Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

sábado, 5 de abril de 2014

PM: Governo anuncia benefícios

Pms interditam BR-316
Ontem, policiais do 6º Batalhão da Polícia Militar deram continuidade à paralisação para reivindicar um novo acordo salarial, uma vez que eles consideraram desleal o reajuste dado apenas aos oficiais da corporação. No início da manhã, eles fecharam apenas duas faixas do km 7 da rodovia BR-316, no sentido Ananindeua-Belém, mas no início da tarde interditaram as duas pistas e provocaram um congestionamento de 13 quilômetros.

Os praças se reuniram em frente ao 6º Batalhão desde as 8h, para se organizar para a reunião marcada às 11h na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), com a presença de representantes de associações, deputados estaduais e outros representantes do Estado. Uma sargento da PM que pediu para não ter o nome divulgado disse que os praças dos batalhões da Região Metropolitana de Belém e de outros municípios paraenses estavam mobilizados. 'Nós estamos organizados, os praças de Santarém, Castanhal, de Marituba estão parados. Tudo vai depender do acordo feito daqui a pouco na Assembleia Legislativa. Caso contrário, todos nós vamos parar'.

Enquanto uma comissão se dirigiu à Assembleia, um grupo permaneceu bloqueando a BR-316. Por volta de meio-dia, toda a pista no sentido Ananindeua-Belém foi interditada e, minutos depois, os policiais interditaram a pista contrária. Agentes da Polícia Rodoviária Federal foram ao local para tentar manter a ordem.

Via seria liberada durante a madrugada
Motoristas reclamaram do trânsito parado, ontem, na BR-316. 'Agora o carro não anda. O sinal abre e fecha e ninguém sai do lugar. É um absurdo. Ficamos presos aqui sem ao menos poder voltar. Eu saí do bairro do Marco, em Belém, por volta das 14h. Já são 17h30 e ainda estou no começo da estrada do Maguari. Não sei que horas vou chegar em casa', reclamou a professora Alessandra Ataíde, de 39 anos.

O taxista Carlos Nazareno Almeida, de 58 anos, comentou que estava preso no trânsito desde as 11h. 'Eu peguei um ônibus na travessa Senador Lemos, em Belém, para chegar em casa, perto da estrada do Curuçambá, em Ananindeua. Normalmente, faço essa viagem em 45 minutos. Hoje, levou cerca de cinco horas'.

Assim como Carlos Nazareno, o motorista José Marcelo Castro questionou esse tipo de mobilização. 'A gente sabe que eles têm as reivindicações deles, mas o nosso direito de ir e vir não pode ser impedido. Agora a gente fica preso aqui e tem que ter uma enorme paciência', desabafou.

Para a família de Eliete Cunha Gonçalves, de 37 anos, o drama foi ainda maior. Eliete estava em um cortejo fúnebre, a caminho de um cemitério, para enterrar a mãe. Com o engarrafamento, ela não tinha previsão do horário que o enterro ocorreria. 'Nós saímos do Icuí-Guajará às 15h, para chegar às 16h no cemitério Parque das Palmeiras, em Marituba. Já são 17h30 e ainda não estamos nem na metade do caminho. A administração do cemitério disse que vai aguardar a nossa chegada, mas a nossa angústia só aumenta', contou Eliete.

À noite, os manifestantes decidiram interditar a pista Entroncamento-Centro em espaços de 20 minutos, liberando a pista de saída da cidade. Eles disseram que liberariam as pistas da BR-316 na madrugada de hoje.
Governo anuncia benefícios
O governo do Estado pagará 100% de gratificação de risco de vida aos praças - soldados, cabos, sargentos e subtenentes - e estenderá o pagamento de auxílio-fardamento para todos os praças, no valor correspondente ao soldo de um terceiro sargento (quase R$ 800,00). Atualmente, só eram contemplados com o auxílio-fardamento cabos e soldados. O anúncio foi feito ontem à tarde pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Daniel Mendes. 'O governador Simão Jatene me autorizou a dar 100% de risco de vida. Dez por cento agora no contracheque de abril, passando para 80%. E, em novembro, 20%', disse. Atualmente, a gratificação de risco de vida é de 70%. Mendes falou do 'momento delicado' pelo qual está passando a Polícia Militar, 'provocado sobretudo por informações inverídicas e infundadas, que buscam realmente causar uma divisão entre as carreiras de oficiais e praças'.

O coronel fez uma retrospectiva de nove atrás, quando, em 2005, decidiu-se que haveria um tratamento específico para os praças e outro para os oficiais com relação à valorização na remuneração. 'Nesta ocasião, atrelou-se o soldo do soldado ao salário mínimo, dando, a partir daí, o gatilho para o reajuste do praça por força de lei', explicou.

Em nove anos, o soldo de um soldado acumulou um reajuste de 395,89%. Já o do coronel, incluindo os benefícios da Lei 34/2014, que incorpora o abono até 2018, subiu apenas 195%. A variação da remuneração dos praças, de 2005 a 2014, é de 246% - ou 27% ao ano, em média. 'Se fizermos uma projeção até 2018, com base nessa média, teremos um aumento de 109% para os praças, enquanto que, feita a projeção para os oficiais, transformada em Lei, obtém-se um reajuste de 100%', disse o coronel. A inflação, nesse período de nove anos, foi de 60%.

Daniel Mendes afirmou que, em 2005, o soldo do coronel equivalia mais de cinco vezes ao do soldado. E, hoje, o soldo do coronel equivale a pouco mais que duas vezes o do soldado. 'Naturalmente que isso gerou uma distorção ao ponto que, em 2012, houve uma necessidade de um reajuste diferenciado, porque os praças, sobretudo os subtenentes, já estavam ganhando mais que o tenente. Por tudo isso, quando decidiu-se tratar de forma específica oficiais e praças, esse projeto agora foi encaminhado e aprovado pela Alepa, incorporando o abono dos oficiais até 2018'.

Até 2005, explicou, 'a corporação caminhava como um corpo em que as duas pernas - uma oficial e outra praça - andavam saltando'. 'Não tinha como reduzir a distância entre salário de praça e de oficial. A partir de 2005, decidiu-se, então, que íamos trabalhar com uma perna. A primeira perna foi a dos praças, dando um passo à frente no sentido da valorização da remuneração e assim se fez por nove anos. Agora, estamos dando um passo no sentido de valorização da carreira dos oficiais, caminhando desta forma com uma perna de cada vez'.
Mais aqui > O governo do Estado pagará...

Um comentário:

  1. Moro próximo ao prédio da Unama na BR-316 e, durante estas badernas dos policiais, não pude levar os meus filhos na escola e cheguei muito atrasado no meu trabalho. Enquanto o PT e os veículos de comunicação - rádio, tv e jornal - do Jader Barbalho ficarem incentivando e apoiando greves e sobretudo manifestações de trabalhadores que obstruem vias públicas, a cidade de Belém ficará um caos. Se eles pensam que isto vai gerar votos para o Helder e Paulo Rocha, estão enganados. Ontem, por exemplo, nos engarrafamentos ouvia-se muita gente p... da vida com esses políticos aos quais nada importa o sofrimento da população. E, é bom não esquecer que PT e PMDB unidos, já governaram o Pará na gestão da Ana Júlia Carepa, e deu no que deu: esculhambação total! - Eu sou eleitor de Ananindeua e sei que durante os 8 anos do Helder como prefeito, nada se viu de bom, mas muita corrupção.

    ResponderExcluir