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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Lava-Jato: PGR pede dois novos inquéritos contra Renan, Delcídio, Jader e Aníbal Gomes

Da esquerda para a direita: Renan Calheiros, Delcídio Amaral e Jader Barbalho. Fotos: Estadão
 Renan, Delcídio e Jader Barbalho
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira, 30, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de dois novos inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato. Em um deles, a Procuradoria quer investigar o senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). No segundo inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede apurações sobre Renan, Jader e sobre o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Os parlamentares devem ser investigados pelas práticas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As peças são mantidas em segredo de justiça no Tribunal e têm como fundamento duas petições ocultas. Na Lava Jato, procedimentos ocultos têm sido usados para abrigar delações premiadas ainda mantidas em sigilo na Corte.

Esta é a quinta investigação em que Renan Calheiros é alvo na Lava Jato e o quarto inquérito de Aníbal Gomes. Ambos aparecem juntos em todas as investigações, incluindo a apuração sobre formação de quadrilha, que investiga 39 pessoas. O primeiro inquérito contra Delcídio Amaral foi aberto na semana passada, quando o ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou a prisão preventiva do parlamentar por tentativa de obstruir as investigações. Até agora, só Jader Barbalho ainda não havia sido incluído em nenhuma investigação da Lava Jato.

Com os novos inquéritos, o total de apurações no STF relativas à participação de políticos no esquema de corrupção na Petrobras sobe de 33 para 35. Se os inquéritos forem abertos por Zavascki, a lista de investigados também cresce em um número, para 68 investigados, sendo 14 senadores.

Uma das delações homologadas em data próxima ao das petições que originaram as novas investigações é a do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Em delação premiada, Fernando Baiano citou os nomes de Renan, Jader, Delcídio e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, ao narrar suposto recebimento de US$ 6 milhões em propinas em contratação do navio sonda Petrobras 10.000, em 2006.

Baiano também afirmou em delação que Delcídio teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

COM A PALAVRA, O SENADOR RENAN CALHEIROS: O Presidente do Senado, Renan Calheiros, reitera que suas relações com as empresas públicas nunca ultrapassaram os limites institucionais. O Senador já prestou os esclarecimentos necessários, mas está à disposição para novas informações, se for o caso. O Senador acrescenta ainda que nunca autorizou, credenciou ou consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros.
a) Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado Federal

Fonte: Estadão

Leitorado: Salve, Professora Judith Santos!

De Vicente Malheiros da Fonsêca, comentando a postagem Professora Judith, parabéns!
"Judith e Raquel foram integrantes do famoso Coro da Catedral de Santarém, dirigido pelos irmãos Wilde (Maestro Dororó) e Wilson Fonseca (Maestro Isoca), no naipe das contraltos (a voz feminina mais grave), onde elas pontificam com extraordinária competência e talento.
Luciano Santos, clarinetista e professor, recolheu a melodia de uma música, no ano de 1928, na Vila de Alter do Chão, e entregou a meu pai. 

Wilson Fonseca aproveitou essa melodia para compor a obra musical "Feira Santarena" (sairé), que tem letra de Emir Bemerguy. A peça foi gravada pelo Coral e Orquestra Jovem "Maestro Wilson Fonseca", no CD "Sinfonia Amazônica" (2002).

Laurimar Leal também é artista muito talentoso: cantor, pintor e escultor. A pedido dele, eu e meu pai (Wilson Fonseca - Isoca) escrevemos sambas para os enredos da Escola de Samba "Ases do Samba", por ele dirigida, em diversos carnavais de Santarém, com textos poéticos de Emir Bemerguy ou de Renato Sussuarana.

Salve, Professora Judith Santos! Saúde, Paz, Amor, Música e Harmonia!"

Professora Judith, parabéns!

A aniversariante
A professora Judith Santos completa hoje (30) 100 anos de idade. Esta querida mestra ensinou gerações e gerações no ensino básico, em Santarém, sua terra natal e onde vive até hoje.
Professora Judith e sua irmã Raquel
"Judith Santos é filha do casal Lúcio Corrêa dos Santos e de Emerenciana Celestina Santos. Ele de origem judaica e ela católica. Ele muito branco que mais parecia um europeu, e ela negra de origem africana. Desse grande amor e dessa miscigenação nasceu uma família notável, principalmente nas letras e na música. O casal teve muitos filhos: Luciano, Judith, Julieta, Raquel, Acácio, Maria da Glória. Luciano foi um grande músico e várias vezes citado nos livros de Wilson Fonseca (Maestro Isoca), como clarinetista de primeira grandeza; Julieta e Raquel se dedicaram ao ensino; Acácio foi também músico e Maria da Glória, funcionária da Prefeitura Municipal. Hoje, ainda temos um descendente dessa ilustre família que orgulha muito Santarém: Laurimar Leal, o consagrado artista, pintor, escultor, escritor, compositor, um expoente da arte em nossa cidade, sobrinho da professora Judith Santos", diz o empresário Raul Loureiro. Fonte: Jornal O Impacto

Neymar é um dos três melhores jogadores do mundo em 2015

Neymar disputa Bola de Ouro com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo
Neymar é um dos três melhores jogadores do mundo e vai concorrer ao prêmio máximo em 2015. Nesta segunda-feira, a Fifa divulgou sua lista de finalistas para a Bola de Ouro e o brasileiro, pela primeira vez em sua carreira, faz parte do seleto grupo. Ele concorre contra Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Mas a classificação o torna ainda mais valioso, justamente quando clubes europeus voltam a falar na cobiça pelo jogador do Barcelona.

Vivendo seu melhor momento dentro de campo, o jogador de 23 anos tem desequilibrado jogos e ameaçado uma disputa quase pessoal entre Messi e Ronaldo, que domina o futebol espanhol desde 2010. A última vez que outro jogador foi o artilheiro do campeonato ocorreu quando Cristiano Ronaldo nem mesmo estava no Real, em 2009.

Na Bola de Ouro, o domínio da dupla também tem sido total. O argentino ganhou todas as edições do troféu entre 2009 e 2012. Já o português ficou com os troféus de 2008, 2013 e 2014. A última vez que outro jogador venceu foi em 2007, quando Kaká levou a taça. O ex-jogador do São Paulo, Milan e hoje nos EUA foi também o último brasileiro a ser considerado como o melhor do mundo.

O jejum brasileiro ocorreu depois de uma avalanche de títulos, com três de Ronaldo, duas de Ronaldinho, uma de Rivaldo e uma de Romário, além do troféu de Kaká.

PT comemora três dias (27, 28 e 29/11) sem ninguém ser preso


Graça Foster promete ficar nua se Dilma não cair

A exemplo da atriz Maitê Proença, que prometeu ficar nua se o Botafogo escapasse do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, uma outra promessa neste sentido foi feita – mas agora no âmbito na política. Agora que o impeachment voltou ao assunto, após a notícia de que “o governo parou” ao cortar uma infinidade de gastos, uma aliada de Dilma veio em seu favor. Ex-presidente da Petrobras, Graça Foster jurou ficar nua se Dilma não cair.

A notícia caiu como uma bomba sobre a oposição, que se articula ferozmente pela saída de Dilma. O que seria mais grave: Dima continuar por mais três anos ou ver Graça Foster como veio ao mundo?

Diante do impasse, os partidos que são contra Dilma estão repensando sua estratégia. Muitos acreditam, inclusive, que a promessa foi articulada pelo próprio PT, para desequilibrar a oposição. Um golpe de mestre. (Sensacionalista)

 
Hoje (30) é também...
Dia do Evangélico Imagem 4

'Já levei muita porrada', diz Elza Soares

‘Fuder’ não pode ser mais feio que desemprego, fome”
A força de Elza Soares, 85 anos, foi testada mais uma vez em julho, quando a cantora perdeu o terceiro filho. Após uma semana de internação, Gilson Soares, 59 anos, morreu por complicações de uma infecção urinária. “Mesmo que a autoestima esteja boa, ela vai para o calcanhar. Você perde o chão, fica tudo muito confuso”, conta ela que canta temas pesados como a violência doméstica e o racismo (dos quais foi vítima) no novo álbum, "A Mulher do Fim do Mundo", cujo repertório canta hoje e quarta no Teatro Oi Casa Grande.

“Você viu essa história do funcionário de um bar na Tijuca (o Garota da Tijuca), negro, que ganhou uma banana do gerente? Tinham que inventar uma vacina contra o racismo. Luto desde sempre contra o preconceito, acreditando em mim, brigando. Levei muita porrada”, conta a cantora.

Negra e vinda da pobreza, ela mal sabe de onde tirou forças para lutar contra o racismo e o machismo. Mas dá uma pista. “Todo mundo está aqui para fazer uma coisa. Meti na cabeça que vim não para deixar uma marca no mundo, mas uma mancha! Abri uma porta para entrar. Tem sempre que dizer ‘sou boa, sou maravilhosa’, bota isso na cabeça. Olha no espelho e ri para você mesmo, faz alguma coisa. Tem que ter fé, acreditar!”

