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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Caso Eliana prova que toga não é trampolim político

Os defensores do argumento de que a magistratura pode ser utilizada como escada para a carreira política estão desapontados com o exemplo de Eliana Calmon até o momento. Passado o primeiro mês oficial de campanha eleitoral, a candidata ao Senado pelo PSB, do presidenciável Eduardo Campos, patina em 5% de intenções de voto.

Sem traquejo com a política e praticamente sem aliados, Eliana tenta ganhar eleitores mostrando seu currículo de combatente da corrupção e mostrando aliados populares na TV. Seu principal cabo eleitoral é a candidata a vice-presidente Marina Silva. Ela aposta também no ex-colega de toga, Joaquim Barbosa, para aumentar suas intenções de voto. Eliana espera Barbosa voltar do exterior para, se possível, ganhar uma mensagem de apoio na TV. "Não é do estilo dele, mas quem sabe?", diz, esperançosa.

Calmon deixou antes do prazo limite o cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para disputar uma vaga de senadora. Ainda de toga, Eliana Calmon criou um frisson no meio jurídico quando exerceu o cargo de corregedora-geral de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

É dela a polêmica frase de que no Judiciário há "bandidos de toga". A declaração foi divulgada em 2011, pouco antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir até onde o CNJ poderia ir na investigação de magistrados. O então presidente do CNJ e do STF, Cezar Peluso, classificou as declarações da corregedora de "levianas".

Desconhecida do eleitorado baiano, Eliana Calmon disputa a vaga do Senado com dois políticos profissionais, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o vice-governador Otto Alencar (PSD). Focada em eleitores da classe média e profissionais liberais, a peessebista tenta emplacar a imagem de "justiceira" e trocou carreatas e o corpo a corpo com eleitores por palestras. Ela pede aos eleitores que busquem seu currículo no Google.

A falta de convivência com os melindres da política já causou alguns constrangimentos para Eliana Calmon. Em declaração recente, disse que o senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), ao lado do PT, não passava de "trombadinha da República". A declaração causou mal-estar com a família de ACM, que apadrinhou a indicação de Calmon ao Superior Tribunal de Justiça. Hoje, ela diz que a expressão foi infeliz: "Respeito o senador".

Sem falar a língua do eleitor baiano, sem apoio de aliados e sem estrutura financeira para sustenta uma postulação ao Senado, Eliana Calmon vai decepcionando os potenciais magistrados que acalentam o desejo de ingressar na política. (Brasil 247)

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