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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Círio 2014: Manto deste ano é marcado pela história do caboclo Plácido

Clássico, elegante, belo e bordado com a predominância das cores branca, azul, e roxa. Assim é o manto que irá envolver a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré durante as 12 procissões deste ano do Círio de Nazaré. A apresentação aconteceu na noite de ontem (9), na Basília Santuário, logo após a realização de missa.

Como todos os anos, milhares de fiéis lotaram a Basílica para ver, em primeira mão, esse que é um dos maiores símbolos do Círio. Logo após as luzes da igreja se apagarem os holofotes se direcionaram à imagem peregrina.

O manto deste ano, confeccionado pela estilista de 75 anos, Stela Rocha, foi inspirado no manto em que a imagem original foi encontrada pelo caboclo Plácido em 1700.

O fundo do manto é recoberto de pérolas que simbolizam o orvalho presente no manto da imagem, quando encontrada por Plácido. No centro, há raios em degrades de azul, que formam o céu onde está Maria. Contornando os raios, há um terço formando quase um relicário. No cerne, está uma coroa com 12 estrelas, recordando a imagem do Apocalipse.

No terço do manto de 2014, as “Ave-Marias” são representadas por pequenas rosas em madrepérola, tornando presente a história do Rosário. A história de nossa salvação se encontra no Santo Rosário, pois nele meditamos os mistérios de alegria, de luz, de dor e de glória de Jesus e a participação de Maria. A repetição das Ave-Marias é uma agradável e suave cantilena a nos embalar, conduzindo-nos a contemplar e meditar os momentos mais importantes do mistério da salvação. Assim como a rosa é a rainha das flores, assim também o Rosário é a rosa e o primeiro dos atos de piedade.
 
Percorrendo todo o barrado do manto estão as folhas de acanto e a flor de lis, utilizadas nas ornamentações desde os tempos antigos e medievais, numa alegoria ao triunfo e à vitória de quem soube vencer os espinhos e a vitória sobre as provações da vida e da morte. Seu simbolismo envolve também os espinhos da planta, pensando no Cristo que venceu a morte. E, concluindo todo o simbolismo do Manto, temos o broche que o fecha. Este faz uma releitura do ornato conhecido como “Glória”, envolto com suas nuvens e anjos, arrematado por uma pedra da cor do Sol, cujo o brilho nos convida a conhecer a luz de Cristo.

Detalhes dos símbolos:
Fundo do manto – Para representar o orvalho que existia no primitivo manto, quando a Virgem de Nazaré foi encontrada nas matas do Igarapé pelo caboclo Plácido. O fundo do manto foi totalmente recoberto com pérolas de água doce.
Centro do Manto - Ao Centro do Manto, na parte de trás, raios em degrades de azul nos mostram o Céu onde Maria se encontra. Contornando os raios, está um terço formando quase um relicário, no centro, junto ao terço, está uma coroa com 12 estrelas, recordando a imagem do Apocalipse: “Apareceu em seguida um sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e, na cabeça, uma coroa de doze estrelas” (Ap 12, 1).
Barrado do Manto - Por toda a barra segue a flor de lis e as folhas de acanto, juntamente com as volutas. O arremate final do manto é feito em barra recortada, onde podemos perceber as sinuosidades que nos remetem às nuvens do céu de Maria, contornados por cristais e pedras em várias ordens nos tons de rosa antigo, âmbar e azul.
Flor de Lis - um tipo de lírio, tradicionalmente simboliza o Cristianismo. Este símbolo sempre se fez presente na arte cristã, simboliza a beleza, a perfeição, o amor e o crescimento espiritual, proclama a Santíssima Trindade. No centro da flor de lis, uma pedra em cristal em tom lilás.
Folhas de acanto - Ao entrar na Basílica Santuário nos deparamos com suas colunas, que dão a sustentação da edificação, no alto seus capitéis estão repletos de folhas douradas, são as folhas de acanto, utilizadas nas ornamentações desde os tempos antigos e medievais, numa alegoria ao triunfo e à vitória de quem soube vencer as provações da vida e da morte.
Broche – “O Gloria” localizado no alto do retábulo é um dos elementos mais belos da Igreja de Nazaré. Aos pés da imagem original encontrada por Plácido, onde é possível observar a cabeça alada de um anjo e muitos outros anjos circulados por belas nuvens e, em volta deles, um belo esplendor de raios. Ao centro do broche está uma pedra da cor do sol, nos convidando a conhecer a luz de Cristo.
Terço (1/3 do Rosário) – Destacando o tema deste Ano, “Ensina o teu povo a rezar”, o terço apresenta as Ave-marias confeccionadas em rosas de madrepérola e os Pai-nossos em rosas douradas finalizadas por um crucifixo dourado. A Santíssima Virgem aprovou e confirmou esse nome Rosário. As crônicas de São Francisco narram que um jovem religioso, ao rezar o Rosário em seu quarto, recebeu a Santíssima Virgem com dois anjos. À medida que ele dizia uma Ave-Maria, uma bela rosa saía de sua boca; os anjos recolhiam as rosas, uma após outra, e as colocavam sobre a cabeça da Santíssima Virgem, que manifestava sua alegria com tais adornos. Nossa Senhora só desapareceu quando a coroa foi inteiramente recitada. O Rosário é, pois, uma grande coroa, e o Terço [a terça parte do Rosário] é um pequeno chapéu de flores ou um diadema de rosas celestes que se deposita sobre a cabeça de Jesus e de Maria. Assim como a rosa é a rainha das flores, assim também o Rosário é a rosa e o primeiro dos atos de piedade. (OrmNews)
 

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