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domingo, 2 de julho de 2017

Minha sobrinha Lais, linda, meiga, talentosa e vencedora

Na revista da Leal Moreira, sobre Laís Bemerguy, Relações Públicas da marca de cosméticos mais queridinha do mundo, a M.A.C. Ela é minha querida sobrinha, filha do jornalista e blogueiro Paulo Bemerguy e da sua Conceição.
 
 
 
Quem encontra Laís Bemerguy percebe, de imediato, um brilho diferente no olhar. Além da vivacidade natural, existem diferentes nuances de sombras coloridas, que pintam, como em uma obra de arte, os traços amazônicos misturados às suas raízes marroquinas, advindas de judeus que aportaram no Baixo Amazonas. Literalmente, a paixão de Laís pela maquiagem está na cara. Foi esse sentimento que a impulsionou numa brilhante carreira. A expectativa? Trabalhar com o mercado de moda e beleza. A realidade acabou superando o desejo inicial: é ela quem comanda as relações públicas, no Brasil, de uma das maiores empresas de cosméticos do mundo.

O mau desempenho de Laís nos esportes do colégio eram justificáveis. Foi na dança que o seu corpo passou a se movimentar com precisão. Do genitor, ela herdou um gosto musical refinado para a pouca idade. Muito antes de La La Land estourar em Hollywood, Laís já tinha como passatempo dançar ballet, ouvir música clássica e assistir a musicais. Perdeu as contas de quantas vezes foi à extinta locadora Rock Vídeo, em Belém, para se encher de fitas cacetes com essas classificações. Desde esses tempos, usava a maquiagem para estampar o rosto colorido e, com um leque às mãos, passava as tardes livres interpretando Quitéria, personagem de Dom Quixote. “A Quitéria foi tão importante na minha vida, que uma das minhas tatuagens é um leque. Para mim, significa uma verdadeira expressão de autoconfiança”, relata.

A dança foi a porta de entrada de Laís para o mundo das artes. Porém, logo vários segmentos artísticos começaram a lhe interessar. “Fui me apaixonando por filmes, músicas, artes cênicas, pinturas, design, arquitetura, moda. Sou uma típica libriana, a arte de alguma forma me move”, afirma. Antes de prestar vestibular, tinha certeza de que trabalharia com cinema.

Porém, mudou de ambição. Escolheu a faculdade de Relações Públicas, completada na capital paraense. Após a formatura, Laís se mudou para São Paulo. “Depois de um tempo de experiência, eu foquei no mercado de moda e beleza. Fiz uma pesquisa sobre as agências que atendiam as marcas destes segmentos no Brasil e uma em particular me atraiu. Entrei em contato com a diretora, Renata Grabert, que me contratou e foi minha chefe por cinco anos. Foi lá que conheci com mais propriedade como funciona a comunicação para marcas de prestígio. Lá, eu coordenava um grupo de contas, entre elas, a M.A.C. Foi quando a marca precisou de um gerente de Relações Públicas. A vaga abriu em 2011 e a diretoria me convidou para participar da seleção, pois já conhecia meu trabalho”, explica.

Foi então que o sonho de criança se uniu ao trabalho. “Acabo, com a maquiagem, me envolvendo novamente com o mundo não só da moda, mas dos musicais, das óperas e de outros grandes espetáculos, como o Cirque du Soleil. Participo desses eventos com o know how em maquiagem, disponibilizando equipes de profissionais e produtos”, ressalta. Hoje, ela costuma frequentar os maiores desfiles do mundo e chega a acompanhar, ao longo de um ano, dezenas de backstages.

O que poucos sabem é que existe uma correria sobrenatural por trás do glamour das passarelas. “Acompanho nos backstages as modelos sendo produzidas. Antes eu pensava que elas poderiam se arrumar, em, no mínino, meia hora. Mas vejo aquelas maquiagens superartísticas, com delineadores em forma de escada, sendo feitas em cinco minutos.

Teve uma vez que todas as modelos saíram de um desfile com os corpos pintados de vermelho e, em dez minutos, estavam todas desfilando novamente, com uma maquiagem nude. Normalmente as superproduções são feitas em tempo recorde. Afinal, de um desfile para o outro, as modelos têm poucos minutos para se produzir. Já cansei de ver três maquiadores e mais três cabeleireiros em cada modelo. O engraçado é que sempre dá certo”, explica.

A responsabilidade também é grande. Mesmo com a crise, o Brasil continua sendo o terceiro mercado global em beleza, atrás da China e dos Estados Unidos. São aproximadamente 43,5 bilhões de reais movimentados por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Laís, com pouco mais de 30 anos, está na linha de frente da comunicação da M.A.C. A equipe liderada por ela se relaciona diretamente com maquiadores, emissoras de TV, rádios, celebridades e artistas em geral, a exemplo de cantores de sucesso, como a Rihanna, que chegou a conhecer pessoalmente, durante uma ação. “O marketing da empresa é essencialmente baseado em relações públicas. É um trabalho muito forte e direto com o mundo da moda e das artes”, afirma.Na bagagem, além de base, blush e rímel, Laís carrega consigo o jeito paraense, que, segundo ela, a ajuda a galgar a tão desafiadora profissão. “Acho que nós, do Pará, somos um povo extremamente aberto socialmente, carregamos conosco a hospitalidade. Nós temos facilidade para abrir a nossa casa. Isso é fundamental no trabalho de um RP. Me relacionar com as pessoas é algo que flui naturalmente, sem parecer que é, de fato, um trabalho”, ressalta. Quando bate a saudade, deixa um pouco os clássicos instrumentais de lado. E coloca o bom e velho brega na vitrola. “Quando eu escuto brega, consigo sentir o cheiro e o gosto de Belém”, conclui.
 

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