No "Painel" - Folha de SP
Contenção de danos O PT deflagrou operação em
diferentes frentes para, se não reverter, pelo menos amenizar a esperada
derrota de Dilma Rousseff no Senado. O partido agora fala na realização
de duas votações distintas no plenário — uma sobre a condenação em si e
outro sobre a inabilitação da petista para o serviço público — para
atenuar os efeitos da perda do mandato em sua biografia. Em outra
frente, procurou senadores considerados volúveis pedindo que se
abstenham na decisão.
Como se fosse Do ponto de vista prático, a abstenção favorece Dilma, pois a condenação só acontece se houver ao menos 54 votos favoráveis.
Só carinho Na última terça, Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP) ofereceu jantar aos “independentes”. Houve muita simpatia, mas
pouco resultado. Fernando Bezerra (PSB-PE) apareceu até de camisa
“vermelho-PT”, mas não pretende mudar o voto.
Caminho livre Para aliados do presidente do Senado,
Renan Calheiros, sua discussão com aliados de Dilma no plenário foi de
caso pensado: com isso, abre caminho para votar pelo impeachment.
Vítima Quando parava para lamentar o caso e dizer
que sempre agiu com “temperança”, Renan repetia à exaustão que responde a
dez ações na Justiça por ter definido os benefícios a que Dilma teve
direito no afastamento.
Na ponta da língua Renan, aliás, passou a noite
anterior à sessão lendo textos de Nelson Rodrigues. Daí a inspiração
para falar na burrice alheia — sobrou para o PT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário