As imagens de segurança da clínica registraram o momento em que Ediane Corrêa chegou sozinha ao consultório. De acordo com a delegada Maria Lúcia Santos, que investiga o crime, foi a primeira vez que a vítima atendeu a acusada. “Segundo a assistente da médica falou em seu depoimento, Ediane havia agendado uma avaliação de um procedimento estético. Em um determinado momento, a funcionária saiu da sala para buscar o orçamento. Quando ela voltou, Ediane já tinha trancado a porta por dentro. A moça se desesperou porque começou a ouvir os gritos da médica pedindo socorro. Ela ainda tentou entrar pelo lado, mas percebeu que outros médicos, com a ajuda dos pacientes, conseguiram arrombar a porta”.
Segundo os relatos das testemunhas, a cena que viram em seguida foi chocante. “Essa senhora forçou várias vezes a vítima a ingerir aquela substância. Esta senhora usou tanta força para obrigar a médica a tomar aquilo que deixou as marcas das mãos no recipiente. Tiraram ela de cima da vítima, mas a médica já tinha ingerido o produto. Ela passou mal e chegou a vomitar. Imediatamente os outros médicos fizeram uma lavagem estomacal, o que fez com que o produto não prejudicasse a criança e preservasse a saúde de ambas”, acrescentou a delegada.
De acordo com a polícia, a acusada planejou o crime. “Ela preparou e levou esse produto com ela. Colocou amônia dentro de um recipiente de sabão líquido. Ela também tinha um pequeno estoque (arma artesanal ou improvisada) feito de serra. Tinha também um vidro de chumbinho que ela deixou no consultório e na bolsa havia mais um vidro de amônia e outro de chumbinho. Tudo foi apreendido e levado para perícia”, ressaltou Maria Lúcia Santos.
Familiares da vítima, funcionários e médicos foram até a Divisão de Homicídios para registrar a ocorrência e prestar depoimentos. A motivação do crime ainda está sendo investigada. Ediane Corrêa está presa, à disposição da Justiça. Ela é natural de Abaetetuba, onde tem parentes, mas mora no Rio de Janeiro. (Jornal Amazônia)
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