Parece incrível, mas o novo álbum, o 34º de sua carreira, é o primeiro com repertório totalmente inédito e composto para ela. “Pensei em regravar clássicos meus, mas deixei para lá”, conta Elza, que pôs voz em um repertório feito por músicos paulistas, como José Miguel Wisnik, Cacá Machado, Clima e Douglas Germano. Volta falando gírias da turma do rap em ‘Firmeza?!”, de Rodrigo Campos, e literalmente sobre sexo em ‘Pra Fuder’ (Kiko Dinucci), cuja letra repete o palavrão do título várias vezes. “Mas acho que isso nem choca mais ninguém, sabe? Nem tem como. ‘Fuder’ não pode ser mais feio que desemprego, fome”, diz, rindo.

Em "Maria da Vila Matilde" (Douglas Germano), o tema é a violência contra a mulher. “Eu vou ligar prum oito zero/vou entregar teu nome (...)/aqui você não entra mais”. “É uma denúncia. Os homens têm que aprender que respeito é bom e a gente gosta. A mulher precisa ser mais amiga da mulher, ela não tem solidariedade. Elas vivem competindo”, diz Elza, que sempre teve mais amigos homens do que mulheres. “É estranho isso, né, cara? Conto nos dedos quantas amigas mulheres eu tenho. E com quase todas as mulheres isso acontece”.

Solteira, Elza tem saído pouco de casa por estar tratando da coluna. Operou a cervical e a lombar. “Tomei um tombo e não me tratei, daí senti as consequências agora. Vou fazer o show sentada”, conta Elza, que recentemente cantou com Mitch Winehouse, pai da cantora Amy Winehouse (1983-2011). “A Amy era fã minha, sabia disso? Foi um grande presente fazer esse show com ele”.

Há muitos Delcídios e Cunhas, de vários partidos, de todas as correntes ideológicas.

O enorme desafio do eleitor é identificá-los.
No jornal O Dia
Mesmo que não fosse esta a sua intenção, o jovem Bernardo Cerveró prestou enorme serviço ao país quando gravou a conversa no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Em uma hora e meia de bate-papo, um parlamentar de destaque nacional e um advogado dos mais requisitados revelam descontraidamente o quanto a rotina de alguns poderosos brasileiros pode ser parecida com a de chefões do crime organizado.Ilegalidades, intrigas, propinas, intermediários, planos de fuga, todos os ingredientes que um diretor de cinema precisa para fazer um filme de máfia estavam ali. Vale alertar, no entanto, que nada tem a ver com a política os temas tratados naquele gabinete. E essa talvez seja a nossa maior tragédia. Os políticos do Brasil desistiram de fazer política.

Não adianta personalizar: há muitos Delcídios e Cunhas, de vários partidos, de todas as correntes ideológicas. O senador que a Polícia Federal trancafiou é apenas o exemplo de tantos que se apresentam com aparência respeitável e discurso articulado, enquanto nos bastidores tratam de assuntos mais adequados a Fernandinho Beira-Mar e companhia. Não se sabe ao certo quantos são, mas a população generalizou. Para se ter uma ideia da distorção, basta pronunciar a palavra mágica perto de qualquer grupinho na feira, na fila do banco ou na praia. Pergunte o que as pessoas acham de... política. Receberá de volta, certamente, uma saraivada de xingamentos, reclamações e mensagens de decepção.

É preciso dizer: o que engravatados assim fazem com seus mandatos não é política. É crime, puro e simples. Nos melhores dicionários, a política é definida como a arte de governar ou administrar nações. O objetivo a ser alcançado é o bem comum. Nada disso passa pela cabeça desses Delcídios das esferas federal, estadual e municipal que transformam a corrupção na principal preocupação do país, como mostrou a pesquisa DataFolha. Querem apenas encher seus próprios bolsos, manter-se poderosos. Não sabemos exatamente quem são, pois falta um Bernardo Cerveró para revelá-los.

Mesmo com tanto desencanto, é preciso acreditar que nem todos os políticos são assim. Existem aqueles que lutam por suas ideias sem pensar em quanto vão ganhar com isso, sejam eles de esquerda ou de direita. O enorme desafio do eleitor é identificá-los. Para isso, é preciso acompanhar cada vez mais a atividade do Legislativo e do Executivo para, depois de muito avaliar, escolher aqueles que merecem um voto de confiança. Gente que, no lugar de crimes e tramoias, pratique a atividade que tanto faz falta ao país: política.

Curso ensina homens a fazer sexo oral em mulheres


Fotos: Kleber Mascarenhas  
Foram realizados exercícios práticos com frutas e próteses de silicone 
Acostumada a receber reclamações recorrentes de mulheres que não conseguem sentir prazer nas suas relações, a educadora sexual e jornalista Aline Castelo Branco lançou na quarta-feira (25/11), em Salvador, um curso inédito que propôs ajudar os homens a melhorar sua performance no sexo oral para satisfazer suas parceiras.

Aline trabalha com o tema sexualidade há 8 anos e se dedica a estudar o comportamento sexual de homens e mulheres no Brasil.

A pesquisadora que já realiza cursos para o público feminino desde 2013 conta que é uma oportunidade de mostrar aos homens que a sexualidade deve ser aprendida. “O objetivo é fazer com que eles entendam o corpo da mulher e o que ela deseja. Mostrar que eles não entendem tudo sobre sexo”, explica.

Em Salvador, o curso teve duração de duas horas, custou R$ 100, e os participantes receberam um kit material, que contava com lubrificante, sabonete íntimo e apostila. Os participantes responderam a um questionário onde foi avaliado como anda o desempenho deles na cama. Em seguida, Aline ensinou os principais erros cometidos pelos homens no ato do sexo oral na parceira, classificando os piores, como Lambida de Vaca (“aquele que passa a língua de cima para baixo incessantemente”), Furadeira (“aquele que fica com o rosto sacudindo”) e Sugador (“aquele que faz bico de peixe”) . Por fim, os participantes realizaram exercícios práticos com frutas e próteses de silicone.

Para o futuro, a educadora está cheia de expectativas. Além de percorrer todo o país, Aline promete disponibilizar uma versão do curso on-line com todo material e um e-book para download a partir de janeiro.

E para quem não aguenta esperar pelo curso, ela deixa algumas dicas para os homens: “Trabalhar as zonas erógenas da mulher. Não fique afoito. Homem precisa lembrar que essa é uma área sensível, que tem que ser trabalhada com delicadeza”.

Noblat prega golpe por 'conivência'

:
 Noblat e Dilma
O colunista Ricardo Noblat volta a pregar o golpe contra o governo Dilma Rousseff, dessa vez, por “conivência”. Leia:
Basta de Dilma!
A reputação de Dilma Rousseff, até aqui, se amparava em duas coisas: foi torturada durante a ditadura militar e não delatou (“coração valente”); embora seja um fracasso como administradora, nunca roubou em causa própria e nem deixou que roubassem (“a faxineira ética”).

Aí vem a Lava-Jato e carimba na testa de Dilma a acusação de que ela comanda o governo mais corrupto da História do Brasil. Mais corrupto do que os dois governos de Lula.

Estamos diante de uma injustiça com Dilma, invenção de Lula, o presidente do mensalão, apontado dentro do governo como o verdadeiro responsável pela montagem do esquema que assaltou a Petrobras?

Lula, que antes de subir a rampa do Palácio do Planalto pela primeira vez, morava de favor em apartamento de um amigo, e dois anos depois de ter descido a rampa pela última vez já era um homem rico?

Pouco importa que, sob esse aspecto, não se faça justiça a Dilma. A vida é assim e pronto.

A mais recente pesquisa do Datafolha aponta a corrupção como o maior problema do país. Desde 1996, ela jamais havia sido citada como o problema campeão das aflições dos brasileiros. O campeão sempre foi a Saúde.

De resto, Dilma não é tão inocente como parecia.

Em depoimento à Lava-Jato, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse que fora consultado por Dilma, na época ministra das Minas e Energia de Lula, sobre a indicação de Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras.

Cerveró está preso. Delcídio, também. Paulo Roberto Costa, outro ex-diretor da Petrobras, está solto. Compareceu como convidado de Dilma ao casamento da filha dela em abril de 2008.

Em breve, Cerveró começará a contar o que sabe sobre a compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma acompanhou tudo de perto. Desconfiada por natureza, cobrou explicações à farta. Para ao fim e ao cabo, ao explodir o escândalo, culpar Cerveró pelo mau negócio.

Dilma carece de competência e conhecimento para o exercício do cargo, e de prazer para governar. É uma mulher atormentada por seus demônios.

Lula imaginou pilotá-la e voltar à presidência quatro anos depois de ter saído. Dilma o impediu.

Centralizadora e autoritária, ela mantém distância de pessoas criativas e de espírito livre. Prefere cercar-se de tarefeiros à sua imagem e semelhança quando jovem.

Na luta contra a ditadura de 64, Dilma não passou de uma tarefeira. Uma aplicada e obediente tarefeira na organização política à qual pertencia. Mas nada mais do que uma tarefeira.

Seu maior feito foi suportar a tortura sem entregar ninguém. Obrigada como presidente a conceber e dar ordens, encrencou-se. E entregou a sorte do país às incertezas de uma crise econômica que destrói seis mil empregos formais por dia.

