Algo semelhante está ocorrendo contra o Partido dos Trabalhadores, a 15 dias do segundo turno das eleições presidenciais. A partir do Jornal Hoje, da Rede Globo, exibido ontem, imagens e áudios do depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, começaram a ser vazados para a imprensa. Dali, espalharam-se para blogs, sites de notícias, portais e outros noticiários televisivos. Hoje chegaram às manchetes dos principais jornais do País e, em breve, deverão estar nos programas eleitorais da oposição.
Nos processos de delação premiada, como o que envolve Paulo Roberto Costa e também o doleiro Alberto Youssef, os réus devem apresentar provas cabais do que dizem. Na realidade, deveriam dizer, apenas, o que são capazes de provar – caso contrário, a Justiça estaria estimulando eventuais ataques levianos e injustos à reputações de terceiros.
Entretanto, o que se viu ontem foi um espetáculo midiático – quase um Big Brother. Outros diretores da Petrobras foram citados, além de 13 empresas, assim como o tesoureiro do PT, João Vaccari. A acusação principal é a de que o PT recolhia 3% do valor dos contratos da Petrobras em propinas – numa esquema já apelidado pela oposição de "petrolão", para fazer um paralelo imediato com o chamado "mensalão".
De um lado, o presidente do PT, Rui Falcão, fala em "acusações caluniosas". O tesoureiro João Vaccari, assim como outros ex-diretores da Petrobras, anunciam processos judiciais contra seus delatores. O PT também alega que todas as doações eleitorais recebidas ocorreram dentro da lei.
A discussão jurídica, no entanto, pouco interessa. O que importa é o que acontecerá no dia 26 de outubro. E é possível que Paulo Roberto Costa e Alberto Yossef tenham decidido a disputa. (Brasil 247)
Não disfarça, Ércio. É o golpe...
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