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terça-feira, 18 de julho de 2017

Conselho Regional aprova vacinas em farmácias

 
O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Pará, Daniel Jackson Pinheiro Costa, afirma que é desnecessária para a população a polêmica criada em volta da regulamentação de as farmácias oferecerem serviços de vacinação no País. Atualmente, além da rede pública de saúde, somente as clínicas de vacinação particulares podem oferecer o serviço. Contudo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está elaborando regulamentação que trata sobre os requisitos mínimos para as farmácias aplicarem a vacina. A norma já passou por consulta pública. Segundo Daniel Costa, com a entrada das farmácias na rede de imunização, o brasileiro vai dispor de mais unidades de serviços de vacinação e por menor preço.

Daniel Costa assegura que a regulamentação da Anvisa para as farmácias só trará ganhos à sociedade em geral. “A vacina é um medicamento e ninguém entende mais de medicamentos do que o farmacêutico, então, nós não vemos o porquê dessa polêmica. Ela é desnecessária. As farmácias estão preparadas do ponto de vista técnico, legal e agora só falta a questão sanitária para que a gente tenha essa regulamentação’’.

‘’Eu falo em nome do Conselho Regional de Farmácia que isso até está demorando até demais, pois é um clamor da sociedade no sentido de se ter um campo maior de serviço. Existem cerca de 70 mil a 75 mil farmácias no Brasil e são somente 750 clínicas de imunização, se 10% das farmácias brasileiras oferecem o serviço, nós já vamos ampliar em mais de 10 vezes a possibilidade de acesso à população aos programas de imunização’’, argumenta o titular do CRF Pará.

Daniel não aceita o argumento de que as farmácias não estão preparadas para oferecer o serviço de imunização. As farmácias são estabelecimentos de saúde, regulamentados e fiscalizados em todo o Brasil e existem regras para a aplicação de injetáveis, diz Daniel, adiantando que haverá também regras para as vacinas e as farmácias estão preparadas para cumpri-las com rigor.

Sobre a necessidade de uma avaliação imunológica e alergológica do paciente, antes da vacinação em si, o que segundo alguns médicos é uma competência exclusiva de um profissional médico, Daniel Costa afirmou que o farmacêutico tem um papel específico no processo de vacinação. “Eu garanto a presença de farmacêuticos nas farmácias, e tenho dados inclusive da fiscalização oficial sobre isso. Eu gostaria de ter esses dados por parte dos órgãos de medicina. Farmacêutico não faz diagnóstico, ele tem de fazer a anamnésia (ato de relembrar os antecedentes do paciente) do ponto de vista da aplicação dentro de um protocolo, que aí, sim, os governos municipal, estadual e federal farão as adequações porque isso é inevitável. Esse protocolo para a adesão dos pacientes aos processo vacinal sem dúvida alguma será instalado. Então essa questão de dizer que é preciso fazer uma análise, é tentar colocar barreiras onde elas não existem, porque se nós fizermos uma inspeção agora em dez clínicas de imunização, será que nós vamos encontrar médicos em todas? E nos postos de saúde?’’, questiona.

PREÇOS
Além disso, ele alega que se as farmácias dispuserem do serviço de vacinação, os preços da imunização vai cair no Brasil. Daniel disse que o Conselho tem dados que revelam que o valor médio de uma vacina encontrado nas clínicas de imunização é 300% acima do que está sendo aplicado pela própria agência reguladora. “A gente entende que a democratização, a amplitude do serviço e a concorrência vai permitir um preço mais acessível à população. Eu até já vi alguns comentários de que as farmácias terão de ter uma câmara fria, isso não é problema algum. O custo de um câmara fria é muito baixo, perto do que a farmácia pode investir para ter mais clientes’’, argumentou o presidente.

Para o médico Newton Bellesi, a medida, no entanto, precisa ser vista com cautela. “O paciente deve estar no foco principal, não o estabelecimento. Vacinação é muito segura, mas não completamente desprovida de riscos. Existem certos riscos, e alguns são fatais, caso não tenha médico no momento para atender o paciente. O atendimento, em casos de reações adversas, é atribuição do médico. No caso, teria que modificar as leis para que o farmacêutico pudesse atender. O farmacêutico, geralmente, não é preparado para atender este tipo de coisa. Ele é preparado para atender o receituário, para preparar remédios, organizar a farmácia, não para este tipo de atividade”, explica. (Ormnews)

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