A crise política é a irmã mais nova da crise econômica. Dilma é a mãe das duas.

Admiradora de Brizola, ela viu em Lula seu passaporte para o cume do poder. Ali, não conseguira chegar usando armas. Chegou compartilhando a ideia de que era preciso manter o poder pelo máximo de tempo possível para mudar o país.

Aprendeu com Lula que, sem dinheiro fácil, o poder vira uma quimera.

Se não roubou, Dilma arrisca-se a ser condenada por conivência. Falta-lhe autoridade política para enfrentar o difícil momento que o Brasil atravessa.

Seu governo é uma nau sem destino repleta de medíocres, inclusive ela mesma.

As crises que paralisam o país só serão resolvidas em menos tempo se a tarefeira abdicar. Ela carece de greandeza para isso.

Ou então se ela for removida rigorosamente de acordo com a lei.

Acossado, Esteves não é mais banqueiro

 
Na noite de ontem, o banco BTG Pactual divulgou fato relevante em que confirma a renúncia do banqueiro André Esteves, sócio principal da instituição, dos cargos de presidente do conselho de administração e diretor-presidente; Persio Arida e John Jenkins passam a ser presidente e vice do conselho e dois sócios fundadores, Marcelo Kalim e Roberto Sallouti, dividirão a presidência; o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e transformou a prisão temporária de Esteves na Lava Jato em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
Prisão de Esteves vira preventiva. Sem prazo
:
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki converteu as prisões temporárias do diretor executivo do Banco BTG Pactual, André Esteves, e do chefe de Gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, em preventivas. Divulgada no início da noite de ontem (29), a decisão atende a pedido encaminhado ontem (28) pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

À 0h, terminaria o prazo das prisões temporárias. Com a decisão do ministro, ambos permanecerão presos por tempo indeterminado. Segundo a Assessoria de Comunicação de Zavascki, a decisão foi baseada na análise do material levantado e dos depoimentos prestados ao longo dos cinco dias de prisão de Esteves e de Ferreira.

Para o ministro, o material coletado preenche os requisitos para a conversão das prisões e mostra que a medida é necessária para garantir a efetivação da justiça. Responsável pela defesa de André Esteves, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, chegou a entrar com pedido no STF para que a prisão não fosse prorrogada.

André Esteves e Diogo Ferreira foram presos na última quarta-feira (25) durante a Operação Lava Jato. Esteves está no presídio de Bangu 1, no Rio de Janeiro. Ferreira está na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Além deles, foram presos o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o advogado Edson Ribeiro, ex-advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.


Fofura real: William e Kate divulgam novas fotos da princesa Charlotte

Longe dos holofotes desde o batizado da princesa Charlotte, em julho, o príncipe William e Kate Middleton divulgaram ontem (29) novas fotos da pequena, hoje com seis meses de vida. Os cliques foram feitos por na casa da família Anmer Hall, no condado de Norfolk, na Inglaterra. 
 

Brasileirão Série A: Última rodada definirá rebaixados e 4ª vaga da Libertadores

Pais e mães, leiam este artigo importante

Compensar seu filho com bens materiais só tende a prejudicar sua formação como adulto
Por Samy Dana - G1
Se você tem filhos pequenos, certamente já deve ter passado por algumas situações de precisar faltar à reunião escolar ou perder aquele tão esperado campeonato de judô porque estava ocupado demais com os compromissos de trabalho.

A vida atribulada muitas vezes impõe situações desagradáveis como essas e a consequência é o surgimento do sentimento de culpa. A vontade de todo pai e mãe é poder participar de todos os momentos importantes dos filhos, na ausência dessa possibilidade, vem o ímpeto em buscar a compensação.

O grande problema é que, em muitos casos, os pais buscam essa compensação em forma de bens materiais. Com a aproximação do Natal, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) fizeram um levantamento, o qual apontou que a vontade dos filhos influencia cinco a cada dez pais na hora da compra do presente de Natal.

A pesquisa mostrou ainda que cerca de 5% dos entrevistados pretendem deixar de pagar uma conta para agradar os filhos com presentes. Por mais que o dado tenha menor escala, a postura é preocupante.

Do ponto de vista comportamental, a ideia de associar compensação com bens materiais pode ser muito prejudicial para a criação das crianças. Ao substituir sua presença e a da mãe com um presente caro, a longo prazo a criança pode associar os pais somente como provedores da parte material. Na fase adulta, essa pessoa corre o risco de encarar as relações, de um modo geral, do ponto de vista material. Por exemplo, com uma postura arrogante de achar que o dinheiro tudo compra.

Existe um outro aspecto importante que deve ser considerado. Durante uma crise econômica, o orçamento precisa ser revisto de uma forma geral. Isso inclui compras mais enxutas e conscientes no período de Natal. Se o presente desejado pelo filho estiver além das possibilidades dos pais neste momento, o momento pede a substituição por algo mais barato, bem como você vem fazendo com tantos outros gastos cotidianos. Esta é a hora de mostrar ao filho que existem momentos da vida que requerem sacrifícios e que um bom Natal não se resume a ganhar o presente mais legal da loja de brinquedos.

Ainda que ele fique chateado de imediato, a lição será importante para que ele, passo a passo, aprenda que a vida exigirá essa sabedoria para enfrentar momentos de dificuldade.

Botafogo: Maitê paga promessa e tira a roupa com pintura no corpo

Maitê Proença faz pose antes do começo do programa
Ela cumpriu! Depois de meses de expectativa e muito mistério, a atriz Maitê Proença pagou sua promessa e tirou a roupa, para comemorar o acesso do Botafogo à elite do futebol brasileiro. Torcedora alvinegra, a atriz havia prometido no "Extra Ordinários" que ficaria "peladíssima" caso o time retornasse à Série A e cumpriu a palavra no programa deste domingo. Antes de tirar a roupa, para alegria Maitê deu um show de sensualidade, com um strip-tease que deixou os colegas babando.
Maitê Proença tira a roupa e mostra pintura em homenagem ao Botafogo
Integrantes do "Extra Ordinários", o escritor Xico Sá, o ator e humorista Hélio de La Peña, o jornalista Felipe Andreoli e o historiador Eduardo Bueno, o Peninha, chegaram a duvidar que Maitê realmente cumpriria a promessa, mas ela não decepcionou. O quarteto encheu a atriz de elogios e também procurou "proteger" a atriz quando finalmente tirou a roupa.

A promessa, porém, foi paga com muito suspense. Na primeira tentativa, a luz do estúdio apagou, e apenas os quatro colegas presentes puderam ver a promessa cumprida. Depois de participação por redes sociais, o público em peso pediu para a atriz repetir a performance. E Maitê não decepcionou.

Com um vestido deslumbrante, a atriz curtiu o mistério que cercou a promessa até o último minuto. Tirou a roupa aos poucos, mas foi quando deixou de lado as peças íntimas que os companheiros viram que ela não estava de brincadeira. E ainda teve um plus: Maitê ainda exibiu o corpo com uma "tatuagem" em homenagem ao clube do coração. A atriz lembrou um dos símbolos do clube, o Manequinho, durante o programa.

- Fui conversar com o Manequinho. Ele está há anos pelado pelo Botafogo, tem conhecimento de causa. Fui conversar com ele, e ele me sugeriu uma determinada coisa - brincou Maitê. O Manequinho é uma fonte de um menino, sem roupa, na entrada da sede do clube, na rua General Severiano.

Em 2016, o Glorioso volta à Série A e, como já dizia a marchinha, Maitê pode "tirar a roupa todo ano, para o Botafogo nunca mais cair". Será que ela aceita a proposta?

13º salário

Termina nesta segunda-feira (30) o prazo para que as empresas paguem aos seus funcionários o adiantamento da primeira parcela do 13º salário. A segunda parcela, por sua vez, precisa ser depositada na conta dos trabalhadores até o dia 18 de dezembro, prevê a legislação. Aqueles que pediram o adiantamento do 13º nas férias, contudo, não recebem a primeira parcela agora (pois já receberam), apenas a segunda. A primeira parte representa metade do salário que o funcionário ganha.

A primeira parcela tem como base a última remuneração do empregado. Já a segunda usa como referência o mês de dezembro.

Em caso de empregados que recebem salários variáveis, por meio de comissões ou percentagens, o 13º deve perfazer a média anual de salários. Cabe ao empregador a decisão de pagar em uma ou duas parcelas. No caso de ser apenas em uma única vez, o pagamento deve ter sido feito até esta segunda.

O Imposto de Renda e o desconto do INSS incidem sobre o 13º salário. Os descontos ocorrem sobre o valor integral do 13º salário na segunda parcela. O FGTS é devido tanto na primeira como na segunda parcela.

Prazo para pagar guia de outubro do eSocial termina nesta segunda-feira


Termina nesta segunda-feira (30) o prazo para pagamento da guia do eSocial, o Simples Doméstico, que reúne tributos como o FGTS, INSS e demais encargos do trabalhador doméstico referentes ao mês de outubro. O patrão que atrasar o pagamento está sujeito a multa 0,33% ao dia, limitada a 20%.

