Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

terça-feira, 5 de maio de 2015

Jaraqui pode ser produzido em cativeiro a baixo custo

Um dos peixes mais populares do Amazonas, o jaraqui pode ser produzido em cativeiro e a baixo custo. A ideia do pesquisador em Ciências Pesqueiras, Simón Alexis Ramos, que durante quatro meses analisou o desenvolvimento da espécie em tanques da Estação de Psicultura de Balbina, em Presidente Figueiredo (107 km de Manaus), constatou que o pescado não só tem potencial para a psicultura comercial como para a de subsistência.

Tema de sua tese de Doutorado, defendida no mês passado, Ramos trouxe para o Brasil uma técnica que pode deixar essa produção mais simples e barata: utilizando substratos naturais para a formação de lodo ou limo que vão servir de alimentação para a espécie. “É uma alternativa principalmente para o pequeno produtor que não tem condições de manter viveiros a base de ração, que é muito cara”, destacou o pesquisador.
Simón Ramos
De acordo com Simón Ramos, a técnica é utilizada principalmente na Ásia, mas no Brasil, o método é novo e precisa ser aprimorado. Para ele, a técnica pode ser utilizada principalmente no período do defeso, quando muitas espécies ficam restritas para a pesca. “Durante a cheia, fica mais difícil pescar porque os peixes estão mais dispersos e as pessoas passam necessidade”, disse ele.

“A pesca predatório está aumentando cada vez mais e ninguém garante que daqui há 30 anos ainda vai existir o jaraqui porque ele está sendo pescado cada vez menor”, acrescentou. Atualmente, apenas as espécies como o tambaqui, matrinxã, curimatá e a pirapitinga são criadas em cativeiro no estado.

Tecnologia limpa - O pesquisador afirma que não é contra o cultivo tradicional, em que as rações são as mais utilizadas para a alimentação do pescado, como o tambaqui. Mas ele defende que esse método também é mais nocivo ao meio ambiente devido a quantidade de fertilizantes que vão parar na água, comprometendo a sua qualidade.

Já na sua proposta, além de utilizar substratos naturais, os lodos que se formam, podem desenvolver uma qualidade nutritiva ainda melhor e mais saudável para o animal. “Um substrato pode ser um galho de uma árvore, uma planta, mas ainda precisamos aprimorar os estudos para encontrar o melhor substrato que, consequentemente, vai oferecer uma alimentação mais nutritiva ao pescado”, explicou, garantindo que essa metodologia é mais limpa, ecológica e menos danosa para o meio ambiente. Embora o pesquisador acredite na rentabilidade do projeto, nenhuma pesquisa econômica foi realizada.

Produção - Segundo a Secretaria de Produção Rural (Sepror), apenas o tambaqui, a pirapintinga, o curimatá e o matrinxã são produzidas em cativeiro, no Amazonas. Os principais polos pesqueiros do estado estão localizados em Manaus, na Região Metropolitana e no sul do estado, principalmente em Canutama e Humaitá, onde a criação de peixes experimenta o crescimento da atividade e a consolidação da cadeia, segundo o chefe do departamento de Pesca e Aquicultura da Secretaria Executiva de Pesca (Sepa), Ivo Calado. (Jornal A Crítica)

Nenhum comentário:

Postar um comentário