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sábado, 28 de abril de 2018

Ataque a tiros em acampamento pró-Lula em Curitiba deixa dois feridos, diz PT

Duas pessoas ficaram feridas após um ataque a tiros contra o acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, na madrugada deste sábado (28).

Um dos feridos é Jeferson Lima de Menezes, 38, que levou um tiro no pescoço e está internado no Hospital do Trabalhador. Ele faz parte do sindicato dos motoboys do ABC paulista e atuava como segurança do acampamento no momento do ataque.

Os disparos acertaram também um banheiro químico, provocando estilhaços que feriram sem gravidade uma mulher no ombro. Ela foi atendida no hospital e liberada.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, as primeiras informações são de que uma pessoa a pé efetuou os disparos. No local, foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Os acampados dizem que o ataque ocorreu por volta de 4h da madrugada. Em protesto nesta manhã, os militantes fecharam a av. Mascarenha de Morais, no bairro Santa Cândida, mas a via já foi liberada.

Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Ainda segundo a secretaria, peritos da Polícia Científica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local.

Em reunião entre o presidente do PT do Paraná, Dr. Rosinha, e o diretor-geral da secretaria, o delegado responsável pelo DHPP e o delegado-geral da Polícia Civil, ficou acertado que o policiamento no acampamento será permanente.

Também foi acordado que a investigação sobre o caso será a mais rápida possível e que haverá segurança reforçada para o ato de Primeiro de Maio.

Nesta tarde, policiais começaram a ouvir testemunhas do ataque. Segundo Dr. Rosinha, a polícia irá analisar câmeras de segurança do entorno do acampamento e investigará carros que ameaçam o local.

“Tem carros que são os mesmos que passam e a mesma agressividade. É repetitivo. Dois, três dias seguidos, o mesmo carro”, disse.

Ele afirmou ainda que não há a possibilidade de mudar o acampamento ou desfazê-lo. “A possibilidade de acabar o acampamento é a liberdade do Lula. Lula livre, acaba o acampamento e a vigília.”

Segundo Regina Cruz, presidente da CUT no Paraná e coordenadora do acampamento, a segurança também será reforçada com câmeras.

REPÚDIO
Por meio de nota, integrantes da Vigília Lula Livre, que integra o acampamento em Curitiba, repudiaram o ataque e afirmaram que não serão intimidados.

“A sorte de não ter havido vítimas fatais não diminui o fato da tentativa de homicídio, motivada pelo ódio e provocação de quem não aceita que a vigília é pacífica, alcança três semanas e vai receber um Primeiro de Maio com presença massiva em Curitiba”, diz o texto.

A nota lembrou ainda um ataque com barras de ferro contra militantes do acampamento e pediu policiamento.

“No fundo, é uma crônica anunciada. Desde o dia quando houve a mudança de local de acampamento, cumprindo demanda judicial, integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento.”

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o ataque é parte de uma perseguição contra Lula e movimentos de esquerda, e criticou a Operação Lava Jato.

“A situação de violência e intolerância no país está muito grave. Nós não podemos aceitar isso”, disse.

Em nota, o partido lembrou o ataque a tiros contra a caravana de Lula pelo sul do país e o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio.

“O ataque é mais um episódio de violência política contra a democracia e acontece um mês depois de tiros terem atingido ônibus da caravana Lula Pelo Brasil no interior do Paraná. Até agora não foram presos os autores dos disparos feitos no mês passado e tampouco os de ontem. [...] O assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro continua impune.”

Dr. Rosinha também pediu o fim da violência e criticou de maneira implícita o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

“Eu nunca vi, em 26 anos de vida pública, sempre fizemos disputa política e ideológica, mas nunca vi tamanha agressividade aqui no Paraná ou mesmo no Brasil. E o que me preocupa muito é o discurso fazendo apologia à violência de candidato a presidente da República e seus seguidores. Me nego a citar nomes", afirmou.

ACAMPAMENTO
O acampamento pró-Lula fica a cerca de um quilômetro da sede da Polícia Federal, onde o ex-presidente está preso desde o último dia 7. Tendas e barracas foram instaladas em um terreno alugado pela organização. Neste sábado, havia 83 pessoas acampadas.

Por ordem da Justiça do Paraná, que determinou multa diária de R$ 500 mil aos manifestantes, o acampamento deixou a frente da PF, onde estava instalado a princípio.

Tendas e barracas foram instaladas em um terreno alugado pela organização no último dia 17, depois que a Justiça do Paraná determinou que os manifestantes, antes acampados em frente à PF, deixassem o local sob pena de pagarem multa diária de R$ 500 mil.

JOSÉ DIRCEU
Condenado a 30 anos, nove meses e 11 dias de prisão, o ex-ministro José Dirceu pregou autodefesa ao comentar, na manhã deste sábado (28), ataques à bala ao acampamento de apoiadores do ex-presidente.

Em mensagens a petistas, o ex-ministro disse que os militantes devem se preparar para esta nova fase e, ao menos, se dedicar à autodefesa. ​“Vamos apanhar nas ruas de novo, nossa bandeira rasgada e nossos militantes agredidos? Vamos à luta, responder à altura. Sem violência, mas na luta e combate”, escreveu.

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