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quinta-feira, 24 de março de 2016

Collor e Dilma: Um triste fim

Por Carlos Chagas, jornalista.
De derrota em derrota, na última segunda-feira, com a decisão da ministra Rosa Weber de obstar, no Supremo Tribunal Federal, os interesses do Lula e da presidente Dilma, o impeachment vai ficando cada dia mais provável. Dos 513 deputados, imagina-se hoje que perto de 400 se pronunciarão a favor. As esperanças de Madame e de seu criador assentavam-se nos 81 senadores, ou melhor, na maioria deles. Comentários do presidente Renan Calheiros, ontem, desfaziam essa impressão. Basta um a mais, computando-se a presença dos que estiverem em plenário, para afastar a presidente do palácio do Planalto. Primeiro temporariamente. Depois, em definitivo.

A pergunta é por que se afasta uma chefe da nação eleita pelo voto direto, duas décadas depois de outro por igual processo. Não terá sido por conta de uma FIAT Elba, num caso, e agora em função de pedaladas ou da nomeação de um novo chefe da Casa Civil, em outro, mesmo em se tratando do Lula. Esses foram pecados, jamais justificando chamas eternas.

Colllor, e agora ao que parece, Dilma, estavam ou estarão condenados bem antes do julgamento. Deveu, um, e deverá, outra, seu afastamento às próprias personalidades. Assumiram como numa monarquia, esquecidos de que a República fora proclamada há mais de cem anos. Uma vez investidos no poder, julgaram-se acima do Bem e do Mal. Adotaram a postura de rei, um, e de rainha, outra, ignorando a maior das qualidades que deveriam ostentar: a humildade. Mesmo que no fundo se julgassem superiores à humanidade, precisariam disfarçar. Fernando Henrique, por exemplo, encenou essa farsa, mas saiu aplaudido.

Collor por ser jovem demais, Dilma, por formação ideológica, esqueceram de atentar para os sentimentos do povo à sua volta. Imaginaram governar um país obrigado a render-lhes não apenas homenagens, mas obediência ostensiva. A cada pronunciamento ou aparição pública, estavam quilômetros acima de suas bases, sem atentar para que a população, tendo ou não votado neles, rejeita a presunção, o orgulho e a prepotência. Especialmente da parte dos que deveriam respalda-los.

Claro que diferenças existiram e existem entre eles, mas aproximam-se de uma semelhança definitiva: um triste final.

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