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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Vale a pena ler: Febeapá e Feviatê

Por Jaguar - jornal O Dia:

Stanislaw Ponte Preta foi um dos meus gurus. Sua obra mais lembrada é o Febeapá (Festival de Besteira que Assola o País). Uma grande sacada: era só escolher as besteiras ditas, principalmente pelos políticos — eles estão aí pra isso mesmo. Fuçando no Google — colossal lixão — descobri um depoimento do Stan sobre os três volumes — de 1966 a 1968 — ilustrados por mim. Passo a palavra para ele: “Pouco depois da ‘Redentora’, cocorocas de diversas classes sociais e algumas autoridades que geralmente se dizem ‘otoridades’, sentiram a oportunidade de aparecer, já que a ‘Redentora’, entre outras coisas, incentivou a política do dedo-durismo (corruptela de dedo-duro, isto é, a arte de apontar com o dedo um colega, um vizinho, o próximo, advindo daí cada besteira que vou te contar).

Enfim, como corrupto ou subversivo, alguns apontavam dois dedos-duros para ambas as coisas, iniciando esta feia prática.” (N.A.: os tempos mudaram, hoje dedo-durismo tem status de delação premiada). Pérolas do Febeapá: “O cidadão Aírton Gomes de Araújo, natural de Brejo Santo, no Ceará, foi preso, acusado de ter ofendido um “símbolo nacional”, só porque disse que o pescoço do Marechal Castelo Branco parecia pescoço de tartaruga e logo depois desagravava o dito símbolo quando declarava que não era o pescoço de sua excelência que parecia com o da tartaruga: o da tartaruga que parecia com o de sua excelência.”

Entenderam? Eu não). E para terminar: “Quando a Censura Federal proibiu em Brasília a encenação de ‘Um Bonde Chamado Desejo’, a atriz Maria Fernanda foi procurar o deputado Ernani Sátiro para que o mesmo agisse em defesa da classe teatral. Lá pelas tantas, a atriz deu um grito de ‘Viva a Democracia!’. O senhor Ernani Sátiro na mesma hora retrucou: ‘Insulto eu não tolero!’”. Stanislaw, se fosse vivo, depois de ver as últimas novelas, talvez criasse o Feviatê (Festival de Viadagem que Assola a Televisão). Todas, sem exceção, têm representantes do movimento originalmente chamado de GLS (gays e lésbicas) e que foi agregando letras. A esta altura deve ser algo como GLBTTTQCB (gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, travestis, transexuais, queens, crossdressers e boiolas). Nem o José Mayer escapou! Só falta o Otávio Augusto. Quanto a mim, velho retrógrado, continuo hétero, na medida do possível, e enquanto não for ilegal.

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