Este é o primeiro pagamento no novo modelo desde que começaram a valer novos direitos dos empregados domésticos em 1º de outubro. O pagamento que deve ser feito até esta segunda se refere aos dias trabalhados em outubro.

Para fazer o recolhimento, o patrão deve se cadastrar como empregador no eSocial, e em seguida registrar também os dados de seu(s) empregado(s). Após o cadastro, é possível fazer a emissão da guia única de pagamento. A guia única tem código de barras e o valor pode ser pago em qualquer agência ou canais eletrônicos disponíveis pela rede bancária.

Vale a pena ler: Coronelismo radiofônico

Editorial - Estadão
Segundo o ministro das Comunicações, André Figueiredo, “existe ainda uma nebulosidade jurídica sobre se é ou não legal pessoas que mantêm mandato eletivo serem sócias de emissoras de rádio e televisão”.

É preocupante que Figueiredo, cuja pasta é a responsável por fiscalizar a radiodifusão, tenha dúvidas a respeito do assunto. Para o ministro, o “imbróglio jurídico” não “permite uma apreciação conclusiva” sobre a situação de parlamentares que são sócios de emissoras de rádio e televisão.

Ao estabelecer as restrições decorrentes do cargo de parlamentar, o artigo 54 da Constituição define que deputados e senadores “não poderão firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público” nem “ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público”. As duas proibições matam qualquer sonho de compatibilizar a atividade parlamentar com os benefícios de uma concessão de rádio ou televisão.

No improvável caso de a mera leitura do artigo 54 não ser suficiente para dirimir toda e qualquer dúvida, pode-se recorrer também à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 530. Trata-se de um caso de falsidade ideológica, no qual o deputado federal Marçal Filho (PMDB-MS) tentou esconder sua participação em empresa de radiodifusão com o objetivo de burlar a proibição constitucional. Sem qualquer titubeio, os ministros togados reconheceram que a participação societária em emissoras de rádio e televisão é incompatível com o exercício parlamentar.

A proibição constitucional busca evitar uma situação de conflito de interesses. O Congresso Nacional é o responsável pela apreciação dos atos de outorga e de renovação de concessões e permissões de radiodifusão, e é competência da União legislar sobre a radiodifusão. Ficou célebre um caso ocorrido em 2006, quando o presidente Lula, atendendo a apelos de políticos, interrompeu a tramitação de 225 processos de renovação de outorgas de radiodifusão, que corriam o risco de ser rejeitados pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Descaradamente, utilizavam as concessões como elemento de barganha.

Há semanas, 13 organizações da sociedade civil entregaram um documento ao Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo com uma lista de 40 parlamentares – 32 deputados e 8 senadores – que, segundo a Anatel, são sócios de emissoras de rádio e televisão no País. As entidades solicitam o cancelamento das respectivas licenças.

Agora, a representação deverá ser encaminhada às unidades do MPF de cada um dos 19 Estados onde há essa situação irregular, para a adoção das medidas cabíveis. Em São Paulo, foram ajuizadas três ações civis públicas solicitando o cancelamento do serviço de radiodifusão sonora outorgado a seis emissoras que têm deputados federais em seus quadros societários.

Já é hora de fazer valer a Constituição e dar fim ao coronelismo eletrônico. A concessão de emissoras de rádio e televisão é uma questão de grande relevância para os padrões da ética política no Brasil. A dominação política feita antigamente pelos “coronéis de baraço e cutelo” foi substituída pelos “coronéis eletrônicos”, que graças a concessões de rádio e televisão mantêm o poderio político-eleitoral de suas famílias e apaniguados.

Essa situação, que atenta gravemente contra a democracia e o pluralismo político, só foi possível em razão de um sistema de concessão de radiodifusão sujeito a favores e barganhas. Trata-se de um dos mecanismos de cooptação mais eficazes para o profundo enraizamento do fisiologismo na política nacional. Para manter suas estruturas de poder, os novos coronéis montaram verdadeiros impérios de meios de comunicação.

As incompatibilidades parlamentares, no entanto, não são para inglês ver. Urge respeitá-las.

Documento diz que Eduardo Cunha recebeu R$ 45 milhões para aprovar emenda a favor do BTG

Eduardo Cunha. Foto: Reuters
Documento colhido em buscas feitas na casa do assessor do senador Delcídio Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, cita pagamento de R$ 45 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para aprovar emenda em medida provisória que beneficiaria o BTG Pactual, de André Esteves. O banqueiro, assim como Delcídio, foi preso na última quarta-feira, 25.

“Em troca de uma emenda a medida provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões de reais”, diz o texto.

Ainda segundo o escrito no documento: “Pelo BTG participaram da operação Carlos Fonseca, em conjunto com Milthon Lyra. Esse valor também possuía como destinatário outros parlamentares do PMDB. Depois que tudo deu certo, Milton Lyra fez um jantar pra festejar. No encontro tínhamos as seguintes pessoas: Eduardo Cunha, Milton Lira, Ricardo Fonseca e André Esteves”.

O texto aparece no verso de um documento que seria o roteiro de uma das reuniões em que o senador Delcídio Amaral tentou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No encontro, o senador teria dito que conversaria com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para viabilizar um habeas corpus para Cerveró e evitar um acordo de delação premiada.

O documento consta no material enviado pela PGR ao Supremo para pedir a conversão da prisão temporária de Esteves em prisão preventiva.

Procurado, o presidente da Câmara desmentiu o bilhete. “É um absurdo. Não conheço esse assessor e tem de perguntar a ele isso, não a mim. Eu desminto com veemência”, afirmou Cunha. Uma das filhas de Cunha, Camilla Dytz da Cunha, diz em redes sociais ser advogada do BTG Pactual desde janeiro de 2014.

sábado, 28 de novembro de 2015

Delcídio do Amaral: ‘A’ testemunha

Na revista Veja 
Para entender a magnitude da prisão, na semana passada, de Delcídio do Amaral, senador petista e líder do governo, é preciso até um pouco de imaginação. Pois imaginemos que nenhum empresário preso na Operação Lava-Jato tivesse até hoje quebrado o silêncio nas delações premiadas - ou que nenhum político estivesse na lista que a Procuradoria-Geral da República mandou para o Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo no cenário irreal acima, a prisão de Delcídio e a possibilidade de ele recorrer à delação premiada - uma vez que foi abandonado pelo PT, ignorado por Dilma e ofendido por Lula - terão consequências devastadoras para a estabilidade do já cambaleante regime lulopetista. Delcídio do Amaral testemunhou os momentos mais dramáticos dos escândalos do governo do ex-­presidente. Viveu e participou desses mesmos momentos no governo Dilma. Delcídio não é uma testemunha. Ele é "a" testemunha - e a melhor oportunidade oferecida à Justiça até agora de elucidar cada ação da entidade criminosa que, nas palavras do ministro Celso de Mello, decano do STF, "se instalou no coração da administração pública".

Terminada uma reunião no gabinete de Dilma Rousseff, em junho passado, Delcídio chamou-a de lado e disse a seguinte frase: "Presidente, a prisão (de Marcelo Odebrecht) também é um problema seu, porque a Odebrecht pagou no exterior pelos serviços prestados por João Santana à sua campanha". Delcídio contrariou o diagnóstico de Aloizio Mercadante, que ainda chefiava a Casa Civil, segundo quem a prisão de Marcelo Odebrecht "era problema do Lula". Ao deixar o Palácio do Planalto, Delcídio definiu Dilma a um colega de partido como "autista", espantado que ficou com o aparente desconhecimento da presidente sobre o umbilical envolvimento financeiro do PT com as empreiteiras implicadas na Lava-Jato. Na reunião, Dilma dissera aos presentes que as repercussões da operação nada mais eram do que uma campanha para "criminalizar" as empreiteiras e inviabilizar seu pacote de investimento e concessões na área de infraestrutura. "A Dilma não sabe o que é passar o chapéu porque passaram o chapéu por ela", concluiu Delcídio.

Passar o chapéu é bater na porta das empreiteiras e pedir dinheiro para campanhas políticas. Quando feitas dentro da lei, as doações não deixam manchas no chapéu. Mas, quando fruto de propinas como as obtidas nos bilionários negócios com a Petrobras, a encrenca, mesmo que seja ignorada por sua beneficiária, não vai embora facilmente. Menos de um mês após a reunião no Planalto, a Polícia Federal divulgou as explosivas anotações com que Marcelo Odebrecht incentivava seus advogados a encontrar uma maneira de fazer chegar a Dilma a informação de que as investigações sobre as contas da empreiteira na Suíça bateriam nela.

Poucos políticos tiveram mais acesso do que Delcídio aos bastidores do mensalão e do petrolão. Poucos políticos conhecem tão bem como ele as entranhas da Petrobras, onde trabalhou e fez amigos. Poucos políticos têm tanto trânsito como ele nos gabinetes mais poderosos da política e da iniciativa privada. Até ser preso, Delcídio atuava como bombeiro, tentando reduzir os focos de tensão existentes para Lula, Dilma e o PT. Na condição de encarcerado, é uma testemunha decisiva. A possibilidade de ele colaborar com os investigadores está sob avaliação de sua família.

