Editorial - Estadão
Nada de novo apresentou o senhor Joesley Batista em sua rumorosa
entrevista à revista Época, na qual o dono da JBS se disse vítima de
políticos corruptos. A mesma estratégia foi tentada por outros
empresários implicados nos sucessivos escândalos que, desde a infausta
era lulopetista, infortunam o Brasil. Digno de nota, contudo, foi o
esforço do senhor Joesley Batista para livrar o ex-presidente Lula da
Silva de qualquer responsabilidade direta pelo surto de corrupção. O
empresário, cuja trajetória de sucesso está ligada a generosos
benefícios estatais obtidos durante os governos petistas, limitou-se a
atribuir a Lula e ao PT, genericamente, a “institucionalização da
corrupção” no País, mas assegurou, pasme o leitor, que nunca teve alguma
“conversa não republicana” com o chefão petista, a quem, segundo deu a
entender, mal conhecia. Em compensação, o presidente Michel Temer, este
sim, é o chefe “da maior e mais perigosa organização criminosa deste
país”.
Manda o bom senso que se procure compreender o contexto em que os acontecimentos se dão, antes de lhes atribuir ares de fato verídico. No caso de Joesley Batista, desde sempre está claro que a palavra deste senhor deve ser recebida com muitas reservas, pois não são poucos os interesses em jogo – os dele próprio e os daqueles que o patrocinaram durante os governos petistas.
Manda o bom senso que se procure compreender o contexto em que os acontecimentos se dão, antes de lhes atribuir ares de fato verídico. No caso de Joesley Batista, desde sempre está claro que a palavra deste senhor deve ser recebida com muitas reservas, pois não são poucos os interesses em jogo – os dele próprio e os daqueles que o patrocinaram durante os governos petistas.
Mais aqui >O que o sr. Joesley não disse
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