidas a trabalhos sexuais em outros países e no Brasil; outra, é o lançamento de uma campanha envolvendo o Ministério Público para que sejam legalmente adotados os “filhos de criação”.

“Essa, afirma Márcia Oliveira, é uma das práticas comuns na Amazônia. Crianças são levadas para as capitais, com o aceite dos pais, pelos ‘padrinhos’ e são submetidas a longas jornadas de trabalho e abusadas sexualmente. Precisamos dar um basta nisso!”. A pesquisadora vê na adoção oficial uma saída a esse tipo de crime. (Jornal A Crítica)

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