Toffoli admite conversa com Delcídio: 'mas só sobre reforma política'

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, admitiu que teve encontros com o senador Delcídio do Amaral (PT), preso quarta (25), mas disse que as conversas tiveram como tema a reforma política.

Toffoli negou que tivesse conversado com Delcídio sobre qualquer assunto ligado ao recurso do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró no STF, ao contrário do que foi afirmado pelo senador ao filho de Cerveró, Bernardo. "Sobre esse tema [recurso de Cerveró] ele nunca conversou comigo, nunca tratou desse tema com a minha pessoa e com nenhum dos colegas. Ficamos chocados com esse tipo de declaração", disse Toffoli.

Indagado porém se teve encontros com o senador, o ministro respondeu: "Sim, fui várias vezes tratar de reforma política no Senado, na Câmara, em audiências públicas. Isso faz parte do dia a dia de um juiz. O que é importante ficar claro é que um juiz é talhado e tem as defesas da inamovibilidade [garantia de não ser transferido] e da vitaliciedade [garantia de cargo vitalício] exatamente para ser independente". - Brasil 247

Inspirada na Black Friday, Dilma diz que vai cumprir apenas metade do dobro do mandato

A presidente Dilma Rousseff disse hoje a assessores próximos algo sobre as pressões que vem sofrendo da oposição para que renuncie.

“Inspirada nos preços da Black Friday, pode divulgar que eu decidi no fim de 2015 cumprir apenas metade do dobro do meu mandato”, teria dito a presidente.

Um assessor chegou a perguntar o que isso queria dizer, uma vez que a presidente costuma se atrapalhar com as palavras. “Presidenta, a senhora tem certeza do que está falando? Não é igual aquela coisa de não ter meta e depois bater a meta e dobrar a meta?”

Dilma disse que tem certeza: “Não tem esses sites aí que dobram o preço para dar desconto de 50%? Fala para o Aécio que eu vou cumprir metade do dobro deste mandato, metade de oito anos, portanto quatro. Ele vai amar saber.”
Fonte: Sensacionalista

Selinho entre "homens" virou moda.

No final do evento ‘GQ Men of the Year’, na noite de quinta-feira, no Copacabana Pálace, Bruno Gagliasso subiu ao palco e beijou o ator João Vicente de Castro, do Porta dos Fundos, na boca.
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Ontem, na festa comemorativa ao seu aniversário (80 anos), Boni ganhou selinho de Daniel Filho.

Senador vê possível irregularidade em sorteio da Mega-Sena

O senador Alvaro Dias (PSDB) anunciou que cobrará explicações da Caixa Econômica Federal sobre uma suposta confusão ocorrida no sorteio do concurso 1764 da Mega-Sena e que tinha em jogo o maior prêmio da história.

Segundo Alvaro, a entidade informou que ninguém acertou as 6 dezenas e o prêmio estaria acumulado para o próximo sábado, fato que já tinha ocorrido por 10 vezes seguidas. No entanto, anunciou em seguida que um único apostador levou o prêmio de mais de R$ 205 milhões, um morador de Brasília (DF).

Em nota, o senador disse que "cobrará explicações formais e imediatas" da Caixa e afirmou que o "desencontro de informações alimenta especulações de irregularidades, que devem ser passadas a limpo urgentemente".

Alvaro é conhecido por tter feito diversas denúncias envolvendo manipulação de resultados, fraudes e lavagem de dinheiro envolvendo as loterias da Caixa. Ele também apresentou projeto de lei que inibe fraudes e lavagem de dinheiro com prêmios de loterias.

NOVEMBRO AZUL: CASF e Banco da Amazônia realizam evento

A CASF e o Banco da Amazônia promoveram mais um evento em prol da saúde e qualidade de vida dos empregados do Banco , associados da CASF e de seus familiares. O bom público que compareceu ao auditório "Rio Amazonas" , no prédio do Basa, foi contemplado com duas excelentes palestras proferidas pelos médicos do quadro da CASF, que também atendem no ambulatório CASF/Belém. O Dr. Marcus Queiroz, urologista, abordou os cuidados com a prevenção e as consequências do Câncer de Próstata, enquanto o Dr. Carlos Sérgio Rabelo falou sobre os cuidados na prevenção e tratamento do Diabetes. O diretor de Assistência, Fabiano de Cristo, representou a diretoria da CASF no evento.
Fonte: Francisco Sidou

Caiado defende novas eleições para o Congresso e a Presidência

Um dos principais opositores do governo no Congresso, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (DEM-GO), defendeu a realização de novas eleições para deputados, senadores e presidente da República. “Devemos colocar nossos cargos à disposição e convocar novas eleições no país”, disse o senador aos jornalistas. “Eu acho que a Casa, a Câmara, todos nós, deveríamos abrir mão de nossos mandatos e irmos novamente para uma eleição, para que a população brasileira pudesse refletir se é este o Congresso que ela deseja e se é a presidente da República também que deverá governar o país.”

O senador, que já ocupou uma cadeira na Câmara por cinco mandatos, argumenta que a credibilidade dos políticos perante a população “é próxima de zero”.

Caiado explica que passou a defender a tese de novas eleições gerais após a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), quarta-feira, e classificou o fato como “deprimente, deplorável e trágico”. O petista, que era líder do governo no Senado, teve a prisão cautelar autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Na entrevista, o senador goiano cogita até mesmo a possibilidade de realização de novas eleições para governadores e deputados estaduais. “Ou seja, antecipar uma eleição que, infelizmente, não deu certo”, conclui.

Vale a pena ler: República de bandidos

Editorial - Estadão
Ninguém melhor do que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, para expressar o sentimento de frustração que atinge em cheio os brasileiros: “Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós acreditou no mote segundo o qual a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 (o mensalão) e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora constata-se que o escárnio venceu o cinismo”. Nessa síntese está toda a trajetória dos embusteiros petistas que, desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, prometeram fazer uma revolução ética e social no Brasil e agora, pilhados em escabrosos casos de corrupção, caçoam da Justiça e do regime democrático.

O mais recente episódio dessa saga indecente, ao qual Cármen Lúcia aludia, envolveu ninguém menos que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral. Em conluio com o banqueiro André Esteves, o petista foi flagrado tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, que ameaçava contar o que sabia sobre a participação de ambos no petrolão.

As palavras de Delcídio, capturadas em áudio gravado por um filho de Cerveró, são prova indisputável da naturalidade com que políticos e empresários se entregaram a atividades criminosas no ambiente de promiscuidade favorecido pelo governo do PT. Como se tratasse de uma situação trivial – a conversa termina com Delcídio mandando um “abraço na sua mãe” –, um senador da República oferece dinheiro e uma rota de fuga para que o delator que pode comprometê-lo e a seu financiador suma do País. Os detalhes são dignos de um arranjo da Máfia e desde já integram a antologia do que de mais repugnante a política brasileira já produziu.

Delcídio garantiu a seus interlocutores que tinha condições de influenciar ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos em posições institucionais destacadas para que os objetivos da quadrilha fossem alcançados. O senador traficou influência. Mas o fato é que, hoje, as ramas corruptas que brotam do sistema implantado pelo PT se insinuam por toda a árvore institucional – com raras e honrosas exceções, entre elas o Supremo, que vem demonstrando notável independência.

Exemplo do contágio é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão sendo investigados pela Lava Jato. A nenhum dos dois ocorreu renunciar a seus cargos para que não sofressem a tentação de usar seu poder para interferir no processo, como já ficou claro no caso de Cunha. Renan, desta vez, tentou manobrar para que fosse secreta a votação do Senado que decidiria sobre a manutenção da prisão de Delcídio, na presunção de que assim os pares do petista o livrariam, criando uma blindagem para os demais senadores – a começar por ele próprio. Temerosos da opinião pública, os senadores decidiram votar às claras e manter Delcídio preso.

Enquanto isso, o PT, com rapidez inaudita, procurou desvincular-se de Delcídio, dizendo que o partido “não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”, já que o senador, segundo a direção petista, agiu apenas em favor de si próprio. Se Delcídio tivesse cometido seus crimes para abastecer os cofres do PT, seria mais um dos “guerreiros do povo brasileiro”, como os membros da cúpula do partido que foram condenados no mensalão e no petrolão.

O PT e o governo não enganam ninguém ao tentar jogar Delcídio aos leões. O senador era um dos principais quadros do partido, era líder do governo no Senado e um dos parlamentares mais próximos da presidente Dilma Rousseff e de Lula. Sua prisão expõe a putrefação da política proporcionada pelo modo petista de governar.

Também ninguém melhor do que a ministra Cármen Lúcia, que resumiu a frustração dos brasileiros de bem, para traçar o limite de desfaçatez e advertir a canalha que se adonou da coisa pública sobre as consequências de seus crimes: “O crime não vencerá a Justiça” e os “navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades” não passarão “a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção”. É um chamamento para que os brasileiros honestos não aceitem mais passivamente as imposturas dos ferrabrases que criaram as condições para que se erigisse aqui uma desavergonhada república de bandidos.

