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sábado, 2 de agosto de 2014

Círio terá que ser sem shows e fogos

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu o show pirotécnico e as apresentações musicais na praça Santuário durante as festividades do Círio de Nazaré. A decisão foi baseada no relatório de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e no laudo do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. A Associação Obras Sociais da Paróquia de Nazaré também foi multada por causar danos ao meio ambiente durante a queima de fogos no encerramento da quadra nazarena.

O Ibama multou a associação em R$ 150 mil por poluição sonora em níveis capazes de acarretar danos à saúde humana e a morte de animais, e R$ 30 mil pela morte de seis periquitos-da-asa-branca. Se as atividades forem realizadas sem a autorização do Ibama, a diretoria da entidade receberá novas multas e poderá até responder criminalmente na Justiça por desobediência.

A assessoria de imprensa da entidade informou que os diretores da associação ainda não haviam recebido a notificação do Ibama, porque viajaram para Rio de Janeiro acompanhando a imagem peregrina.

O relatório da Semma e o laudo do Renato Chaves foram gerados a partir da operação Fogos de Artifício, coordenada pelo Ministério Público Estadual (MPE), em outubro de 2013, que teve como objetivo o monitoramento e a fiscalização do impacto ambiental causado pelos shows pirotécnico e musical de encerramento das festividades do Círio de Nazaré. Foram constatados, pelos técnicos da Semma, níveis de emissão de ruídos acima dos limites permitidos, oscilando entre 69,75 e 94,24 decibéis, quando o estipulado pela Lei Municipal nº 7.990/2000 é de, no máximo, 70 decibéis, em horário diurno, e 60, em horário noturno. Assim, os shows de música que ultrapassem 60 decibéis também estão proibidos na praça Santuário. A queima de fogos também produz reunidos acima do permitido em lei. A Semma sugeriu o encerramento ou a adequação dos fogos de artifícios durante a festividade.

Segundo o chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama, Alex Lacerda, as atividades estão proibidas para este ano. O órgão acompanha a situação da Festa de Nazaré desde o ano de 2010 e já havia notificado a Diretoria da Festa sobre os problemas ambientais. “Notificamos a Diretoria da Festa no ano passado para destacar uma equipe de veterinários e biólogos para mitigar os danos causados aos animais. E foi respondido que não tinham como fazer isso para os animais”, afirmou Lacerda.

De acordo com Lacerda, a entidade responsável pela festa foi notificada sobre a decisão semana passada, um representante até já teria procurado o Ibama para organizar a defesa da associação, que deve ser entregue dentro do prazo de 20 dias.

Laudo do Renato Chaves atribui a morte dos periquitos aos efeitos de ondas de choque, geralmente verificadas após explosões, e o estresse das aves, observado no momento da deflagração dos fogos, decorrente de ruídos, luzes e fumaça produzidos pelo show pirotécnico. Ainda segundo o estudo, os efeitos das explosões podem afetar também a saúde de outros animais, domésticos ou não, além de crianças e idosos que vivem no entorno da área. “Foi comprovado que os fogos são como bombas de grande impacto para os periquitos devido ao corpo pequeno deles. É como se fosse uma bomba de guerra para os humanos”, comparou Lacerda.  (OrmNews)

2 comentários:

  1. Nem me dei ao trabalho de ler a matéria.
    Círio sem a tradição da queima de fogos é brutalidade que se pretende cometer sobre as nossas riquezas culturais.
    Do jeito que vai, vamos nos tornando comuns, perdendo a nossa identidade cultural. Já não basta a idiotice de monitorar o tempo da procissão dos paraenses, impondo o ritmo do corre-corre e salve-se quem poder, agora me vem essa do silenciar dos fogos. Se assim ocorrer, adeus Círio como a maior manifestação popular profano religiosa do planeta.

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  2. É lamentável que um festival de barbárie e insanidade que só poderia ser comparado aos suplício se dos primeiros cristãos nas arenas do império romano, ainda aconteça em pleno século XXI e o pior dentro da área da igreja católica. Isso vai de encontro ao espírito grandioso da maior festa em louvor à Mãe de Jesus. A igreja possui um belíssimo trabalho social mantido com trabalho árduo dos padres, das congregações e voluntários. Será que com um pouco desse dinheiro queimado em nome da estupidez ao barulho, poluição ambiental, matança de pássaros e favorecimento ao crime com asua atrocidades praticadas aos arredores do bairro após essa tão insana queima de fogos, porque não fazem um encerramento com outra característica dentro do que a Igreja prega? Por que não consultam o Papa sobre os resultados desse festival insano e imbecis?

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