Na coluna "Painel" - Folha de São Paulo
Rebobine, por favor O Planalto decidiu enviar a
peritos a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, da JBS, com o
presidente Michel Temer. Auxiliares do peemedebista desconfiam que a
conversa foi editada. Comprovada a existência de montagem nos áudios, o
governo vai reforçar a tese de que Temer foi vítima de uma
“conspiração”, como ele próprio disse a aliados inicialmente. O grampo
foi feito por Joesley antes de ele e executivos de seu grupo fecharem
acordo de delação com a Lava Jato.
Pode Arnaldo? Palacianos vão, ainda, reforçar o
discurso de que o grampo foi ilegal, feito sem autorização da Justiça. E
questionarão a decisão a Procuradoria-Geral da República de validá-lo.
Ouvidos… Por volta das 18h desta quinta-feira (18),
ministros e aliados de Temer se reuniram aos cantos, em pequenos grupos,
na antessala do gabinete presidencial, para ouvir em celulares e
notebooks o grampo de sua conversa com Joesley.
… moucos? Nomes do PSDB minimizaram o conteúdo da
gravação diante da plateia governista. Decidiriam porém, a sós, à noite,
o rumo do partido. Se houver desembarque, será conjunto. E terá efeito
cascata.
Plano B Ala do tucanato defende o nome do senador
Tasso Jereissati (CE) para suceder Temer na Presidência, caso ele deixe o
Planalto e haja eleição indireta.
Vai que cola A tese tem simpatia em nomes da
oposição, especialmente pela projeção de que, com a jurisprudência que o
STF tem hoje, só pessoas com filiação partidária e
desincompatibilizadas de cargos públicos poderiam disputar. Rodrigo Maia
(DEM-RJ) também é opção.
Lado certo Provocado com pergunta se também estava
discutindo o desembarque do governo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
não titubeou: “Nunca entrei”.
O cara Protagonista do calvário de Dilma Rousseff, e
agora da penúria de Michel Temer, Eduardo Cunha mandou recado os
advogados. Disse que não quer delatar.
Aí não dá Auxiliares de Temer ficaram irritados com o
fato de os donos da JBS terem divulgado um pedido de desculpas. Entre
palavrões, afirmaram que é fácil “fazer essa confusão toda” e “mudar com
a família com para NY”.
Pegadinha O discurso de que o ex-presidente Lula não
estaria disposto a entrar em uma eleição direta agora, caso o governo
Temer caia, é um despiste endereçado especialmente ao PIB e à Lava Jato.
Nem Lula nem o PT descartam a candidatura.
Chapa quente Enquanto milita pela eleição direta, a
Rede atua para filiar, o quanto antes, os ministros do STF Carlos Ayres
Britto e Joaquim Barbosa, hoje fora da corte. A sigla sonha lançar
Marina Silva candidata ao Planalto com um dos dois na vice.
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