Partido da Mulher atinge marca de 20 deputados, sendo apenas duas mulheres

A presidente do PMB, Suêd Haidar 
Suêd Haidar, presidente do PMB
Dois meses depois de ter seu registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido da Mulher Brasileira (PMB), a 35ª legenda oficialmente reconhecida no País, atingiu ontem, 27, a marca de 20 parlamentares da Câmara Federal.

Apesar de ter sido criado com a intenção de “aumentar a participação das mulheres em todos os setores da sociedade”, como diz o programa partidário, a bancada da legenda tem apenas duas mulheres: Brunny (MG) e Dâmina Pereira (MG).

Nenhuma delas foi escolhida líder, cargo que foi entregue ao deputado Domingos Neto (CE). “Não podemos obrigar as mulheres a deixarem seus partidos de origem, onde seus maridos são senadores e governadores, e mudarem para o PMB”, diz a presidente da sigla, Suêd Haidar (RJ).

Ela lembra, ainda, que dos 513 parlamentares que compõem a Câmara, apenas 53 são mulheres. “O Brasil inteiro tem conhecimento que só agora as mulheres estão tendo lugar nas instituições partidárias”, diz.

Como orientação partidária, o PMB apresenta um programa vago. “Como orientação partidária, o PMB é centro-esquerda com um posicionamento de centro entre o Capitalismo e o Socialismo, mas com uma tendência maior ao socialismo. Ou seja: de esquerda. O ponto principal da orientação é exatamente buscar o melhor posicionamento de ambos os lados e trazer para o nosso partido”, diz o texto de apresentação da sigla na internet.

Foi no fim de 2008 que a comerciária carioca Suêd Haidar, de 56 anos, reuniu seus três filhos para comunicar que decidira vender as cinco lojas de alimentos que sustentavam a família para realizar um sonho: montar um partido político. Com o dinheiro, abriu um site e saiu em busca de aliados para criar o Partido da Mulher Brasileira. "Comecei pelo Maranhão e percorri quase todos os Estados brasileiros em busca de assinaturas", conta Suêd, que no final de 2014 reuniu as assinaturas exigidas pelo TSE.

Na Bahia, Lula pede à plateia que se coloque no lugar de Dilma antes de criticá-la

Ontem (27), em encontro com pequenos produtores rurais na cidade de Valente, interior da Bahia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu apoio popular à presidente Dilma Rousseff.

“Cada um de vocês tem que se transformar na Dilma. Quero que vocês imaginem a pressão que esta mulher está sofrendo, a dificuldade que ela está sofrendo. Antes de criticar, se coloquem no lugar dela”, disse Lula.

Dilma enfrenta fortes crises na economia e na política e amarga baixos índices de popularidade - inclusive entre o eleitorado fiel ao PT - desde que assumiu o segundo mandato, em janeiro.

Lula comparou o Brasil de hoje a uma criança e disse que o apoio popular é a “vitamina” que falta para ela se reerguer. “Esta criança chamada Brasil é nossa e nós temos que cuidar dela. Sou um cidadão muito otimista e tenho fé em Deus. O Brasil está precisando de vitamina e nós somos a vitamina que a Dilma precisa para dar certo”, comparou.

O ex-presidente admitiu que o País atravessa um momento ruim na economia e Dilma deu um freio nos investimentos públicos “para arrumar a casa” mas tentou transmitir otimismo à plateia prevendo uma situação melhor a partir de 2016. “Se Deus quiser até o final deste ano a casa vai estar arrumada e a gente vai voltar a ter crescimento”, disse.

Lula não citou a Operação Lava Jato e no único momento em que resvalou no assunto corrupção foi para criticar a imprensa. “Se algum de vocês fosse pego desviando uma pitomba já teria sido manchete dos jornais. Mas trabalhando não vão ser manchete. Porque este País está neste momento histórico predestinado às coisas negativas, às insinuações e não às coisas reais que acontecem neste País”, afirmou.

O ex-presidente centrou o discurso de quase 40 minutos nas qualidades e dificuldades enfrentadas pelo povo nordestino, divisões entre ricos e pobres e nas comparações entre seu governo e as administrações anteriores.

Embora tenha pedido apoio à Dilma e admitido a necessidade de um reequilíbrio fiscal, Lula voltou a defender mais investimento público como saída para a crise em vez do ajuste fiscal proposto pelo governo.

“O Guido (Mantega) falava da macroeconomia, até a Dilma falava do PAC da macroeconomia e eu falava: os meus ministros estão falando da macroeconomia mas na verdade a macroeconomia só deu certo no nosso País por causa da microeconomia que nós construímos dando crédito às pessoas mais humildes, fazendo as pessoas comprar”, disse.

Consultoria de filho de Lula foi copiada do Wikipedia, diz PF

Luís Cláudio Lula da Silva,  filho do ex-presidente Lula. Foto: Paulo Pinto/Estadão
O trabalho de consultoria que rendeu R$ 2,5 milhões a Luís Cláudio Lula da Silva (foto), filho mais novo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi baseado em “meras reproduções de conteúdo disponível na rede mundial de computadores, em especial no site do Wikipedia”, informa relatório da Polícia Federal.

Para os investigadores, a cópia de “conteúdo disponível na rede social” reforça as suspeitas de que a empresa está envolvida no suposto esquema de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos com inventivos fiscais. “Os estudos apresentados pareciam ser de rasa profundidade e complexidade, em total falta de sintonia com os milionários valores pagos”, diz o documento.

A PF já indiciou 19 pessoas supostamente envolvidas no esquema. Luís Claudio não consta da relação dos indiciados, segundo a PF, porque foi descoberto durante busca e apreensão, na última fase da Zelotes, um contrato sem o nome da LFT, empresa de Luís Cláudio que prestou a consultoria, bem similar aos que ele assinou com a Marcondes & Mautoni, que pagou os R$ 2,5 milhões. Se for confirmado outro vínculo com a empresa, o valor dos negócios da com a Marcondes pode chegar a R$ 4 milhões.

Conforme o relatório, o mesmo valor é “suscitado pelo lobista Alexandre Paes dos Santos, um dos investigados, como sendo o que tinha sido acertado como pagamento para os ‘colaboradores’ de Mauro Marcondes”, dono da Marcondes & Mautoni no lobby para viabilizar as MPs. Segundo a PF, os pagamentos para a empresa de Luís Claudio só cessaram com a deflagração da primeira fase da Zelotes.

Foi a localização desse novo contrato que levou a PF a decidir por instaurar uma nova investigação específica sobre os negócios envolvendo o filho de Lula. “Essa hipótese, bem como o real propósito desses pagamentos, não foi confirmada até o presente momento, razão pela qual será dada continuidade à investigação em outro inquérito policial em que será analisado todo o material coletado com vista à pela elucidação dos fatos apurados”, afirma a PF.

O relatório da Polícia Federal cita ainda supostas investidas dos envolvidos “junto à Presidência da República”, que teriam enviado documentos ao então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tratando dos pleitos das montadoras para a prorrogação de incentivos fiscais.

O ex-ministro Gilberto Carvalho também é citado no relatório da PF. Ele não foi indiciado, mas será investigado em nova frente. “Constatamos que as relações mantidas entre a empresa do lobista Mauro Marcondes e o Gilberto Carvalho são deveras estreitas, o que reforça o envolvimento deste nas tratativas para a edição da medida provisória para beneficiamento do setor automotivo, utilizando-se de servidor público que ocupava a “antessala” do então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, responsável direto pela edição de Medidas Provisórias.”

O relatório reitera que Marcondes “recorre ao ‘amigo’ Gilberto Carvalho para que chegue documento às mãos do então Presidente Lula, mas para isso pede que o cumprimento dessa incumbência seja “daquela forma informal” e “low profile” que só o Gilberto Carvalho consegue fazer, sem “formalidades” e no momento oportuno.”

Ainda sobre a LFT Marketing Esportivo, o relatório da PF considerou que os “vultosos” pagamentos ao filho do ex-presidente foram um “ponto fora da curva”, por se tratar de uma empresa “que nunca tinha aparecido como prestadora de serviços da empresa de lobby”, não possui nenhum funcionário cadastrado nos seus quadros e tampouco informa pagamento de salário ou recolhimento de contribuições previdenciárias de empregados.

Luís Claudio e Mauro Marcondes já foram ouvidos pela PF a respeito dos contratos. “Contudo, a nosso ver, as versões por eles apresentadas se mostraram por demais contraditórias e com conteúdo pouco aferível”, afirmam os investigadores.

O relatório da PF menciona que o fato de o “Estado” ter revelado o esquema antes da deflagração da Operação Zelotes pela PF fez com que Luís Claudio fosse até a sede da LFT retirar a documentação referente aos serviços prestados a Marcondes para levá-las ao escritório Teixeira, Martins Advogados, pertencente ao “seu padrinho Roberto Teixeira, para uma “validação” dos contratos, como se o momento mais apropriado para uma análise jurídica desses vultosos contratos que envolviam a cifra de R$ 2.500.000,00 fosse realmente após sua a celebração e, mais, após recebimentos dos valores contratados. É como se os pagamentos não fossem uma confirmação tácita do contratante de que os contratos já tinham sido “validados””.

