Trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Belém (Samu 192) fizeram ato público, ontem de manhã, para exigir conserto de ambulâncias e ambulanchas que atendem na capital e nas ilhas, melhores condições de trabalho e salários. A categoria manteve o atendimento normal, cujo registro é de 400 chamadas por dia. A manifestação ocorreu pacificamente dentro do pátio do Samu, na travessa Castelo Branco, em Fátima. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Pará (Sintesp-PA) não descarta uma greve, caso a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) não atenda as reivindicações do grupo.
Diretor do Sintesp, o auxiliar administrativo do Samu Belém Carlos Vaz conta que são quase 2,5 milhões de pessoas atendidas na capital e em outros 11 municípios do Pará, mas faltam ambulâncias para o atendimento. Apenas sete dos 18 veículos funcionavam ontem, enquanto as duas ambulanchas estão paradas há dois meses. Ele diz que não há manutenção adequada, embora o governo federal repasse 50% dos recursos que mantém o espaço. Estado e município não garantem a contrapartida.
Ele diz que também faltam equipamentos. Ao lado de socorristas, ele mostrou à reportagem pedaços de papelão improvisados como talas de imobilização. Falta gaze, gel e uniforme aos profissionais. “Isso aí já vem de oito anos. Quando o atual prefeito assumiu, disse que ia melhorar o Samu e até agora nada”, disse o técnico de enfermagem Fábio Pavão, socorrista e coordenador do sindicato, informando que o assunto foi discutido com o prefeito Zenaldo Coutinho em audiência há um ano e três meses.
Sobre os salários, a categoria pede que o abono pecuniário, incorporado ao contracheque, seja mantido na aposentadoria. “É quase metade do salário do servidor. Tem colegas que querem se aposentar, mas ficariam com o salário muito reduzido”, lamentou Vaz. O salário inicial é em torno de R$ 2 mil, com aumentos a partir do nível de escolaridade.
A categoria quer reajuste do adicional de turno e do tíquete de alimentação, de R$ 220 para cerca de R$ 400. Até o momento, eles conseguiram com a prefeitura aumento de R$ 50, o que consideram “insuficiente”. Eles exigem também o retorno de dois servidores transferidos para o Pronto Socorro do Guamá e Unidade Municipal de Saúde do Telégrafo. “Não deixamos a população desassistida hoje (ontem). Vamos reiterar mais um pedido de conversa com a Sesma, dos tantos que já temos lá. E vamos aguardar a posição deles”, disse Vaz.
Sobre as ambulanchas, o diretor do Samu reconheceu que a população das ilhas não está sendo atendida como deveria, mas duas empresas contratadas para fazer o conserto dos veículos não cumpriram o seu dever. No entanto, ele frisa que, apesar de estarem quebradas, não houve prejuízos à comunidade “em nenhum momento”, devido à “ajuda” dos serviços do Corpo de Bombeiros e Grupamento Aéreo.
Guataçara acrescenta que modificações na estrutura física do Samu 192 estão em andamento, uma vez que os trabalhadores não têm condições “ideais” de trabalho. “Não tínhamos o conforto ideal aqui, mas estamos tentando ver se a gente consegue fazer quartos e banheiros decentes”, declarou. A expectativa dele é que a obra seja concluída em 30 dias.
Sobre a remuneração, ele disse que essa é uma “briga antiga” e que compete à Sesma avaliar os direitos da categoria. A reportagem procurou a assessoria de comunicação da secretaria para esclarecimentos sobre a ausência de insumos de trabalho, questões salariais e transferência dos servidores. Nota informou que o sindicato “irá enviar formalmente a pauta de reivindicações à Sesma nos próximos dias. Posteriormente será marcada uma reunião para discutir o assunto.” (Jornal Amazônia)
Diretor do Sintesp, o auxiliar administrativo do Samu Belém Carlos Vaz conta que são quase 2,5 milhões de pessoas atendidas na capital e em outros 11 municípios do Pará, mas faltam ambulâncias para o atendimento. Apenas sete dos 18 veículos funcionavam ontem, enquanto as duas ambulanchas estão paradas há dois meses. Ele diz que não há manutenção adequada, embora o governo federal repasse 50% dos recursos que mantém o espaço. Estado e município não garantem a contrapartida.
