Editorial - Estadão
Farinha
pouca, meu pirão primeiro. O velho adágio popular resume à perfeição o
momento em que, mesmo diante da evidente necessidade de que cada
brasileiro aceite sua parte no sacrifício nacional pela recuperação da
economia, corporações de funcionários públicos acham-se no direito de
exigir que seus privilégios sejam poupados do facão. O caso em que a
Procuradoria-Geral da República considerou “inconstitucional” a proposta
que impõe um limite aos gastos públicos, porque, segundo sua exótica
interpretação, tolheria o trabalho da Justiça, dá a exata dimensão do
divórcio entre os interesses corporativos e a realidade do País.
Felizmente, para que sofismas como esse não prosperem, são cada vez mais
numerosos os estudos que mostram que os servidores do Estado,
especialmente os da elite, estão em posição muito mais vantajosa do que
aqueles que disputam um lugar no mercado de trabalho privado.
Naquele mundo bancado com dinheiro público, a chamada “elite” do funcionalismo público chega a ganhar quatro vezes o salário pago para funções correlatas na iniciativa privada, conforme indica um levantamento do economista José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, publicado há dias pelo Estado. O estudo foi feito com base no relatório Grandes Números, feito pela Receita Federal a partir de declarações de Imposto de Renda Pessoa Física de 2015, com dados de 2014.
Naquele mundo bancado com dinheiro público, a chamada “elite” do funcionalismo público chega a ganhar quatro vezes o salário pago para funções correlatas na iniciativa privada, conforme indica um levantamento do economista José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, publicado há dias pelo Estado. O estudo foi feito com base no relatório Grandes Números, feito pela Receita Federal a partir de declarações de Imposto de Renda Pessoa Física de 2015, com dados de 2014.
Mais aqui >No Estado, o céu é o limite
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