A defesa de Luís Cláudio sustenta que seu cliente prestou serviço na área de marketing esportivo para a Marcondes & Mautoni por meio da LFT e que tais serviços foram “comprovados”.

Dilma contradiz Delcídio e diz que não indicou Cerveró

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A presidente Dilma Rousseff reagiu às declarações do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) que, em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público, disse que Nestor Cerveró foi nomeado para a área Internacional da Petrobrás por indicação dela, quando ocupava o cargo de ministra de Minas e Energia.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social, “a presidenta Dilma Rousseff nunca consultou o senador Delcidio Amaral ou qualquer outra pessoa acerca da nomeação de Nestor Cerveró, para a diretoria da Petrobras” e “no período em que exerceu a função de ministra de Minas Energia, nunca sequer foi consultada ou mesmo participou, em qualquer medida, dessa indicação.” O Planalto informa ainda que “aliás, como é público e notório, a presidenta da República não manteve relações pessoais com Nestor Cerveró, seja antes ou depois da sua designação para a diretoria da Petrobras”. 

CNJ define atendimento durante o recesso do Judiciário

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou quinta-feira (26/11) a Portaria 159, que define o atendimento processual no período de recesso do Judiciário. Os prazos processuais ficarão suspensos a partir de 20 de dezembro até 31 de janeiro, mas entre os dias 21 de dezembro a 6 de janeiro haverá plantão processual para atender apenas as demandas cujo direito corra risco de perecer durante o recesso.

De 20 de dezembro até o fim de janeiro a Secretaria Processual funcionará, nos dias úteis, das 13 às 18 horas. Nos dias 24 e 31 de dezembro o funcionamento será das 8 às 11 horas. Não haverá plantão nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro e nos fins de semana.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Delcídio sempre bem assessorado

Delcídio Amaral negociava o silêncio de Nestor Cerveró com o advogado Edson Ribeiro, preso hoje de manhã. Delcídio Amaral é defendido pelo advogado Ricardo Tosto, que foi preso em 2008 por suspeita de integrar esquema de cobrança de propina na liberação de empréstimos do BNDES.

Tosto, que rejeita a acusação, foi indicado pela Força Sindical para integrar o conselho do BNDES. Tosto é o autor da proposta original de repatriação de recursos do exterior, que foi apresentada por Delcídio. (Site O Antagonista)

Advogado de Nestor Cerveró é preso no Aeroporto do Galeão, no Rio

Edson Ribeiro (ao fundo) com o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró
O advogado Edson Ribeiro, que defende Nestor Cerveró, foi preso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (27). Ribeiro retornava dos Estados Unidos quando foi detido pelas autoridades brasileiras.

Na noite dessa quinta (26), o ministro do STF Teori Zavascki autorizou a inclusão do nome do advogado na lista da Interpol. Edson Ribeiro estava foragido desde o dia da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), acusado de tentar interferir nas investigações da Lava-Jato.

O senador, o advogado e o banqueiro André Esteves foram gravados pelo filho de Nestor, Bernardo Cerveró, em um quarto de hotel em Brasília oferecendo fuga e mesada de R$ 50 mil ao ex-diretor da Petrobras para que ele não fizesse um acordo de delação premiada.

PF teria áudios de Delcídio falando com Ministros do STF

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O colega Tales Faria, que conheci quando ainda trabalhava do Rio, no JB e na Folha, publica uma nota em sua coluna no site Fato Online. Sempre o tive na conta de bom repórter o que torna gravíssimo o que ele diz: que a Polícia Federal tem gravações de conversas entre Delcídio Amaral e ministros do Supremo Tribunal Federal:
Além da gravação da reunião de Delcídio com Bernardo Cerveró mencionando encontros com ministros do Supremo, a Polícia Federal também tem escutas telefônicas do senador, um material que permanece secreto. Nesses telefonemas, Delcídio estaria de fato conversando com os ministros do Supremo Tribunal Federal.Ironicamente, o teor dessas conversas foi obtido por escuta autorizada pelo próprio STF, que investigava Delcídio.

Se é verdade ou não, não se pode afirmar. Mas se pode afirmar que, a esta altura, ninguém mais duvida que isso possa ter acontecido.

E que, gravada, qualquer conversa, mesmo que não tenha nada de extraordinário, como um pedido de atenção maior a um processo ou um argumento ou ponderação, ainda que em tese, presta-se a colocar sob suspeita qualquer decisão de um ou mais ministros grampeados. Bastaria que um policial ou um promotor se revolvesse a vazá-la.

E, de novo, já ninguém duvida que haveria vários capazes de fazê-lo, e a prova é que a minuta da delação premiada de Nestor Cerveró foi encontrada nos escaninhos do banqueiro André Esteves.
Talvez seja esta a razão de o Supremo estar agindo da maneira que está fazendo.

O Estado policial faz várias vítimas, entre elas a independência do Judiciário, que deu, como diz o povão, “asa a cobras”.

Se fossem só seus integrantes os picados por elas, menos mal. Mas isso é veneno mortal para a democracia.

Delcídio Amaral é um rato, isto está claro. Mas parece que o “chumbinho” envenenou mais gente.
Fonte: Brasil 247

Condenado à prisão pelo STF, senador votou por manter Delcídio preso

Primeiro senador condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Ivo Cassol (PP-RO) votou pela manutenção da prisão de Delcídio do Amaral (PT-MS), primeiro integrante do Senado preso no exercício do mandato desde a redemocratização. Cassol foi um dos 59 senadores que decidiram manter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender o agora ex-líder do governo por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Cassol foi condenado em agosto de 2013 a quatro anos, oito meses e 26 dias de prisão em regime semiaberto por fraude em licitações no período em que era prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002.

Há dois anos e três meses, Cassol se mantém no Senado e em liberdade graças a recursos. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o mesmo que pediu a prisão de Delcídio, já pediu ao Supremo que determine o início do cumprimento da sentença do ex-governador de Rondônia. Ele também foi condenado a pagar multa de R$ 201.817,05.

No último dia 4, os ministros chegaram a pautar recurso de Cassol contra a condenação. Mas a discussão acabou adiada e ainda não foi retomada. Esta é, em tese, a última possibilidade de o senador tentar postergar ou impedir o início do cumprimento da sentença.

Em setembro do ano passado, o Supremo rejeitou as contestações da defesa e manteve a condenação. A estratégia dos advogados do parlamentar é diminuir a pena para menos de quatro anos, o que permitiria a Cassol cumprir a punição no regime aberto ou se acertar com a Justiça com pena alternativa, como doação de cestas básicas ou prestação de serviços à comunidade. Caso o Supremo confirme a condenação, o Senado discutirá a cassação do mandato do senador.

Campeão no Senado em pendências no Supremo, ele responde atualmente a outros nove processos. Além do recurso, é réu em duas ações penais (562 e891) por calúnia e corrupção eleitoral. O ex-governador de Rondônia é alvo de outros sete inquéritos (3158, 2828, 3513,3742, 3614, 3820 e 3961) por peculato, improbidade administrativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, crimes contra o meio ambiente, contra o sistema financeiro e contra a Lei de Licitações. Ele evita comentar sobre as acusações. “Responderei apenas na Justiça o que devo a ela”, disse o senador à reportagem em junho.

Desde 1988, mais de 500 parlamentares foram investigados no STF. Desses, apenas 16 foram condenados enquanto estavam no exercício do mandato por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verba pública. Entre eles, o único que está atrás das grades é outro rondoniense, o ex-deputado Natan Donadon (ex-PMDB), que cumpre pena de 13 anos de prisão agora em regime semiaberto.

Também cumprem pena em prisão domiciliar Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Clube do Remo já tem novo técnico

Leston Júnior, de 38 anos, é o novo comandante do Clube Azulino. O técnico já teve passagem por vários clubes brasileiros, como Guarani-MG no Campeonato Mineiro e o Madureira, na Campeonato Brasileiro da Série C. Neste ano, Leston comandou a equipe do Tupi-MG, por onde conquistou o acesso a Série B do Campeonato Brasileiro. Ele saiu do alvinegro no inicio desse mês.  (Dol)

Gato escaldado: Jader Barbalho pediu voto secreto sobre caso do colega Delcídio Amaral

O senador Jader Barbalho defendeu enfaticamente o voto secreto para decidir sobre a prisão de Delcídio
Jader Barbalho defendeu enfaticamente o voto secreto para decidir sobre a prisão de Delcídio 
Nadando contra a corrente, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) ocupou a tribuna do Senado quarta-feira (25) para defender que a votação sobre a prisão do colega Delcídio Amaral (PT-MS) fosse feita por voto secreto. A Constituição determina que cabe ao Senado validar a decisão do Supremo Tribunal Federal quando se trata de um parlamentar no exercício do mandato. Vários parlamentares defenderam publicamente o voto aberto, diante da gravidade da crise política atual.

