Castro discursou longamente na Assembleia Nacional cubana e aproveitou para criticar o embargo americano. Segundo o ditador, restabelecer relações com a potência norte-americana foi um "passo importante", mas a "luta para o fim do bloqueio será longa e difícil." Ele desejou que o presidente americano, Barack Obama, "use com determinação prerrogativas executivas para mudar substancialmente o bloqueio nos assuntos que não necessitem a aprovação do Congresso". Ao final do discurso, anunciou a realização do VII Congresso do Partido Comunista (PCC), em abril de 2016. O último encontro do partido foi realizado em 2011, quando Raúl foi nomeado primeiro-secretário da organização no lugar de seu irmão, Fidel Castro.
O embargo americano sobre Cuba vigora desde 1962 e foi inscrito em lei em 1996 – a Lei Helms-Burton. Por isso, sua revogação deve passar pelo Congresso americano, controlado pela oposição republicana. Raúl Castro disse estar ciente das "duras críticas" que o presidente Obama teve que suportar por sua nova política em relação a Cuba. "Após décadas de confronto, farão todo o possível para sabotar este processo sem descartar ações provocativas. Por nossa parte será encorajada uma conduta prudente, moderada e reflexiva, mas firme", disse. Na sexta-feira, em discurso na Casa Branca, Obama disse não esperar que as relações diplomáticas com Cuba tragam um fim rápido ao embargo econômico. "Esse ainda é um regime que oprime sua população", disse Obama. Embora tenha expressado desejo de visitar Cuba, o presidente americano disse que ainda não é a hora de ir ao país – ou hospedar em Washington o colega cubano Raúl Castro. Para o presidente americano, a mudança deve dar aos EUA a oportunidade de ter maior influência sobre Cuba e reflete sua crença de que os 50 anos de isolamento não funcionaram. "Nós estaremos em condições de responder a qualquer ação que eles possam tomar da mesma forma como agimos com países ao redor do mundo quando eles fazem coisas que achamos errado." (Veja)
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