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terça-feira, 19 de julho de 2016

No melhor estilo metralhadora giratória, Ciro Gomes não poupa ninguém

Por Fábio Dutra e Nataly Costa para a Revista PODER de julho
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É difícil pensar que os garotos da rua de baixo se atrevessem a arrumar confusão com algum dos irmãos Ferreira Gomes em Sobral, interior do Ceará. É que dos cinco filhos (só uma menina) do ex-prefeito da cidade José Euclides Ferreira Gomes, defensor público já falecido, três entraram para a política e nenhum deles se notabiliza pelo temperamento tranquilo. Ivo, o mais novo, e que deve ser candidato à prefeitura de Sobral este ano, já foi notícia quando respondeu com palavrões a um internauta que criticou sua gestão na Secretaria de Educação de Fortaleza. Cid, ex-governador do Ceará, causou uma saia justa para a presidente Dilma Rousseff quando, recém-empossado ministro da Educação, subiu no parlatório da Câmara para acusar o presidente da Casa, o então todo-poderoso Eduardo Cunha, de “achacador” – quando ninguém ainda tinha coragem de dizê-lo em público. Custou-lhe o cargo. E Ciro… ah, o Ciro!

Pouca gente faz tanto jus ao nome. Ciro quer dizer “aquele que tem autoridade”. Foi Ciro, o grande, imperador da Pérsia, quem conquistou a Babilônia. E Ciro, o Gomes, não costuma fugir ao enfrentamento. Ao longo de 36 anos de vida pública, seu nome virou quase sinônimo de destempero, para a alegria dos repórteres. Eles voltam à redação com pérolas como “Eduardo Cunha é um f.d.p.”, “José Serra é um traidor em si mesmo” e “Michel Temer é o vice-bandido da nação” (e Cunha, o bandido-mor, que fique claro), algo que qualquer outro tubarão mais cauteloso seria incapaz de soltar. Para PODER, cravou que “Lula decidiu brincar de Deus”. Assim, vai se consolidando como um dos últimos representantes do folclore que sempre marcou a grande política brasileira, pródiga em frasistas do porte de Leonel Brizola, Jânio Quadros e Paulo Maluf. Se bem que a língua afiada já rendeu maus frutos ao paulista – sim, Ciro nasceu em Pindamonhangaba em uma das vezes em que seu pai se mudou a trabalho. A mais famosa, de longe, foi a entrevista durante a campanha de 2002, em que afirmou que a função de sua então mulher, a atriz Patrícia Pillar, seria a de dormir com ele. Reage: “Foi uma piada infeliz, fruto da minha formação machista e pela qual me desculpei. Como não tenho escândalos, isso hipernovelizou. Por que não olham como tratei as mulheres no poder? Sou o único prefeito e governador do Brasil que teve metade do secretariado formado por mulheres. Trocar isso por uma piada de mau gosto? Terei de pagar para sempre? Pagarei. Mas nesse ponto , ponho um f…”. Vai encarar?

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