A economista Denise Gentil, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) participou ontem (28) de audiência na Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/16), na Câmara dos Deputados, em Brasília e abordou alguns pontos da proposta.
Denise propôs que o governo pense em melhorar a arrecadação tributária e a produtividade do trabalhador e não apenas em cortar gastos. Sugeriu, também, medidas como o combate à sonegação; a cobrança da dívida previdenciária; a redução do mecanismo que desvincula receitas da Seguridade Social; a revisão das desonerações; a criação de empregos formais; e um projeto de desenvolvimento que envolva ganhos de produtividade:
"A análise que corta os gastos é bem endereçada. Quem precisa das transferências de renda do governo? Obviamente que são as pessoas mais necessitadas. Quem ganha quando o governo passa a transferir menos? As pessoas que são mais favorecidas pelos demais gastos do governo, particularmente aqueles com juros. Então, uma reforma que corta gastos não é assim totalmente isenta e desinteressada. Ela vem com um objetivo de pressão social", avaliou.
A professora rebateu os argumentos de que o Brasil estaria seguindo exemplos mundiais ao fazer a reforma da Previdência. Segundo ela, o Japão reduziu a idade mínima para a aposentadoria porque chegou à conclusão de que ela estava causando pobreza entre os idosos. Denise afirmou ainda que, na América Latina, 18 países criaram aposentadorias não contributivas.
Denise na mesa da direção dos debates (segunda, da direita para a esquerda)
Arrecadação Denise propôs que o governo pense em melhorar a arrecadação tributária e a produtividade do trabalhador e não apenas em cortar gastos. Sugeriu, também, medidas como o combate à sonegação; a cobrança da dívida previdenciária; a redução do mecanismo que desvincula receitas da Seguridade Social; a revisão das desonerações; a criação de empregos formais; e um projeto de desenvolvimento que envolva ganhos de produtividade:
"A análise que corta os gastos é bem endereçada. Quem precisa das transferências de renda do governo? Obviamente que são as pessoas mais necessitadas. Quem ganha quando o governo passa a transferir menos? As pessoas que são mais favorecidas pelos demais gastos do governo, particularmente aqueles com juros. Então, uma reforma que corta gastos não é assim totalmente isenta e desinteressada. Ela vem com um objetivo de pressão social", avaliou.
A professora rebateu os argumentos de que o Brasil estaria seguindo exemplos mundiais ao fazer a reforma da Previdência. Segundo ela, o Japão reduziu a idade mínima para a aposentadoria porque chegou à conclusão de que ela estava causando pobreza entre os idosos. Denise afirmou ainda que, na América Latina, 18 países criaram aposentadorias não contributivas.
Deste blog
Denise é filha do casal Abelardo (in memoriam) e Marita Gentil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário