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domingo, 21 de agosto de 2016

Semenya vence 800m com facilidade e reacende polêmica sobre sexualidade

Medalhista de prata em Londres-2012, Caster Semenya conquistou a medalha de ouro nos 800 metros nos Jogos Olímpicos do Rio. Com o tempo 1min55s28, a atleta da África do Sul ganhou com facilidade e quebrou o recorde nacional da prova. O segundo lugar ficou com Francine Niyonsaba, de Burundi, enquanto a queniana Margaret Nyairera Wambui levou o bronze, neste sábado, no Engenhão.

Na semifinal, na quinta-feira, Semenya foi a mais rápida entre as 24 atletas que foram à pista. A sul-africana se garantiu na disputa por medalha com o tempo 1min58s15. Na classificatória um dia antes, a atleta liderou a segunda das oito baterias com tranquilidade. No geral, tinha apenas a sexta melhor marca, poupando energia para vencer a prova com larga vantagem nos metros finais.

O resultado de Semenya no Rio reacende o debate sobre a sua sexualidade. De aparência masculinizada, a sul-africana é considerada intersexual, ou seja, uma pessoa com características que não se encaixam no padrão de definição de homens e mulheres. De forma natural, o corpo da atleta produz alto nível de testosterona, atributo do hiperandrogenismo.

Diante do questionamento sobre sua sexualidade desde 2009, Semenya passou por diversos testes e enfrentou uma barreira imposta pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF). A entidade alegou que as competidoras tinham vantagem sobre as adversárias e exigiu que fossem submetidas a um tratamento. O impacto disso veio nos resultados da atleta.

Semenya reencontrou a velocidade simultaneamente com o fim da exigência do tratamento hormonal para as mulheres do atletismo com hiperandrogenismo. A mudança ocorreu graças à indiana Dutee Chand. Após ser excluída da equipe por se recusar a tomar um medicamento, ela teve o recurso aceito na Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Chand alegou que a proibição era discriminatória e que a IAAF não tinha conseguido comprovar que o alto índice de testosterona melhorava a performance das mulheres. Com a vitória da indiana na Corte, a medida está suspensa até julho de 2017. Semenya e qualquer outra atleta intersexual está liberada para correr sem medicamento. Ao se aproximar do recorde mundial (1min53s28), que dura desde 1983, Semenya deverá enfrentar nova avalanche de críticas sobre a sua possível vantagem genética.

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