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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Líder do PMDB no Senado não garante aprovação de Fachin

‘Eleição’. Eunício destaca que a votação na sabatina é secreta e a ação do líder é limitada
Líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE) dá sinais de que a ida do vice-presidente Michel Temer para a articulação política não irá resolver, por si só, a crise entre o governo e o partido. Em entrevista ao Estado, ele afirma, por exemplo, que não há como garantir a aprovação no plenário da Casa do nome do jurista Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal.
Como o sr. avalia os primeiros dias de Temer à frente da coordenação política?
O vice-presidente tem todas as condições para coordenar essa base do governo, que está completamente descoordenada. Agora, se isso vai dar certo, só o tempo vai dizer.
O PMDB vai trabalhar para que o nome de Fachin seja aprovado no Senado?
A avaliação não será exclusiva nem do PMDB, nem do líder do PMDB. Até porque a votação é secreta, o líder não tem como encaminhar a matéria.
A recusa do nome dele não seria uma dupla derrota para Dilma e para Temer? O fato é que eleição é eleição. O voto é secreto. Não tem como avaliar o que vai ser e o que não vai ser aprovado. Até porque o Senado já rejeitou nomes importantes para outros cargos. Fachin foi indicado como candidato a ministro, não como ministro. E pode ser aprovado ou reprovado. Agora, se ele não for aprovado, a presidente não vai ter condições de confirmar a indicação. É essa a regra constitucional.
Como o PMDB vai atuar diante de um eventual pedido de impeachment da presidente?
O PMDB não tem no seu DNA um sentimento de golpismo. Hoje, não há fato determinado constitucionalmente para que se peça o impeachment da presidente. Pedir, qualquer um pode pedir. Mas não conheço nenhum crime de responsabilidade imputado à presidente.
Como o PMDB avaliou a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto?
O PMDB não tem de se meter nessa questão. É uma questão jurídica de uma investigação que está em andamento.
O partido tem adotado uma pauta independente das vontades do governo no Congresso. Isso vai mudar com o novo papel de Temer?
Não se trata de uma postura circunstancial de independência. O PMDB é independente. O que eu acho é que o Congresso modulou a sua relação com o governo, o que não quer dizer que vamos ter sempre um Congresso com uma postura de insubordinação, um Congresso que quer derrubar governo, criar dificuldades.

Fala-se que o partido está dividido em três grupos. Um comandado pelo presidente do Senado, outro pelo da Câmara, e um terceiro por Temer.

Não tem essa história de três PMDB’s, quatro PMDB’s. PMDB de fulano, de beltrano. O PMDB é um só. A prova disso é que, na hora que agrediram o PMDB, nós estávamos todos juntos na mesma trincheira.
PMDB e PT serão parceiros nas eleições municipais de 2016?
Sinceramente, não sei. Sou otimista por natureza. Com o Temer na articulação política, essa relação pode ser consolidada ou destruída. A gente está fazendo uma tentativa, e há muita boa vontade, por parte do PMDB, de ajudar o governo.
E nas eleições de 2018?
A política é mais dinâmica que a vida. A política é como o amor, não tem nunca ou jamais. Tem talvez, quem sabe, provavelmente, vamos aguardar.
O PMDB pretende ter candidatura própria?
Eu vou responder repetindo o que dizia Tancredo Neves. Se eu dissesse que não, ou eu estaria mentindo ou não mereceria ter entrado na vida pública. Como quero sempre merecer o respeito dos eleitores, não vou mentir: há um sonho, há um desejo e nós vamos trabalhar para que esse partido tenha uma candidatura própria em 2018.

Com uma candidatura própria, o PMDB teria que deixar a base aliada da presidente Dilma... Sim, esse é um caminho natural. O PMDB não vai poder ficar no governo se disputar a Presidência. Vai ter que preparar uma candidatura. Mas hoje eu não sei se o adversário será do PT, não sei se será de outro partido, não sei com quem o PMDB vai estar aliado. Porque a política é muito dinâmica. É preciso ter em conta que o PMDB apoiou a reeleição de Lula, apoiou a presidente Dilma na primeira eleição, apoiou na segunda. Todo esse tempo o PMDB vem apoiando o PT. Por que, em 2018, o PT não pode apoiar o PMDB?   (Estadão)

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