Ele diz que também faltam equipamentos. Ao lado de socorristas, ele mostrou à reportagem pedaços de papelão improvisados como talas de imobilização. Falta gaze, gel e uniforme aos profissionais. “Isso aí já vem de oito anos. Quando o atual prefeito assumiu, disse que ia melhorar o Samu e até agora nada”, disse o técnico de enfermagem Fábio Pavão, socorrista e coordenador do sindicato, informando que o assunto foi discutido com o prefeito Zenaldo Coutinho em audiência há um ano e três meses.
Sobre os salários, a categoria pede que o abono pecuniário, incorporado ao contracheque, seja mantido na aposentadoria. “É quase metade do salário do servidor. Tem colegas que querem se aposentar, mas ficariam com o salário muito reduzido”, lamentou Vaz. O salário inicial é em torno de R$ 2 mil, com aumentos a partir do nível de escolaridade.
A categoria quer reajuste do adicional de turno e do tíquete de alimentação, de R$ 220 para cerca de R$ 400. Até o momento, eles conseguiram com a prefeitura aumento de R$ 50, o que consideram “insuficiente”. Eles exigem também o retorno de dois servidores transferidos para o Pronto Socorro do Guamá e Unidade Municipal de Saúde do Telégrafo. “Não deixamos a população desassistida hoje (ontem). Vamos reiterar mais um pedido de conversa com a Sesma, dos tantos que já temos lá. E vamos aguardar a posição deles”, disse Vaz.
Diretor admite problemas e culpa a união
Por volta das 9h, o diretor geral do Samu 192 Belém, médico José Guataçara, conversou com os trabalhadores e reconheceu os problemas apontados pela categoria, mas destacou que busca melhorias. A respeito das ambulâncias, Guataçara diz que o Ministério da Saúde não liberou verbas para comprar novos veículos e que não compete à gestão municipal fazer a reposição. De acordo com ele, seis ambulâncias serão destinadas ao Estado, mas nenhuma à capital. “A gente não tem como comprar, adquirir, alugar nem nada. Tudo tem que vir pelo Ministério da Saúde. Estamos aguardando”, afirmou. Questionado sobre o conserto, o médico explicou que onze ambulâncias são de 2010 e deveriam ser trocadas no intervalo de três anos, o que não aconteceu. “As ambulâncias estão quebrando e vão continuar quebrando. O que a gente tem que fazer é consertar, até chegar nova frota”, disse, ao informar já solicitou troca e acréscimo de frota ao órgão federal. Sobre as ambulanchas, o diretor do Samu reconheceu que a população das ilhas não está sendo atendida como deveria, mas duas empresas contratadas para fazer o conserto dos veículos não cumpriram o seu dever. No entanto, ele frisa que, apesar de estarem quebradas, não houve prejuízos à comunidade “em nenhum momento”, devido à “ajuda” dos serviços do Corpo de Bombeiros e Grupamento Aéreo.
Guataçara acrescenta que modificações na estrutura física do Samu 192 estão em andamento, uma vez que os trabalhadores não têm condições “ideais” de trabalho. “Não tínhamos o conforto ideal aqui, mas estamos tentando ver se a gente consegue fazer quartos e banheiros decentes”, declarou. A expectativa dele é que a obra seja concluída em 30 dias.
Sobre a remuneração, ele disse que essa é uma “briga antiga” e que compete à Sesma avaliar os direitos da categoria. A reportagem procurou a assessoria de comunicação da secretaria para esclarecimentos sobre a ausência de insumos de trabalho, questões salariais e transferência dos servidores. Nota informou que o sindicato “irá enviar formalmente a pauta de reivindicações à Sesma nos próximos dias. Posteriormente será marcada uma reunião para discutir o assunto.” (Jornal Amazônia)
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