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segunda-feira, 18 de julho de 2016

O alto preço do feijão

Por Rodolfo Cerveira - Colaborador deste blog
Com a crise econômica que já perdura por meses longuíssimos e ninguém sabe quando terá fim, devido aos impasses políticos que atordoam antagonistas e parceiros, veio a instabilidade climática, prejudicando os plantios da atividade agrícola, principalmente aqueles que fazem parte da chamada cesta básica dos brasileiros, entre eles, o feijão, cujo nome científico responde por Phaseolus Vulgaris. Os agricultores alegam que o clima adverso prejudicou a safra atual, e por conta do fenômeno, o preço subiu. Escassez do produto, o gatilho dos preços disparou. O setor do governo que trata do assunto, ato continuo faz coro com os produtores pela falta da leguminosa – principal proteína na dieta dos paraenses na linha da pobreza, juntamente com o arroz - e recita a velha e surrada lei da oferta e da procura, ao mesmo tempo em que admite a importação para evitar a escalada dos preços. 
 
Em parte, procede a ladainha governista. Excesso ou reduzido período chuvoso e tempo seco prolongado afeta o desenvolvimento das culturas de subsistência, porém há meios de impedir as consequências dessas adversidades climáticas, basta que as autoridades públicas utilizem políticas agrícolas de médio e longo prazo, para resguardar a população dos efeitos maléficos desses períodos. Aqui no Brasil, desde que me entendo, costuma-se anunciar os valores monetários disponíveis para custear a próxima safra, por exemplo, o plano Agrícola e Pecuário referente ao período 2016/17 vai contar com o montante de R$-187,7 bilhões, mas não diz que vai tomar providências com respeito às ações complementares ao plantio, como seja: reparos das estradas vicinais, indispensáveis para levar a produção aos centros de triagem; transporte; armazenagem compatível; sistema de preços e estoques reguladores e assistência técnica. 
 
Um país com uma Política Agrícola de longo prazo abriga todos estes itens no seu planejamento global, os quais são revistos ano a ano, para resguardar a sua execução satisfatória. Com a nação brasileira, infelizmente, não acontece esse padrão de comportamento, todos os anos a secretaria do Ministério anuncia o valor destinado à safra Agrícola/Pecuária, e ponto final. Esta é a pífia providência para um Estado que dispõe de tecnologia avançada na área Agrícola e Pecuária, que vinha produzindo anualmente acima de 200 milhões de toneladas de grãos e cujo setor agropecuário garantiu nos anos recentes a pole position na pauta da exportação brasileira. 
 
Os números positivos da balança comercial foram sustentados pelo sucesso do meio rural. Esta é a estória do feijão carente, mas também somos dependentes do trigo americano, argentino e canadense, para o fabrico do pão nosso de cada dia, uma vergonha inominável! Não podemos prescindir das tarefas complementares citadas anteriormente, além de recursos financeiros estáveis e oportunos, para que o êxito da nossa produção rural atinja a população mais carente. O recurso dos dirigentes imprevidentes e irresponsáveis, também é apelar para a importação, que não vai resolver a questão, ao contrário, só faz torná-la permanente, estável, duradoura.

2 comentários:

  1. Artigo esclarecedor e muito sensato. Gostei!

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  2. Resolvi deixar de ser roubado. Nāo compro mais feijão. Carlos Sena

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