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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Remo: Pleito com muita confusão


 Minowa nos braços da galera após vitória

A primeira eleição direta para a escolha do presidente do Clube do Remo, realizada no sábado, está sendo questionada e pode acabar na Justiça Comum. Representantes da Chapa 1, encabeçada pelo candidato Zeca Pirão, derrotada nas urnas, entraram ainda no sábado com pedido de impugnação de cinco das dez urnas utilizadas no pleito. A medida só foi tomada após o encerramento da apuração dos votos, que apresentou a vitória do candidato da Chapa 1, Pedro Minowa, por uma vantagem de apenas 18 votos.

“Lamento muito a decisão da chapa 1 em tentar levar a eleição no tapetão, pois eu venci o pleito democraticamente, mesmo tendo contra mim a situação e praticamente todos os cardeais (grupo formado por beneméritos e grandes beneméritos do clube). Ou seja, foi a vitória de Davi contra Golias”, disparou o candidato Minowa, argumentando que a reclamação dos adversários só foi feita depois que a contagem dos votos havia sido oficialmente encerrada.

“O que a chapa 2 quer é que as regras sejam seguidas, que haja lisura no pleito e transparência nas eleições. É isso que o associado do Remo espera e precisa neste momento de dificuldades pelo qual o nosso amado clube está passando. Mas se eles quiserem brigar na Justiça nós não vamos fugir da luta”, ressaltou Minowa, pouco antes de ser erguido nos ombros de seus companheiros de chapa para festejar, mesmo que de forma tímida, o triunfo nas urnas.

As eleições ocorreram das 8h30 às 17 horas do último sábado, no Ginásio Serra Freire, na sede social do Clube do Remo, no bairro de Nazaré. Ao todo, participaram pouco mais de 1.300 dos 9 mil sócios aptos a votar. A chapa 1, liderada pelo atual presidente, recebeu 629 votos, 18 a menos que a chapa 2, de oposição, que somou 647 votos.

No entanto, após conhecerem o resultado da apuração, os representantes da situação alegaram que cinco urnas que apresentaram diferença entre a quantidade de votos e o número de assinaturas na lista de votação deveriam ser impugnadas. Desta forma, o resultado dos outras cinco urnas seria o único válido. O que alteraria o resultado do pleito, garantindo a vitória de Zeca Pirão.

“As cinco urnas em questão foram contaminadas, pois em algumas delas havia mais votos do que os nomes das pessoas que assinaram a lista de votação. E pelo que eu sei, em nenhum lugar do mundo essas urnas seriam sequer incluídas na totalização dos votos. Por isso, nós queremos que elas sejam impugnadas”, argumentou Zeca Pirão.

Adiada – Ainda no Ginásio Serra Freira, o presidente da Comissão Eleitoral, Altemar Paes, anunciou sua decisão de manter o resultado das urnas e proclamar Pedro Minowa como novo presidente do Remo. No entanto, os outros dois integrantes da comissão, Roberto Porto e Carlos Gama, preferiram adiar suas decisões para hoje à noite.

“Por mim prevaleceria a vontade do eleitor e o Pedro Minowa seria proclamado presidente do Remo hoje (sábado) mesmo. Mas, infelizmente, fui voto vencido e os meus dois colegas de comissão preferiram deixar a decisão sobre o pedido de impugnação para a segunda-feira, quando voltaremos a nos reunir”, declarou Paes, que, curiosamente, atuou como juiz eleitoral nas eleições gerais deste ano.

As eleições e a apuração dos votos transcorreram em clima tenso, em virtude do acirramento dos ânimos dos dois grupos que disputam o poder no Clube do Remo. E esta tensão quase descamba para a violência no momento em que Zeca Pirão deixava o ginásio azulino. Um grupo de apoiadores de Minowa provocou o atual presidente, provocando a fúria dos adversários. Houve empurra-empurra e troca de insultos de parte a parte, mas a situação acabou sendo contornada e nada mais grave ocorreu.

“Recurso deve ser dentro do clube”, diz vice da chapa derrotada

Por cinco urnas possuírem mais votos do que assinaturas, a chapa de Zeca Pirão pediu à Comissão Eleitoral, composta por três membros, a impugnação das mesmas. Porém, apenas o presidente da Comissão, Altemar Paes, definiu seu voto não acatando ao pedido. Os outros dois membros vão definir seus votos apenas hoje. De acordo com o advogado Marco Antônio Pina, candidato a vice-presidente pela situação, um recurso à Justiça Comum no caso do resultado de anteontem ser mantido, sem impugnações de urnas, não é certo. “O estatuto diz que todo recurso deve ser dentro do clube. Justiça Comum somente em caso de supressão de direitos, de defesa, de questões constitucionais. Por enquanto, isso não aconteceu em momento algum”, disse Pina.

Das cinco urnas que a situação pediu a impugnação, apenas na primeira o pedido aconteceu antes da apuração. As quatro demais tiveram os votos contados antes que se detectasse que supostamente haveria mais votos do que inscritos para votar. “Estão querendo dizer que queremos melar a eleição, que não é verdade. Havia mais votos do que eleitores inscritos nessas chapas e o estatuto do clube é omisso nesse caso. Portanto, prevalece a Lei Eleitoral e ela prevê a impugnação da urna”, explicou Pina.

O atual presidente, só até hoje, mostra-se confiante que os pleitos da Chapa 1 serão deferidos. “Consultei vários juristas de Belém e de Brasília (DF) especialistas em na Lei Eleitoral e todos me disseram que ficasse tranquilo, que meu pleito tem 100% de chances de ser atendido e as urnas impugnadas”, disse Zeca Pirão. Chapa 2, vencedores da eleição de sábado- também pior enquanto -, não foram encontrados ontem pela reportagem para comentarem o caso.
PEDIDO AOS DERROTADOS
Na tarde de ontem (9), Henrique Custodio, vice-presidente eleito, divulgou uma nota em seu perfil no Facebook sobre a vitória e pedindo para Piarão voltar atrás no pedido.

"Peço ao ex presidente Pirão que é um grande Remista, que desista de recurso que só servirá para tumultuar o ambiente azulino, atrasar a montagem do plantel 2015, alimentar rixas prejudicando a união dos remistas pós eleição e finalmente, jogando o Remo numa infindável briga jurídica que só quem perderá será nosso amado Clube do Remo" (sic.), disse.
>>Veja a nota na íntegra:
Reprodução

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