Hoje, os diáconos atuam tanto nos serviços litúrgicos, como pastorais. Eles podem exercer quase todas as funções de um padre. Batizam, celebram casamentos. Pertencem ao clero. Respondem ao bispo. Usam batina.Mas têm um trabalho fora da igreja e podem casar. E eis aqui uma das principais explicações para o aumento de vocações diaconais. "A vocação do diácono não exige uma renúncia radical, como a dos padres", diz a teóloga Jaci de Fátima Souza Candiotto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O diácono só é aceito na Igreja com a total concordância da mulher -uma autorização por escrito, de próprio punho.
A formação acadêmica dos diáconos é rigorosa, mas mais simples do que a dos padres --e, consequentemente, menos onerosa para a Igreja. O diácono deve ser formado em teologia. O padre, também em filosofia. "Os seminaristas normalmente vivem como alunos internos. Já os diáconos continuam morando com a família, exercendo sua profissão", diz o padre Antônio José de Almeida, professor de teologia da PUC do Paraná. Há diáconos das mais diversas profissões -- advogados, juízes, professores, empresários... O trabalho na Igreja é voluntário. As semelhanças nas funções entre as duas vocações ainda podem causar alguns constrangimentos. " Apesar do espaço que conquistamos nas igrejas, para muitos leigos ainda somos uma figura não totalmente conhecida" , diz o diácono Melquisedec Ferreira da Rocha, do Rio de Janeiro. "Para não provocar qualquer constrangimento, não uso o clérgima (colarinho clerical) quando estou com minha mulher."
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