Vale lembrar: Jader Barbalho foi preso pela Polícia Federal em 2002, quatro meses depois de ter renunciado ao mandato para escapar de uma cassação. O peemedebista era acusado de envolvimento no desvio de verbas da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O nome de Jader Barbalho também ecoa pela Operação Lava Jato. “Deus poupe o Senado de viver outros episódios como esse”, disse o senador do PMDB ao pregar o sigilo do voto.

Tô nem aí... PT nega gesto de solidariedade a Delcídio

O PT não vai prestar solidariedade ao líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), e vai reunir a Comissão Executiva Nacional para decidir que medidas adotar em relação ao senador.
Veja a íntegra da nota divulgada pelo presidente do PT:
O presidente Nacional do PT, perplexo com os fatos que ensejaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ordenar a prisão do Senador Delcídio do Amaral, tem a dizer o seguinte:

1- Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador tem qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado;

2- Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade;

3- A presidência do PT convocará, em curto espaço de tempo, reunião da Comissão Executiva Nacional para adotar medidas que a direção partidária julgar cabíveis.

Brasília, 25 de novembro de 2015.
Rui Falcão - Presidente Nacional do PT


Delcídio diz à PF que por ‘questão humanitária’ prometeu ajudar Cerveró

Senador petista, preso por suposta trama para barrar a Lava Jato, afirmou que jamais falou com ministros do Supremo; confrontado com áudio, parlamentar confirmou sua voz.
O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) afirmou à Polícia Federal ontem, 26, que disse a Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró – preso na Operação Lava Jato desde janeiro – que iria ajudar o ex-diretor da Petrobrás ‘apenas por uma questão humanitária, para confortar o familiar do réu preso’.

O senador foi confrontado com o áudio da conversa com o filho de Cerveró. “O senador deu as explicações de maneira contundente”, afirmou o advogado.

Preso na quarta-feira, 25, Delcídio está sob suspeita de envolvimento em uma trama para barrar a Lava Jato. Em conversa que Bernardo gravou, Delcídio disse que intercederia junto a ministros do Supremo Tribunal Federal para ajudar Cerveró.

Em seu depoimento, questionado sobre expressões utilizadas na conversa gravada por Bernardo no dia 4 de novembro, Delcídio afirmou. “Foram com intuito de dar uma palavra de esperança e de conforto para o familiar de um réu que está preso, mas jamais falei com qualquer ministro do STF sobre o assunto.”
“Apenas dei essa palavra de conforto vendo o desespero do filho de um dos presos. Ele (Bernardo) se apresentou a mim pedindo ajuda. Eu disse que ia ajudar e tentar interceder, mas isso foi apenas uma questão humanitária, para confortar o familiar do réu preso da Lava Jato”, declarou o senador à PF.

A PF quis saber de Delcídio sobre a participação do advogado Edson Ribeiro, defensor de Cerveró, procurado pela Interpol também por envolvimento no episódio. O senador disse que o advogado entrou em contato com ele e pediu uma reunião. “Levou junto (na reunião) o Bernardo. Eu recebi. Eu tinha uma relação próxima com Nestor Cerveró e com a família do Nestor Cerveró. Por esse motivo eu os recebi. Na conversa, Edson Ribeiro começou a relatar que tinha entrado com habeas corpus (para Cerveró), relatou o drama pessoal, o sofrimento pessoal que Nestor Cerveró está passando.Eu disse que ia tentar ajudar, mas foi uma palavra de conforto ao filho (Bernardo).”

Delcídio deverá ser ouvido novamente pela PF. Existem outras questões que os investigadores querem submeter ao senador, como por exemplo, sua ligação com o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, que ficaria responsável por uma suposta mesada de R$ 50 mil para a famíla de Cerveró, em troca do silêncio do ex-diretor da Petrobrás. Esteves também foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal.

O advogado Maurício Silva Leite, que defende o senador, declarou que Delcídio ‘foi esclarecedor’. “O depoimento do senador foi muito elucidativo e minucioso. Delcídio está à disposição para prestar novos depoimentos se for necessário.”

Maurício Silva Leite disse que ‘o senador está muito chateado’. “Aguardando sereno o desenrolar das investigações, mas muito chateado. Está muito preocupado com tudo isso que aconteceu.”

Leite foi taxativo quando indagado se o senador tentou subornar Cerveró. “Isso não ocorreu. Já está esclarecido no depoimento dele.”

O advogado disse que Delcídio não tentou obstruir a Lava Jato. “Isso foi esclarecido no depoimento.”

Maurício Silva Leite informou que quando encerrarem os depoimentos do senador na Polícia Federal a defesa deverá encaminhar pedido de revogação da prisão de Delcídio. (Estadão)

Todos estão perdendo nesta briga

Por Hélio Doyle - Brasil 247
 
Crime é crime em qualquer circunstância e seja lá quem o cometa. Corrupção é corrupção, independentemente da filiação política, religiosa ou sindical de quem roube. Esse é o entendimento das pessoas comuns que, mesmo as com maior nível de instrução formal, têm um raciocínio simples e objetivo acerca do que é certo e do que errado e de como as coisas devem funcionar. Rejeitam a complexidade do raciocínio jurídico que complica o que é simples, as dificuldades burocráticas que infernizam suas vidas, o discurso prolixo que parece estar sendo feito apenas para embromar e enrolar. As pessoas comuns, especialmente as de bem, também não gostam de privilégios para alguns e manifestações externas de poder.

Não tem nenhum sentido revestir ou encobrir um crime ou um roubo de dinheiro público pela luta política. Os que procuram fazer isso já deveriam ter entendido que, além de não levar a nada, essa não é a percepção da população. O criminoso e o corrupto têm de se submeter a todos os ritos policiais e judiciais, sejam governistas ou oposicionistas, de esquerda ou de direita, petistas ou tucanos, e assim por adiante.

As tentativas feitas no Senado para livrar o senador Delcídio do Amaral da prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal não deixaram bem os que defenderam o voto secreto e a soltura do parlamentar. Estava claro que o voto secreto estava sendo defendido para dar aos senadores uma chance de livrar Delcídio da prisão sem prestar contas aos eleitores. As alegações de respeito à Constituição e defesa da soberania do Legislativo foram meros pretextos para que os senadores protegessem o colega e se autoprotegessem de ter de encarar o mesmo destino.

Os deputados e senadores que fizeram e aprovaram a Constituição de 1988 estabeleceram, convenientemente, que só podem ser presos em flagrante. Certo, é o que está vigente, mas é claro que fizeram isso para terem um privilégio negado às pessoas comuns, pois a imunidade parlamentar deveria estar restrita à manifestação de opinião, por palavras e votos. De qualquer maneira, o Supremo Tribunal Federal entendeu que o crime continuado, com o objetivo de obstruir a ação da justiça, justifica a prisão preventiva em flagrante.

A soberania do Legislativo não se estende à extraterritorialidade ou à proteção de criminosos que se abrigam no Congresso. É absurda a existência de uma aberração denominada “polícia legislativa”, que se sente no direito de impedir o acesso de agentes da Polícia Federal aos prédios do Congresso ou a residências de parlamentares. A necessária soberania do Legislativo também nada tem a ver com impedir o cumprimento dos ritos policiais e judiciais pelos suspeitos de terem cometidos crimes, ainda que sejam “excelências” que usem os ridículos broches de parlamentar na lapela.

Não interessa se Delcídio é do PT ou se foi do PSDB. As gravações mostram que cometeu um crime. Não interessa se o banqueiro André Esteves é mais amigo de Lula e Mantega ou de Aécio e Serra. Pelo jeito, é também suspeito de crime grave.

Não tem sentido querer impedir ou desqualificar as investigações da Lava-jato ou da Zelotes, ou qualquer outra, porque a maioria dos suspeitos esteja vinculada ao PT e partidos aliados do governo. Mas têm razão os que reclamam da seletividade das investigações da Lava-jato, que parecem se limitar aos governos petistas, deixando de lado os tempos tucanos. Têm razão também os que protestam contra a marcha lentíssima em que andam os processos referentes aos mensalões tucanos e do DEM e à notória corrupção nos contratos ferroviários de São Paulo.

A chamada grande imprensa também politiza as operações contra a corrupção, ao enfatizar as vinculações governistas dos acusados e minimizar as ligações com o PSDB e seus próceres. Mas há tempo a grande imprensa tomou uma clara posição política e, em diferentes graus, não esconde isso.

A corrupção desenfreada não começou em 2002, com Lula, nem se limita à esfera federal. Houve corrupção em governos anteriores e ainda há em governos estaduais e prefeituras de partidos que fazem oposição ao governo federal. Mas é bobagem os petistas e aliados quererem reduzir a importância do que está sendo investigado e apurado como se fosse apenas luta política.

A maioria da população não aceita mais a corrupção, nem as firulas jurídicas e os discursos politizados para defender os corruptos. Não aceita também que parlamentares que, além de tudo são comandados por Renan Calheiros e Eduardo Cunha, tenham privilégios e se coloquem acima das pessoas comuns. A postura dos partidos diante das investigações, de um lado e de outro, só tem contribuído para desmoralizar cada vez mais a política e os políticos. Não é só o PT que está perdendo, e muito. São todos. Isso já poderá ser verificado nas eleições do ano que vem.